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COMO NOS VELHOS TEMPOS


"Eu estava começando a pensar que nada havia mudado. Nem mesmo eu." - Louise.


Julliet estava decidida a irritar Anna o quanto conseguisse, e nada a pararia. Nem mesmo John, que estava morto de bêbado apagado na cama de Khol. Louise saiu apressada do hotel, comprando café na rua e fora direto para a casa de Anna. A governanta não queria deixar Louise entrar, o que causou um transtorno bem chato. Os pais de Anna já haviam ido para o trabalho, então ela teve que recorrer a Anna. Ela teve que ligar e pedir para que Harriet liberassem a entrada. Quando Louise chegou no quarto de Anna, Terance estava apagada feito uma morta.

Louise até que tentou acordá-la, mas ela não levantava ou vinha a si por nada. Foi então que ela teve uma ideia. Saiu, indo para o corredor e apanhou o jarro de cristal que tinha alguns copos de leites, e os tirou, deixando em cima da mesa de canto em que ele estava. Foi até o quarto, jogando a água com tudo na cara de Terance. Ela acordou em um pulo, soltando um grito.


- Bom dia flor do dia. - Louise gracejou, dando um sorriso maravilhoso. Terance se sentou, tirando a água do rosto e do cabelo e abriu os olhos. Louise ofereceu o café. - Vamos levantar? - A voz doce dela entregava o quanto ela estava deliciada ao ver Terance naquele estado lamentável.


- Eu vou matar você. - Ela rosnou, com raiva e Louise deu de ombros.


- Você pode tentar. Eu vou adorar brigar. - Disse, ainda oferecendo o café. - Mas isso vai ter que esperar porque precisamos salvar o pescoço do John. - Terance franziu a testa com a dor de cabeça horrorosa, e aceitou o café.


- O que diabo aconteceu, Louise? Onde está a Anna? - Perguntou.


- No trabalho. Ela é pontual e milagrosamente não sofre de ressaca. - Respondeu. - Também não sei o que aconteceu, mas para Anna ter me ligado de manhã e pedir para eu te tirar daqui e fingir que estamos resolvendo pendências de vestido de madrinha, eu sei que a coisa tá feia. - Terance bebeu do café, tentando se lembrar.


Se lembrava da dança, que eles entraram depois, mas não sabia onde os meninos estavam.


- O que foi? - Louise perguntou, vendo Terance tentar se lembrar.


- Não sei onde eles estão. - Respondeu. Louise ergueu a sobrancelha. - John e Khol.


- De Khol eu não sei, mas John está encrencado. - Contou.


- Julliet foi atrás de Anna? - Perguntou, e Louise assentiu. - Ela vai me matar.


- Eu poderia perguntar o que aconteceu, mas não precisa perder tempo me contando. Precisamos sair daqui, você precisa fingir que está bem e precisamos de um croquis. - Explicou. - Parece que Julliet não pode desconfiar que vocês estiveram juntos ontem.


- E não pode mesmo. - Murmurou, fazendo Louise sorrir de canto. Ela cruzou os braços. - Não aconteceu nada, você sabe. Anna é irredutível.

Por Entre Lençóis, Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora