Prólogo.

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Dedico este livro para todas as minhas amigas que me incentivaram a escrever e acreditar em mim mesmo. Vocês são meu tudo. Desejo a todas vocês seus finais felizes, beijos com carinho.
Ronan.

Houve uma vez um jovem belo, habitante de um esplêndido casarão, oriundo de uma família renomada por seus empreendimentos e uma vida deslumbrante aos olhos de todos. Apesar de possuir tudo o que almejava, o rapaz era mimado, egoísta e rude. Com a prematura morte de seu pai, sua mãe testemunhou o declínio do filho, outrora amável, para um ser desprovido de compaixão e gentileza.

A viúva, entristecida, não desejava que seu herdeiro seguisse os passos do falecido marido, conhecido por seu caráter duvidoso. Apesar das críticas à personalidade grotesca do filho, ela ainda nutria a esperança de que ele pudesse se redimir e assumir os negócios familiares.

Contudo, em uma noite fatídica, durante a festa de aniversário do jovem, uma visita inesperada bateu à porta da mansão em busca de abrigo de uma tempestade. Ao avistar a figura feminina envolta em um manto negro, o rapaz presumiu sua repulsividade, sem hesitar.

Como gesto de gratidão, ela ofereceu-lhe uma simples rosa em troca de asilo. No entanto, enojado pela aparência e trajes da mulher, ele a rejeitou de forma áspera, sem mostrar compaixão. A visitante, por sua vez, advertiu-o sobre a superficialidade das aparências, lembrando-o de que a verdadeira beleza reside no interior das pessoas.

Ao expulsá-la mais uma vez, o manto negro caiu, revelando a mulher jovem e radiante que era sua própria mãe. Arrependido, o rapaz implorou por perdão, mas era tarde demais; sua mãe constatara a ausência de amor em seu coração. Como punição, ela anunciou sua partida para o exterior, deixando-o na mansão apenas com os serviçais, sem conceder-lhe controle sobre os negócios da família.

Envergonhado, ele se isolou na mansão, com seu celular como única conexão com o mundo exterior.

Os dias se arrastaram, e tanto o jovem quanto os empregados foram esquecidos por aqueles que um dia os amaram. O casarão, desprovido de cuidados, murchou, parecendo abandonado aos olhos do mundo.

A rosa que sua mãe oferecera fazia parte de uma roseira em seu próprio quarto, cultivada com esmero e destinada a florescer apenas no ano seguinte. Ela estabeleceu que, se o rapaz aprendesse a amar e fosse correspondido antes que a última pétala caísse, ela retornaria e ele teria a chance de recuperar sua vida e os negócios familiares.

Caso contrário, ele estaria fadado a permanecer naquele estado desolado para sempre, aprendendo a viver como um recluso.

Com o tempo, o desespero tomou conta do jovem, fazendo-o perder toda a esperança, questionando quem seria capaz de amar um ser tão atormentado.

The Inner Beast. Vol 1. [EM RETA FINAL]Onde histórias criam vida. Descubra agora