Capítulo 11

307 37 139
                                    

Martin~

Na manhã seguinte acordo às 8 horas, escovo os dentes e vou para a cozinha ainda com o pijama do Noah.

-Bom dia. - Digo me sentando à mesa.

-Bom dia. - responde o Noah e em seguida seu pai.

– Dormiu bem?- Carlos pergunta no fim.

Respondo que sim e pego uma caneca e coloco café com um pouco de leite.

-Gostei do estilo despojado. -O Carlos sorri olhando para o que estou usando.

-É a última moda, roupas largas. - Respondo-lhe o contribuinte à risada.

Acabamos de tomar café, subo para trocar de roupas e volto para lavar a louça.

Enquanto lavávamos a louça percebia os olhares do Noah, como ontem à noite.

-O que foi? – Pergunto olhando para as minhas mãos.

-Nada, só estou olhando. – Ele se vira para secar uma das louças.

Fico tímido.

- Não há nada para olhar. - Coloco meu cabelo atrás da orelha. -Eu estava pensando e acho que posso falar com a minha mãe e arrumar uma vaga na Universidade para seu pai dar aula.

-Seria incrível, mas meu pai não aceitaria.

-Por quê?- Deixo a esponja na pia e olho para ele.

-Ele gosta de fazer as coisas sozinho, sabe?

- Eu aprendi da pior forma que todos nós precisamos de ajuda, não devemos enfrentar tudo sozinho. - Olho para a xícara na minha mão.

Tudo ficou estranhamente quieto, até que o Noah tem a ideia de colocar música; uma que eu não conhecia.

-Que tipo de música é essa?- Falo sorrindo da música desconhecida e da dancinha que o mesmo estava fazendo.

- Eu não sei, foi a primeira que apareceu.

-Você realmente não sabe dançar.

-Dança comigo. Quero ver dançarino. -Responde a mim sorrindo.

Ficamos pulando e mexendo pernas e braços e dando gargalhadas.

Marina~

Sábado à noite a Camila me levou para uma festa. Entramos tranquilamente, que tipo de lugar deixa adolescente entrar assim?

O local estava lotado, a música alta e luzes piscando em diferentes cores. Dançamos e bebemos até que ela se afasta de mim.

Percebo alguns olhares de um garoto, finjo não o perceber e saio a procura da minha amiga. Já que ela sumiu há algum tempo.

As luzes fortes não me deixavam vê-lo muito bem.

-A procura de alguém?- O garoto dos olhares fala comigo. - Posso ajudar?!

-Estou, mas não se preocupe, posso encontrá-la sozinha!- Me afasto.

- Você estuda no colégio Fausto, não é? A novata?!

-O que?- Ele estuda na escola também?

Ele sorri de canto.

-Tente do lado de fora, lado direito para ser mais exato. - O mesmo fala próximo ao meu ouvido.

Saio sem responder.

Do lado de fora estava a Cami, no lado em que o garoto afirmou aos beijos com outro garoto.

-Vamos para casa!

-Por quê?

-Sem contestar, por favor. -A puxo pelo braço. -Quando foi que você bebeu tanto?

-Quando eu saí para dar uns pega nele. - Ela sorri e aponta para o garoto ainda parado no mesmo local, e o mesmo sorri.

-Você é louca?!

Chegamos a sua casa e seus pais já estavam dormindo, o que é perfeito. Carrego-a direto para banheiro. Tiro suas roupas, ligo o chuveiro na água fria e coloco-a debaixo.

-Eu posso tomar banho sozinha!- Quase cai no box do banheiro.

-Parece que não. – Já estava estressada.

Não é a primeira vez que algum dos meus amigos fica bêbado e tenho que cuidar já que sou a sóbria do rolê.

Tiro ela do chuveiro, enrolando uma toalha à sua volta. Saímos do banheiro e a levo para a cama, a visto e logo ela está dormindo.

*Como está aí?!*-Envio uma mensagem ao meu irmão.

*Bem, e aí?*

*A Cami está bêbada e eu tive que cuidar dela*

*Haha*

*Não ria, é sério. Vou dormir, falo com você amanhã*- Minto, só achei que ele estivesse com sono, pois está muito tarde.

*Okay, tchau*

Desligo o telefone e vou até o banheiro. Olhando para o reflexo no espelho tenho a ideia de criar objetos feitos de gelo- é mais difícil do que imaginei-. O primeiro foi um espelho, que ao estar pronto não passou do tamanho da minha mão e em seguida fiz uma escova, um copo e etc...

Enfim tomo banho e arrumo o colchão onde dormirei, não quero dormir com a Camila hoje. Meu celular toca, é o Nathan.

- Oi, Marina. - Fala assim que atendo.

- Oi, está tudo bem?

-Sim, eu não consegui dormir e pensei em ligar, te acordei? Desculpe. –Ele diz rápido.

-Ah, não. Eu também não consegui dormir, estou pensando em várias coisas.

-No torneio?

-Também.

Ficou em silêncio na linha.

-Marina, hã... Minha mãe sempre faz um baile para comemorar o fim de ano, mesmo faltando meses para isso e... Você quer ir comigo?

Silêncio novamente.

-Está tudo bem se não...

-Eu quero, irei com você!

~16~

Pela manhã a Camila acorda reclamando da dor de cabeça.

-Dá para fazer silêncio? Estou tentando dormir aqui!- Me viro no colchão e cubro ainda mais meu corpo com o cobertor.

-Preciso de um remédio.

Cami fica mexendo em vários lugares do quarto, abrindo portas, puxando gavetas e conversando sozinha.

-Você realmente não vai fazer silêncio não é?- Abro meus olhos e tem três camilas andando de um lado para outro. –Já parou para pensar que não tem remédio no quarto?

Ela concorda e sai do quarto.

Fui conhecer a cidade, não é uma cidade grande, óbvio que não é como uma metrópole, mas para uma cidade do interiorana é bem grande.

Fomos a uma feira pela manhã com sua mãe. Depois, no fim da tarde, fomos a algumas lojas e à noite no cinema. Assistimos a uma comédia romântica. E até conheci alguns amigos da Camila, e são bem legais.

DEZESSEIS (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora