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DECEPÇÕES ACONTECEM SEMPRE DE PERTO


"A vida é como um barco, e as ondas são os problemas. Não deixe as ondas virarem o barco, e não deixe o barco afundar por estar pesado demais. Jogue fora coisas e pessoas inúteis. Lute pela sua sobrevivência." – AnnaBel Montez.


Só uma pequena nota de sua autora: Se você acredita que o amor é só aquele emaranhado de momentos lindos e engraçados, em que você se apega e tenta lembrar sempre que está passando por um momento difícil, eu sinto muito em te contar, mas: o amor são os momentos difíceis. E os sentimentos complicados e horrorosos que veem com eles. Lembre-se disso.

Tudo começou com um fim.


18 de setembro de 2011


- Eu nunca mais quero ver você na minha vida, Terance. Você não vale nada! - Khol gritou, fora de si.

Terance apenas encarava, se abraçando. Os olhos negros cheios d'gua, enquanto se mantinha firme. Ele passou a mão nos cabelos, nervoso, e demorou 10 segundos até que ele respirasse fundo, tentando se acalmar.

- O pior de tudo.. é que. - Ele gemeu, se virando para ela. Já estava chorando a essa altura. - Eu sempre vou amar você. Eu não consigo nem te odiar de verdade.

- Me desculpe. - Ela pediu, engasgando em seu choro. Ele assentiu negativamente, limpando o rosto com as costas da mão.


- Acabou, Terance. Você conseguiu estragar tudo. - Dispensou, amargo. Ela fechou os olhos, chorando. Era como enfiar uma faca em seu coração.


Não imaginara que tudo terminaria assim. Ela não pensou.. simplesmente não previu. Ela deu um passo na direção dele, que recuou. Ela não podia nem se quer toca-lo. Era tortura demais. O choro dela se apertou, aumentando, e ele apenas virou o rosto para não ver. Ela tentou se acalmar, em vão, e saiu dali. Estavam em uma rua sem saída, em frente a uma praça. Já era noite, não havia quase ninguém ali. Exceto por AnnaBel e John.


- Khol, é melhor você ir para a casa. - Anna falou, se aproximando do amigo.


Ela era melhor amiga de Terance, mas durante o namoro dos dois eles se aproximaram, ficando amigos também. Hoje, ela era mais amiga dele do que dela. Não apoiara Terance em nenhuma decisão que ela tomou depois que traíra Khol.


- É cara, a Bel tá certa. - Jonh apareceu do lado dele, dando-lhe dois tapinhas nas costas. Anna fuzilou o outro pelo o olhar. Ele e a sua mania irritante de chamá-la de Bel. - Já foi. Você tem que descansar. - Khol assentiu, cansado.


Era como se um trator tivesse passado em cima dele dez vezes. Não sentia seu corpo mais, só sabia que precisava dormir. E se dependesse dele, não acordaria jamais.


- Você leva a Anna para a casa? - Khol perguntou, a voz quase inaudível. Anna e Jonh se olharam, e ela assentiu minimamente.


- Eu vou levar ela para a casa. - Respondeu, cuidadoso, e Khol balançou a cabeça.


Por Entre Lençóis, Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora