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APENAS NÓS DOIS


"Quando éramos só nós, a vida poderia ser boa outra vez." – Julliet.


Anna estava mesmo com fome e parecia nervosa. Ian também, já que não almoçara por estar esperando-a sair do elevador. Não sabia que ela estava lá dentro, fora Khol que contara a ele quando ele perguntou onde ela estava. Então ele esperou. E quando saiu para fazer uma ligação, os elevadores tinham voltado a funcionar e ela saíra de lá de dentro. Ele queria saber como tinha sido, mas ela se limitou a dizer que cansativo e quente.

Tinha que haver algo mais.


- Para onde vamos? – Ela perguntou, já no táxi.


- Você não pensou em nada?


- Você não pensou? Você disse que tinha uma reserva, menino. – Perguntou, fazendo-o rir.


- Tem um lugar, menina. – Confessou.


- Me fale dele. – Pediu, os dois andando lado a lado até a saída do hotel.


O lugar era de um cliente das empresas de Ian. Ele tinh um pequeno restaurante familiar, japonês, na garagem de casa. Ele tinha ideia de exportar o modelo para o Japão, e é aí que a empresa de Ian entrava. Anna questionou se era uma visita de negócios, mas ele negou. Era uma visita social.


- Ok, vamos lá. – Ela disse para si mesmo, saltando do táxi com ele. O lugar era em um bairro afastado de Londres, perto dos condomínios. A entrada da casa eram de pequenas pedras escuras, cheias de lodo pelas chuvas constantes.


Havia um deque de madeira, que ligava uma ponta a outra – do jardim a entrada da casa – e um pequeno lago corria em baixo, cheia de carpas coloridas.


- Isso são carpas? Em Londres? – Anna perguntou, sorrindo em seguida, passando pelo o deque.


Ian estava amparando ela pelas costas, sempre muito perto. Ela podia quase sentir o hálito quente dele sobre as costas dela. Mas gostava disso.

Ao entrarem no restaurante, ele era mesmo encantador. E familiar. Com decoração japonesas em tons vermelhos, branco e preto, uma pequena atendente, vestida de quimono veio atende-los e guiou-os até uma mesa para dois. Era uma mesa há poucos centímetros do chão, e eles preciaram tirar os sapatos para entrar no dojo e se sentarem nas almofadas apropriadas. Quando a mulher saiu com o pedido, Anna sorria sem parar.


- Você parece feliz. – Ele comentou, vendo ela ao seu lado.


- Aqui é lindo. Eu não conhecia. – Contou, olhando-o. – Você nem é daqui. Como consegue saber essas coisas?


- É um cliente. Eu já disse. – Respondeu, e ela estreitou os olhos, assentindo negativamente.


- E você sempre tem clientes maravilhosos assim?


- Sim. Por isso quero fazer de você a próxima. – Respondeu e ela suspirou. – O que foi?

Por Entre Lençóis, Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora