Quadra de Tênis

833 103 34
                                    

  -O que eles devem estar falando? -perguntava Nico, começando a roer as unhas.
  Dali de longe não era possível ouvir o que eles falavam, mas Hazel estava falando com Percy e Annabeth enquanto estava no braço de Will, e ainda tinha coberto da boca para que ele não tivesse nem chance de ler! Will estava sorridente e simpático como sempre. Nico até temia que ele já estivesse considerando uma amizade com aqueles dois.
  A sua frente, Jason, despreocupado com um coco, lançou um olhar preguiçoso aos recém chegados.
  -Qual o seu medo? Que o Will te troque pelo Percy?
  Nico lançou um olhar flamejante para o primo.
  -Perdão. -disse Jason, erguendo as mãos em rendição. -Estava tentando quebrar o clima. Eles vem vindo.
Nico virou a cabeça. Will e Hazel vinham na frente, bloqueando a sua visão dos outros dois.
-Tcha-Ram! -disse Hazel, quando Will a colocou no chão ao lado da mesa. -Meu presente para você. -ela foi até o irmão e colocou os rosto dele entre as mãozinhas. -Não fique bravo comigo, okay? Eu trouxe o Will pra a gente!
Nico ergueu uma sobrancelha.
-Claro que ele não vai ficar. -disse Will.
-Jason! -exclamou Annabeth.
Logo, Jason se levantou e foi abraçar os primos. Ele, diferente de Nico, não tinha nada contra eles, então eram muito mais próximos. Nico puxou Will para sentar ao seu lado.
-Seus primos? -Will perguntou baixinho, se inclinando enquanto prendia uma mecha do cabelo escuro de Nico atrás da orelha.
-Sim, não percebe como somos parecidos?
Will riu.
-Percebe-se.
Jason e os outros dois se sentaram do outro lado da mesa. Era uma longa mesa retangular, tinham duas dessa em cada extremidade da quadra.
-Oi, de novo. -disse Annabeth para Nico. -Os picolés conseguiram chegar inteiros ao destino?
Nico sorriu, tentando dar a impressão que cumprimentava os dois de uma vez, mas sem se demorar em nenhum com os olhos.
-Conseguiram, acredito que aqui eles sejam feitos para durarem mais.
-Vocês se encontraram mais cedo? -perguntou Percy.
Nico odiava cada pedacinho do seu corpo por reagir a voz dele. Não era algo que ele ainda gostasse. Era só que... não têm como se perder cem por cento das reações depois de se afastar por obrigação e não porque se quer afastar de alguém que você gosta. Ainda sentia o estômago apertado, algumas borboletas velhas e não conseguia manter contato visual com ele.
-Sim, nos encontramos numa lanchonete. -respondeu Annabeth. -Bem, -ela disse, com um tom muito parecido com o de Piper quando ela queria entrar em um assunto que não era dela. -Não sabíamos que estava namorando. Não me ache uma fofoqueira, é que a Hazel já entregou tudo para a gente.
Ela riu, e Nico só pode acompanhar, só que com menos embalo.
Nico queria desaparecer.
-Então a Hazel já deve ter apresentado vocês.
-Na verdade, ela só disse com muito orgulho que eu era o cunhado dela. -disse Will, agindo como o Will comunicável e amigável, que Nico havia visto por alguns dias antes deles se falarem e tudo virar de cabeça para baixo. -Will. -ele se apresentou.
Annabeth sorriu.
-Annabeth, -ela apontou para si mesma. -Percy. -e para o namorado.
Percy sorriu para Will rapidamente, mas tão rápido quanto voltou a ficar pensativo enquanto olhava Will. Nico não queria dizer que percebia, mas havia visto. E por algum motivo um instinto protetor em relação a Will havia sido acionado nele. Não gostava de Percy olhando muito para ele.
Logo, Jason engatou uma conversa sobre o acampamento de Nova York com o casal, que ficou absorvido naquele assunto por um bom tempo. Foi o suficiente para Nico relaxar um pouco e se sentir mais confortável. Hazel logo apareceu com sua revistinha e se sentou ao lado deles dois para pintar, parecendo muito satisfeita.
-Quase me esqueci. -disse Will, para Nico. Ele então tirou da gola da camisa um óculos de Sol que Nico não havia percebido antes estar ali. -Você esqueceu na mesa, Lindsay guardou para você.
Então ele desdobrou as pernas do óculos e o colocou no rosto de Nico. Simples assim. Com a naturalidade que, nem quem vivia com ele há anos, tinha a coragem de fazer. E por cima, ainda o beijou rapidamente na testa.
Ao seu lado, Hazel riu.
-Bonitinhos. -ela murmurou, enquanto continuava a pintar.
Do outro lado da mesa, os três fingiam não ter visto nada, nem se surpreendido com a atitude.
Naquela longa tarde de tênis, com água de coco, risadas ao ver os micos dos jogadores de meia idade e Hazel tentando comer mais frutinhas, Nico havia começado a se sentir muito bem.
Havia um único fator que havia criado todo aquele sentimento nele. Will. Ele estando lá era como se houvesse uma parede entre ele e Percy e toda a história que havia acontecido antes. Além de que Will ficara a tarde toda ao seu lado, com uma mão na sua perna, ou apenas encostado nele para assistir o pai jogar tênis, mas sempre o tocando, como se para certificar a Nico que ele estava ali. Até um simples roçar de dedos era o suficiente para Nico se sentir mais leve. Nico não sabia dizer se ele fazia isso de propósito, sabendo que naquela tarde ele estava um pouco aflito, mas sendo assim ou não, ele estava feliz com o gesto.
Quando chegou perto do fim da tarde, os jogadores voltaram exaustos para a mesa. Apolo, que nunca tinha tentado jogar tênis, por um lado, parecia bastante satisfeito.
-Ha. Não achei que fosse assim tão fácil.
Poseidon o lançou um olhar incrédulo e depois voltou-se para os jovens na mesa.
-Vocês acreditam que ele aprendeu as regras no Google enquanto estávamos vindo para cá?
Apolo cruzou os braços, sorrindo orgulhosamente.
-Eu tenho o raciocínio rápido.
Na outra mesa, encostada a essa, Zeus e Hades se sentaram cansados. Devia fazer uns cinco anos que Hades não se mexia tanto quanto seus irmãos o forçaram naquela tarde. Zeus, apesar da boa forma, não era nenhum imortal, então se cansava rápido também. Ambos tomaram meia garrafa de água em pouquíssimos segundos.
  -Finalmente, vocês cansaram? -perguntou Perséfone, que estava sentada no canto da segunda mesa com um livro nas mãos.
  -Em outros tempos eu aguentava mais. -disse Zeus, tomando mais um gole de água generoso.
  Perséfone riu com um pouco de desdém.
  -Claro.
  -Eu posso jogar? -perguntou Hazel, largando a revistinha e correndo até o pai para pegar a raquete. -Posso? Posso? Posso?
  Hades passou a mão na cabeça dela e sorriu cansado.
  -Claro. Só tenha cuidado.
  Os olhinhos de Hazel flamejaram de animação. Ela se voltou para o irmão cheia de expectativa.
  -Eu? -ele perguntou, esperando que ela estivesse olhando para outra pessoa através dele. Mas Hazel assentiu. -Eu sou péssimo com isso.
  Ela fez bico.
  -Eu vou. -disse Jason. -Estou cansado de ficar assistindo.
  Hazel deu saltinhos pegando outra raquete com o outro braço e correndo para segurar na mão de Jason enquanto entravam na quadra. Nico riu assistindo-os andando lado a lado. Hazel estava contando alguma coisa a Jason, e ele parecia rir do que quer que fosse, ela parecia minúscula ao lado dele.
  Quando Jason e Hazel foram para a quadra brincar de uma versão fácil para Hazel, os mais velhos de agruparam em uma mesa, enquanto os mais jovens ficaram em outra. A mesa do grupo de meia idade estava um burburinho total, com risadas e exclamações para pontuar certas frases. Já na mesa dos mais jovens, eles estavam em silêncio.
  Nico estava virado de costas para ver Hazel jogando, mas mesmo assim sentia o silêncio pesar nas suas costas, então ele se virou para os outros dois.
  Annabeth sorriu, também sentindo o clima.
  -Eh... Então, como é que vocês se conheceram?
  Nico sentiu a pergunta como um sopro de areia no rosto, porque, apesar de ter esperado que Annabeth quebrasse o silêncio, quem o fizera fora Percy.
  -Temos amigos em comum. -respondeu Nico, olhando diretamente para Percy pela primeira vez, mas usando todos os artifícios que conhecia para não demonstrar nenhuma fraqueza. -Nos conhecemos aqui.
  -Ah, que lindo. -disse Annabeth, com um sorriso sincero. -Romances que acontecem no verão sempre parecem ter mais histórias para contar.
Nico deu um sorrisinho. Sabia que Annabeth estava sendo sincera, o brilho nos olhos dela o contava.
-A nossa história ainda está em andamento. -disse Will, então se voltou para o casal a sua frente. -Vocês se conheceram no verão?
  Foi por um instante. Um mísero instante. Mas Nico sentiu seu estômago contrair. Ele quis rir de constrangimento de si mesmo. Poderia ele mesmo responder essa pergunta.
  -Sim. -respondeu Annabeth. -Nos conhecemos no acampamento que a nossa família faz no verão. Esse ano decidimos vir para cá, mas normalmente ficamos lá.
  -Vocês sempre passam o verão juntos, então? Todos vocês? -Will perguntou.
  -Bem, de certa forma. -disse Annabeth. -Alguns passam só algumas semanas.
  Will virou o rosto inocente para Nico, que observava a conversa.
  -Você nunca me falou de nenhum acampamento.
  -É como a Annabeth disse, alguns passam algumas semanas, alguns não vão. Faço parte do time dos que não vão. -Nico respondeu.
  Will ergueu uma sobrancelha para ele.
  -E por que não?
  Nico queria puxar Will para fora dali, assim ele pararia de fazer tantas perguntas como Hazel.
  -Normalmente eu vou para a Itália no verão. O acampamento não faz muito o meu estilo de programa de férias. Lá eles são muito... animados.
  Percy e Annabeth riram da explicação, mas não podiam negar mesmo, o acampamento era quase a religião dos primos de Nico, sempre tinham muitas atividades e círculos de conversa. Nico odiava tudo isso. Além dos motivos óbvios.
  -Ah... -fez Will. -Faz sentido.
-Você deveria tentar ir de novo. -disse Percy.
Nico voltou os olhos para ele.
  Percy estava mais alto do que da última vez que o vira, ou do que da última vez que se permitiu o observar. Também estava mais velho, mas não mais feio, infelizmente. Não era muito diferente do Percy que Nico havia se apaixonado um dia, por fora.
-Eu não tenho mais o que fazer lá. -disse Nico.
O sorriso de Percy falhou um instante, ele havia lembrado de algo que estava tentando evitar. E havia sido o olhar de Nico que o enviara essa lembrança.
-Como você sabe se nunca mais foi?
Por um instante, Nico sentiu como se não estivessem falando mais do acampamento.
-Eu não gostava de ir antes, por que gostaria agora? Alguma coisa mudou? No acampamento, é claro.
Ambos, Annabeth e Will, permaneciam na sua inocência, acreditando que a troca de farpas era apenas uma implicância entre os primos. Podia-se dizer que, considerando toda a vida de Will, ele nunca estivera tão inocente em uma conversa quanto naquela.
-Adicionamos alguns obstáculos novos na área de Caça da Bandeira. -respondeu Annabeth. -Temos mais chalés, mais quadras.
Nico riu da ironia que o destino havia colocado nas palavras dela.
-Não, obrigado, obstáculos a mais é do que menos preciso.
Seu olhar para Percy durou menos de um segundo, mas foi o necessário para que a mensagem fossem entregue. Nico esperava estar entendendo tudo muito errado. Não era possível que, nessa altura da vida, Percy houvesse se arrependido. E mesmo se tivesse. Por que Nico escolheria ele? Já bastava daquilo.
  Will e Annabeth continuaram conversando, aparentemente se dando muito bem. Nico não sentia ciúme, no entanto. Confiava bastante no que Will sentia por ele e no que Annabeth sentia por Percy. E desde seu pequeno surto no parquinho, Nico estava tão comedido quanto a si mesmo que até media as palavras para que não soassem mal.
  Uma hora se passou em conversa fiada. Até Hazel voltar para a mesa, suada e cansada, mas dando pulinhos de alegria. Jason vinha atrás, igualmente cansado.
  -Não da pra jogar com alguém desse tamanho, ela cansa. -disse Jason, sentando pesadamente no banco.
  Hazel sorriu, orgulhosa, sentando ao lado de Nico.
  -Foi muito legal. -ela disse. -Mas agora eu preciso de um lanche.
  Nico sabia que ela queria dizer que estava cansada, mas não era uma palavra de costume para ela.
  Na outra mesa, Hades se espreguiçou. Na verdade estava esperando uma deixa dos filhos para arranjar uma desculpa e ir embora.
-Então, acho que já está na hora de ir. -disse Hades. -Vamos passar na praça e depois vamos para casa, certo?
  Hazel assentiu animada, sonhando com os churros que vendiam lá.
  -Vamos! Vamos!
  Ela saiu do banco e correu para o pai o puxando pela manga.
  Nico sabia que agora também era a deixa para que ele inventasse alguma coisa, mas então se lembrou do seu compromisso. Iria voltar para o apartamento de Alex. Onde, antes, estava ansioso por ter que encontrar com aquele casal que estava na sua frente. O universo realmente prega suas peças.
  -Eu combinei de encontrar com Alex hoje no fim da tarde. -disse para Will.
  Will assentiu.
  -E eu acho que vou precisar auxiliar algumas coisas no casamento.
  Do outro lado da mesa, Percy estava tomando água quando ouviu a frase de Will, e uma respiração errada fez ele engasgar. Annabeth deu tapinhas nas costas dele enquanto Percy tossia.
  -Casamento? -a pergunta saiu dos seus lábios antes que ele tivesse como contê-la.
  Will se virou para ele, um pouco surpreso e preocupado com o engasgo, mas confuso quanto a curiosidade.
  -Sim, do meu irmão.
  -Ah. -fez Percy, voltando a tossir para limpar a garganta.
  Nico ignorou e se voltou para Will que, sutilmente, encostou a mão na sua perna. Nico não sabia dizer o porquê, mas achava que Will estava consciente de alguma coisa ali. Ele piscou os olhos para Nico, esperando que ele continuasse o que iria falar, mas Nico sentia seu coração batendo muito forte para falar agora.
  -Você ia dizer alguma coisa?
  -Não. Só que... -Nico viu Hazel e seu pai já se organizando para ir embora. -Vou com eles em casa, e depois vou na Alex.
  -Certo. -disse Will, e sorriu.
  Nico devia está ficando louco. Aparentemente estava lendo o rosto de Will de forma equivocada, e só podia ser isso. Não tinha como Will saber de nada sobre Percy e ele, ainda não tinha o contado. Mas a ideia de pensar que Will suspeitava disso o deixava nervoso. Talvez não por ser Will a saber disso, mas por qualquer outra pessoa saber. Era um segredo muito guardado no seu coração. Não tinha como Will saber. E se soubesse, não achava que ele acharia nada demais.
  No entanto...
Badum. Badum. Badum.

***

 
  Nico não estava ficando louco.
  Will havia observado naquela tarde um comportamento estranho em Nico, e o que poderia considerar um comportamento estranho no primo dele, Percy. Não conhecia Percy há mais de cinco minutos quando percebeu tudo. E não precisaria conhecer mais que isso para juntar A e B.
  O que levaria alguém, ao lado da namorada, a olhar tão intensamente para alguém que estava, teoricamente, ao lado do namorado?
  Uma história passada.
  Nico por natureza já era calado, mas não inquieto. Naquela tarde ele balançou tanto as pernas que Will vez ou outra colocava uma mão sobre as pernas dele para o parar. Depois Will percebeu que quanto mais próximo de Nico ele ficasse, mais relaxado ele parecia ficar, como se Will pudesse ser seu escudo de alguma coisa.
  Alguma coisa que devia estar do outro lado da mesa, o olhando com olhos verdes vívidos.
  Will se perguntava qual era a daquele cara. Sim, conhecia traidores até de quinta categoria. Porque seu círculo de amizade era extenso e diverso. Mas aquele rapaz não parecia um traidor, pelo contrário, assim que o viu o achou uma pessoa muito boa. Só que, a forma como ele olhava... Will sentia como se precisasse proteger Nico o tempo inteiro. E não eram olhares constantes, eram relances, mas relances intensos.
  Will achou que estivesse fora de controle novamente, que estava vendo coisas onde não tinha ou criando paranóias, mas não tinha como. E houve aquela troca de farpas no começo, nesse momento, Will ainda achava que estava vendo coisas. Até que Nico voltou a se colar nele.
  Precisava conversar com ele. Saber o que era aquilo e se não era só invenção da sua cabeça.
  Antes de irem por caminhos diferentes após a tarde na quadra, Will ficou pensativo por boa parte do caminho, até chegar uma conclusão.
  -Eles podem ter namorado na adolescência. -falou, mais para deixar o pensamento criar forma do que para alguém, mas esqueceu que Apolo ainda andava ao seu lado.
  -Quem?
  Ele se assustou.
  -Ah. Ninguém. Só estou pensando.
  -Quem namorou com quem na adolescência? -Apolo insistiu.
  Will hesitou para contar sua teoria, mas precisava falar para alguém.
  -Nico e o primo dele.
  Apolo ergueu as sobrancelhas.
  -Mesmo?
  -Eu acho.
Apolo deu uma risada compreensiva.
-Ou você está com ciúmes?
Will suspirou. Ele também tinha essa dúvida.
-Eu... não acho que seja ciúme. -disse enfim, mas ainda incerto. -Eu sinceramente acho que já teve alguma coisa entre eles.
-E por que acha isso? -perguntou Apolo, enfiando as mãos nos bolsos da bermuda para evitar o frio que soprava do mar. -O rapaz estava com a namorada e eles são primos.
-Só porque são primos quer dizer que não pode ter acontecido alguma coisa algum dia?
Apolo hesitou.
-Não. Claro que não. Eles podem ter tido algo.
-Então?
-Mas você não precisa se preocupar com isso.
-Não estou preocupado com isso. Estou preocupado com o Nico.
Apolo franziu a testa. Haviam duas coisas estranhas naquele fim de tarde: 1) Will estava falando com ele sobre relacionamento; 2) Will parecia... doméstico. Sim, doméstico como alguém que não precisava se preocupar com os bons termos o tempo inteiro, com o fogo e em como manter esse romance constante, mas com o bem estar do outro. Talvez ele realmente não estivesse com ciúme.
  -Bem, se está preocupado com ele, recomendo falar com ele e não ficar criando teorias.
  Will balançou a cabeça, concordando.


Tenham todos uma boa noite!
Estou ansiosa pra reencontrar esses três mais vezes... e vocês?

Summer Strange Love - Solangelo Onde histórias criam vida. Descubra agora