16 - O Declínio.

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"Lembre - se de que você é uma loba. E não pode ser enjaulada."
── Corte de Asas e Ruinas. Sarah J Maas.
obs: capítulo não revisado.

Mesmo que eles tentassem muito, Bello e Maurício não conseguiam abrir as portas da grande ambulância onde estavam presos. O pai do garoto ainda não havia entendido muito sobre o que aconteceu, como seu filho fora libertado e quem afinal era aquele monstro terrível.

Bello se sentou deixando as mãos cobrirem o rosto, seu coração estava batendo em aflição dentro do peito.

── Eu preciso avisar pro Adam, preciso dar um jeito... ─ o garoto disse em nervosismo para sí mesmo. ── Papai, e agora? O que vamos fazer?!

── Oh, meu filho. ─ Maurício o abraçou para lhe tranquilizar. ── Nós iremos dar um jeito... Mas, a propósito, como foi que você saiu daquele lugar? Está aqui e está bem! Como fez? E... Quem é "Adam"?

── Papai, ele me libertou. O nome da Fera é Adam. ─ o garoto respondeu docemente ao pai explicando tudo. ── Eu descobri toda a história dele... O pai era uma pessoa horrível, agredia a esposa, era infiel, mas todos o temiam e ele impediu que a mulher interferisse na educação que ele estava dando para o filho. Então ele deixou o Adam como ele, torpe e sem educação ou amoroso.

── Nossa... Mas, e todos esses meses que você ficou lá? Ele não te maltratou?

── Bem... Ele foi um pouco difícil no início, confesso.

Bello disse encostando a cabeça na parede do carro. Suspirou.

── Mas aos poucos ele foi se mostrando quem era de verdade, mudou bastante. Por trás daquela barba, as unhas, roupas largas e rosnados tem um nobre rapaz. A feiúra que ele tinha por dentro fazia ele ser uma fera por fora.

Maurício ficou prestando atenção em cada palavra que o filho dizia, estava tão espantado quanto qualquer outra pessoa que pudesse ouvir o filho dizer coisas boas sobre um homem fera isolado numa mansão perto a floresta.

Porém, se ele estava dizendo era consequência da mais pura verdade.

── Mas, filho. E ele não contou pra polícia da invasão? Foi sem pensar... Eu estava com frio.

Disse o idoso com pesar na voz se sentindo culpado por tudo o que aconteceu. Seu filho tomou as mãos alheias entre as suas para agora ele acalentar o coração de seu progenitor.

── Papai, ele pediu perdão pelo que fez. Ele só realmente ficou assustado e quis te dar uma lição na hora... Mas admitiu que não te machucaria e que o que ele fez foi irresponsável.

Bello respondeu carinhoso acariciando as mãos do pai.

── Na verdade, me sinto culpado também por tê-lo julgado apenas por seu exterior. Ele me assustou muito, mas descobri que dentro do peito dele bate um forte e bondoso coração.

── Ah, Bello... ─ Maurício esboçou um sorriso de orgulho com os olhos marejados. ── Tão parecido com sua mãe. Sinto muito orgulho de ter você como meu filho.

── Muito obrigado papai... Eu realmente não poderia ter outro pai, você é o melhor de todo o mundo.

disse o garoto com o mesmo sorriso de amor pelo pai. Sua expressão mudou para uma triste seriedade ao lembrar da mãe.

The Inner Beast. Vol 1. [EM RETA FINAL]Onde histórias criam vida. Descubra agora