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VOCÊ PRECISA ENTENDER OS SINAIS


- Alguém sabe que hora vão servir o jantar? – Julliet perguntou, entediada. John se virou, bebendo.


- Não deve demorar. Você já quer subir? – Perguntou, os olhos claros sobre ela.


Se ela quisesse subir, era uma oportunidade que ele tinha de ir até Anna. Julliet assentiu negativamente.


- Está cedo, e eu estou com fome. – Respondeu. – Eu me arrumei toda, coloquei um vestido de festa. Não saio daqui sem provar a sobremesa.


- Ian foi um amor nos concedendo convites para a festa. – Terance falou, olhando o casal. Ela bebia champanhe.


- Ele parece ser um cara legal. – Julliet falou. – Fico feliz que Anna tenha alguém agora. – Terance trocou um breve olhar com John, antes de voltar a atenção para o movimento da pista de dança. Ela ergueu a sobrancelha. – Aquilo ali são Nancy e Ronald?


- Onde? – John perguntou, confuso. Ronald não tinha aparecido ainda, e ele estava começando a ficar insosso sem ter alguém para conversar.


- Na pista. Olha. – Ela disse, apontando e lá no meio de alguns casais, estavam os dois, dançando.


Nancy não tinha feito aulas de valsa com eles, mas sabia dançar muito bem. Os dois dançavam, rindo entre si, parecendo alheio ao movimento em volta. Ronald não disse nada sobre Thea, e Nancy preferiu não insistir. Nem tocaria no assunto, ou no fato de ter invadido o quarto dele com John. Deixaria ele se aproximar, mas Ronald não disse nada. Apenas agradeceu a preocupação dela, e pediu que eles fossem juntos para o jantar. Ela aceitou.


- Eles parecem... felizes. – Terance disse, meio chocada. Ela sorriu em seguida. – Felizes demais.


- Eu sei o nome disso. – Julliet falou, dando de ombros. – Aquele chamego todo no avião não me engana.


- Não, sério. Ron e Nancy? – John perguntou, com uma careta. – Isso não faz sentido. Nem combina.


- Você não disse que ela estava preocupada com ele? - Julliet perguntou, virando para John. - Me contou isso aquele dia. 


- O dia que você me botou para dormir em outro quarto? - Perguntou e Julliet fez uma careta.


Outros que não haviam conversado sobre o que aconteceu foram Julliet e John. No outro dia, ele apareceu cedo. Terance ainda estava lá com Julliet, então ele foi tomar banho. Quando acordou, Julliet estava sozinha. Ele se aninhou com ela na cama, abraçando-a. Quando foram tomar café, o bom humor já havia voltado entre eles. John resolveu não questionar.


- O dia que você mereceu, otário. - Respondeu e John sorriu de canto. Terance disse algo, mas Julliet não ouviu. - O que você disse, Ter?


- Eu estou surpresa, porém satisfeita. – Terance repetiu, terminando seu champanhe. E ela estava de fato feliz.

Por Entre Lençóis, Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora