Capítulo 22- Sete duplas restantes.

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Marina~

Após o fim da primeira prova eu devia descansar para o próximo dia, mas não consegui, eu tinha que ao menos tentar saber como funciona a minha verdadeira quirk.

Peço ajuda ao Nathan, o qual aceitou, e então fomos ao campo de treinamento.

-Não faço a mínima ideia do que fazer aqui. - Sorri sem graça.

-A Maiara disse que seu poder é mimetismo, então antes de tudo devemos saber de quem você copiou esse poder.

Não tinha pensado nisso, mas essa é fácil.

-O garoto americano, Troye, ele estava num mercado em que eu fui e estava bem apressado. -Disse tentando lembrar do dia. Enfim, ele tem a mesma quirk que eu... Ou melhor, eu tenho a quirk dele.

-Então você copiou uma quirk que, provavelmente, também estava sendo despertada?-Ele fica pensando no assunto. - Interessante... Certo. Isso quer dizer que provavelmente você também tenha a minha, então vamos começar por isso.

-Repito, não faço a mínima ideia do que fazer. - Jogo minha mochila no chão.

-Se lembra de como você controlou a quirk do gelo? Bem, é da mesma forma que eu controlei a do fogo. Mas tem algo que não entendi em sua quirk, se você pode copiar o poder de outra pessoa não poderia então também copiar as lembranças de como usá-las?

-Vou ficar louca. -Bufo de raiva. -Não me faça perguntas difíceis. Por que tive que ter esse poder?

Treinamos por horas e nada de usar outro quirk, não conseguia nem uma faisquinha se quer.

-Desisto. - Me jogo na grama.

-Acho melhor descansar, retornamos ao treinamento de novo na segunda.

Gemi de frustração.

Odeio não conseguir fazer algo que, supostamente, sou completamente capaz de fazer.

Pego minha mochila e sigo para o dormitório feminino, tomo banho, a Mia já dormia. Pego meu celular e percebo várias ligações do Noah.

"Algo aconteceu com o Martin", essa é a única coisa que passa pela minha cabeça.

Retorno à chamada, ele atendeu no segundo toque.

-O que aconteceu?-Perguntei preocupada.

Ele diz para eu ir até seu quarto, saio às pressas e em alguns minutos bato na porta.

Sento-me na cama do Martin, Noah me conta tudo o que houve. Então meu irmão sai do banho e o nosso amigo nos deixa a sós.

- Não precisa se preocupar, estou bem.

-Super fácil não se preocupar sendo que você teve um ataque de pânico não é?- Respiro fundo. - Sente aqui. - Bato em um dos lados da cama. - Sei que está acontecendo muita coisa e pouca respostas, sei que é difícil tudo isso. -Ele olha para suas mãos cruzadas, puxo uma delas e cruzo na minha. - Você tem que me contar tudo que te aflige.

-Não quero que meus problemas se tornem "nossos".

-Desde que nascemos, toda nossa vida, problemas e triunfo são "nossos". - Faço-o olhar para mim. - Que espécie de irmã seria se não estivesse ao seu lado sempre?

Enfim vejo um sorriso em seu rosto.

-Qual foi a última vez que foi ao psicólogo?

Não tenho resposta.

-Martin, você sabe que é essencial que vá às consultas!

-Pensei que já estava bem, que não aconteceria mais.

DEZESSEIS (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora