The Inner Beast. Vol 1. [EM RETA FINAL]

17 - O Passado Te Condena

"Cada palavra de sua boca e cada frase formulada serão julgadas. E possivelmente usadas contra você."
- Corte de Névoa e Fúria. - Sarah J Maas.

"── ESTAMOS QUASE ABRINDO!"

"── ELA ABRIU GUSTAVE! ABRIU!!!"

As portas principais da mansão de Adam foram abertas à força, depois de tanto os homens em união se jogarem contra ela de diversas maneiras e com objetos pesados diversos.

Gustave carregava um intenso brilho no olhar, porém, não era um brilho admirável de uma felicidade pura.

Aos poucos, eles foram entrando, penetrando naquele palacete com o interior escuro. Pouco podia ser visto lá dentro, apenas móveis espalhados por toda parte.

Gustave na liderança procurou por interruptores para que as luzes fossem acendidas o quanto antes, ao encontrar a sala foi iluminada. Tudo estava silencioso e não havia sequer sinal de vida.

Todos olhavam ao redor, nenhum deles estava entendendo nada do que estava acontecendo. Deveriam ter mais pessoas? Ou, onde afinal a Fera estava?

── Gus...─ chamou Fernando com a voz banhada de medo. ── Eu acho que isso é tudo mentira. Não tem ninguém aqui, vamos embora!

── Não seja covarde Fernando, é claro que se tem pessoas aqui estão escondidas. Vai virar marica justo agora? Hein?

Gustave disse com ira ao responder. Não se importava com nada em relação ao que seu amigo sentia ou deixava de sentir.

── Se espalhem aqui no andar de baixo! Eu vou para o de cima encontrar a Fera... VÃO!

Como ordenou, a patrulha de homens foi explorando cada canto da casa. Todos estavam quietos. Eles começaram a notar que indo mais a fundo, nada estava realmente abandonado, tudo estava em ótimo estado.

Alguns deles foram começando a roubar a prataria, garfos, talheres, vasos, tudo o que eles podiam encontrar e conseguir enfiar em algum saco.

Fernando, assim como todos os outros, foram atraídos para os fundos da casa onde as luzes se acenderam. O homem engoliu seco, sua mão segurava um martelo e tremia apontando o objeto para frente.

Quando chegaram a área de lazer da casa conseguiam ter uma visão apenas da grande piscina, todos olharam com estranheza o fato de suas luzes terem se acendido.

── Como que essa casa por fora parece abandonada e por dentro é tão... Luxuosa? As coisas brilham do nada aqui. ─ Fernando comentou com os colegas que concordaram.

"── É que nós zelamos pela casa todos esses anos." ─ uma voz feminina de uma estranha soou entre todos os homens.

── Ah! Posso imaginar, estão de parabe... ─ Fernando engoliu o resto da frase ao notar que ela não tinha sido dita por um dos homens. Ele sentiu como se tivesse ido ao céu e voltado. ── Q-Quem disse?

Todos se viraram pra olhar, viram uma bela mulher vestida como empregada e os longos cabelos lisos com delicadas ondas na ponta chegando aos ombros. Ela tinha uma vareta na mão cujo apontou para eles como uma defesa.

Ao ver a maneira como ela iria se defender, todos riram em conjunto, tirando sarro de Plumerry e da varinha que ela tinha.

── O quê vai fazer com isso moça? Nos transformar em sapos?