O PASSADO AINDA É UM MAPA
"- Você me diz sempre que não quer problemas. Mas então, por que você sempre o procura?" – Julliet.
DIA VINTE E UM
O clima estava frio. Não tanto que obrigasse as pessoas a se agasalharem até os pés e usarem luvas, mas estava frio. Khol sabia disso. Quando mais se aproximava do inverno, mais difícil ficava se levantar de manhã. Quando seu alarme tocou, sinalizando que ele deveria levantar, ele gemeu consigo próprio, se espreguiçando na cama - até que sentiu outro corpo ali.
- Hum. - Nancy gemeu, perdida em seu sono. Khol se virou, sorrindo ao ver os cabelos longos dela esparramados pelo o tronco, tapando-lhe os seios.
- Acorde, sereia. - Ele chamou, se inclinando para beijar a face dela. Ela gemeu novamente, franzindo a testa, ainda de olhos fechados. - Nós precisamos levantar.
- Eu não. - Respondeu, a voz rouca. - Está frio e eu estou de férias.
- Então você pode ajudar com o casamento?
- O casamento do John? Por favor. - Dispensou, abrindo os olhos e fazendo uma careta. Khol sorriu. - Eu quero que ele faleça, pelo o amor de Deus. Por mim que esse casamento dê errado de todas as formas, sinceramente.
- Que ódio é esse no teu coração? - Perguntou, mordendo a bochecha dela rapidamente. - Até onde me lembro foi você quem o traiu e terminou.
- É, e desde então ele age feito um babaca nojento. Honestamente, não sei como você deixou ele vir aqui e fazer isso com Anna.
- Anna não é nenhuma criança, está aqui por que quer. - Comentou, selando os lábios com os dela. - Aliás, ela estava. Não está mais.
- E graças a Deus por isso. Quem pode culpá-la? - Comentou, dando de ombros. Ela enlaçou os braços em volta do pescoço dele, selando os lábios dos dois. - Você tem mesmo que sair nesse frio? Eu tinha toda uma programação para hoje.
- O que você tinha em mente? - Perguntou, malicioso, sorrindo de canto. Ela fingiu considerar, como se buscasse algo em sua mente.
- Você poderia me fazer uma massagem.... - Começou, o sorriso dele aumentando. - Eu acho que dei um jeito nas costas ontem a noite.
- Eu acredi... - Interrompido.
Houveram batidas na porta. Ele parou, a boca quase colada na dela e franziu a testa. Se virou minimamente, olhando o relógio. Ainda era cedo. Não costumava receber visitas, e se fosse trabalho, ligariam para o celular. Talvez fosse Anna... mas ele não teria tanta sorte. Sabia disso.
Se levantou, colocando o roupão preto. Nancy se virou na cama, puxando o edredom e se acomodou. Khol foi em direção a porta, destravando-a e então abriu. O rosto de Louise se anunciou, ao lado de John.
- Quem morreu? - Perguntou, se escorando na porta.
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Por Entre Lençóis, Livro 1
Romantik"Mas agora acabou. Sei que valeu a pena quando me pego sorrindo, lembrando as loucuras que fizemos." - AnnaBel Montez. Essa não é uma história de amor. É uma história sobre o amor. Como ele aparece, como ele se expressa. E como ele simplesmente se t...