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ROXANNE


"Ela estava me fazendo pensar que o destino, às vezes, pode estar do nosso lado. A risada dela me fazia ter a certeza de que havia algo maior." - Ian Joseph.


- Você está me perseguindo. - Ela repetiu, vendo ele se sentar ao seu lado e não pode segurar o sorriso. - Apesar de isso fazer bem para o meu ego, estou começando a me preocupar que você possa ser um maníaco.


- O que eu posso dizer, eu sou amigo de um cara que beija a ex-namorada na boca quando a vê e a apresenta para outro cara. Ele não pode ser normal. - Disse, e Anna considerou.


- Ninguém é, se você for parar pra reparar. - Ian assentiu. - O que está fazendo aqui, Ian? - Ela mordeu outra batata, mastigando. Ela ofereceu o prato a ele, que pegou uma, mordendo.


- Eu estou conhecendo a cidade. Você não parecia muito disposta a me mostrar, então precisei vir sozinho. - Se fez, e ela ergueu a sobrancelha.


- Aposto que aquela ruiva que estava na reunião hoje adoraria te mostrar os pontos turísticos da cidade. - Deu a dica.


- Eu não misturo trabalho com diversão, você sabe. É falta de profissionalismo.


- Nós nem deveríamos estar aqui. - Ela disse. Ele sorriu, considerando.


- Você não trabalha para mim Anna, eu jamais pediria isso. Você trabalha comigo. Abby, a ruiva. Ela sim trabalha para mim. - Explicou, os olhos azuis nela e Anna sorriu.


- Você é bom de lábia, eu tenho que assumir. Sorte que faço terapia desde nova, e aprendi a não me deixar levar. - Assumiu. - Está gostando da cidade?


- As pessoas são bonitas, e eu gosto do sotaque. - Respondeu. Anna concordou. - Mas são um pouco grossas.


- Os americanos também, nem vem. - Dispensou. Ela bebeu um gole da sua cerveja, e ela a observou. - Não gosto da América por isso.


- Você brilharia tanto por lá. - Observou.


- Eu já brilho muito por aqui. - Disse. - Não tenho interesse em expandir, caso esse tenha sido um convite discreto.


- Não precisa me responder agora. Um dia, sua fome será tanta que você vai me procurar e eu vou te ajudar. - Garantiu. Ela ergueu a sobrancelha para ele, curiosa.


- Isso é fé no seu trabalho ou falha na minha índole?


- Nenhum dos dois, Anna. É a constatação de um fato: você é grande. E você não sabe ser diferente disso, não sabe ser menor. Mas quando você se der conta de que pode ser gigante, você vai querer sair dessa caixa britânica, e vai me procurar. - Previu, um sorriso lindo nos lábios. - E eu darei meu sangue para te ajudar.

Por Entre Lençóis, Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora