Prólogo

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Me chamo Martin, tenho quinze anos; quase dezesseis, estou no segundo ano do ensino médio e mal vejo a hora de acabar o ensino médio. Não que eu não goste de estudar, pelo contrário, não gosto mesmo é da escola; não me sinto bem aqui.

Estamos na Semana de votação para líder de turma, Marina, minha irmã havia se candidatado. Ela sempre gostou de tomar a frente da situação, de ajudar os outros, ser uma heroína, uma "rebelde sem causa" (de uma forma boa) e esse seu jeito a ajudou a conquistar a liderança no primeiro ano e no segundo ano parece não ser diferente.

Ela é bem legal, nós brigamos como qualquer irmão, mas ela sempre está comigo. Parece uma irmã mais velha, apesar de sermos gêmeos.

Na manhã de sexta feira as contagens de votos no segundo ano "A" começaram, uma caixa foi posta no centro da mesa da professora e cada aluno depositava um pedaço de papel com o nome de seu candidato. Três pessoas concorriam, Marina, Pedro; um garoto que sempre está em bagunça, mas os adultos veem ele como um garoto quieto e Maria, não sei muito sobre ela; a conheci a poucos dias. Quando acabou a votação, a professora abriu a caixa e tirou um papel de cada vez falando o nome escrito em voz alta.

- Com 23 votos a Marina é a líder da turma.

A gritaria na sala se inicia. Ter a liderança da sala implica a você ir atrás de melhorias e pedidos da turma e isso não me chama atenção, não sou comunicativo e tento ficar nas sombras de tudo e, principalmente, nunca chamar atenção.

Me levanto para ir ao banheiro, no corredor vejo o Kaio, desvio e pego um outro caminho. Digamos que ele não vai muito com a minha cara e eu não faço a mínima ideia do por que, sempre tenta me ofender e tudo piorou ainda mais quando levou um fora da minha irmã.

Depois de usar o banheiro volto para sala e duas aulas depois é hora de ir para casa.

Minha casa fica a alguns minutos da escola, então minha irmã e eu voltamos para casa andando. Chegamos e fui direto para meu quarto.

- Não esqueça que vamos sair hoje à noite!- Ouço sua voz enquanto abro a porta do quarto.

- Não quero sair hoje -Respondo.

-Esqueceu da aposta?-Droga, apostamos que se ela ganhasse eu sairia com ela e uns amigos seus. - Se for esperar você ter vontade de sair já estarei velha. -Ela sorri.

-Está bem, estarei pronto às 19 horas. - Ela dá um pulinho de alegria e eu reviro os olhos.

Minha irmã sempre tenta fazer com que eu me enturme, mas eu sempre acabo achando que nunca vou encontrar um lugar para mim.

Passamos no supermercado com nossa mãe antes do filme, na entrada um garoto esbarrou na minha irmã mas não dei muita importância e fui direto para a seção de doces.

seguimos para o cinema, sair com a Marina é sempre divertido, talvez seja porque quase nunca faço isso

DEZESSEIS (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora