Martin~
Na manhã seguinte acordo às 8 horas, escovo os dentes e vou para a cozinha ainda com o pijama do Noah.
-Bom dia. - Digo me sentando à mesa.
-Bom dia. - responde o Noah e em seguida seu pai.
– Dormiu bem?- Carlos pergunta no fim.
Respondo que sim e pego uma caneca e coloco café com um pouco de leite.
-Gostei do estilo despojado. -O Carlos sorri olhando para o que estou usando.
-É a última moda, roupas largas. - Respondo-lhe o contribuinte à risada.
Acabamos de tomar café, subo para trocar de roupas e volto para lavar a louça.
Enquanto lavávamos a louça percebia os olhares do Noah, como ontem à noite.
-O que foi? – Pergunto olhando para as minhas mãos.
-Nada, só estou olhando. – Ele se vira para secar uma das louças.
Fico tímido.
- Não há nada para olhar. - Coloco meu cabelo atrás da orelha. -Eu estava pensando e acho que posso falar com a minha mãe e arrumar uma vaga na Universidade para seu pai dar aula.
-Seria incrível, mas meu pai não aceitaria.
-Por quê?- Deixo a esponja na pia e olho para ele.
-Ele gosta de fazer as coisas sozinho, sabe?
- Eu aprendi da pior forma que todos nós precisamos de ajuda, não devemos enfrentar tudo sozinho. - Olho para a xícara na minha mão.
Tudo ficou estranhamente quieto, até que o Noah tem a ideia de colocar música; uma que eu não conhecia.
-Que tipo de música é essa?- Falo sorrindo da música desconhecida e da dancinha que o mesmo estava fazendo.
- Eu não sei, foi a primeira que apareceu.
-Você realmente não sabe dançar.
-Dança comigo. Quero ver dançarino. -Responde a mim sorrindo.
Ficamos pulando e mexendo pernas e braços e dando gargalhadas.
Marina~
Sábado à noite a Camila me levou para uma festa. Entramos tranquilamente, que tipo de lugar deixa adolescente entrar assim?
O local estava lotado, a música alta e luzes piscando em diferentes cores. Dançamos e bebemos até que ela se afasta de mim.
Percebo alguns olhares de um garoto, finjo não o perceber e saio a procura da minha amiga. Já que ela sumiu há algum tempo.
As luzes fortes não me deixavam vê-lo muito bem.
-A procura de alguém?- O garoto dos olhares fala comigo. - Posso ajudar?!
-Estou, mas não se preocupe, posso encontrá-la sozinha!- Me afasto.
- Você estuda no colégio Fausto, não é? A novata?!
-O que?- Ele estuda na escola também?
Ele sorri de canto.
-Tente do lado de fora, lado direito para ser mais exato. - O mesmo fala próximo ao meu ouvido.
Saio sem responder.
Do lado de fora estava a Cami, no lado em que o garoto afirmou aos beijos com outro garoto.
-Vamos para casa!
-Por quê?
-Sem contestar, por favor. -A puxo pelo braço. -Quando foi que você bebeu tanto?
-Quando eu saí para dar uns pega nele. - Ela sorri e aponta para o garoto ainda parado no mesmo local, e o mesmo sorri.
-Você é louca?!
Chegamos a sua casa e seus pais já estavam dormindo, o que é perfeito. Carrego-a direto para banheiro. Tiro suas roupas, ligo o chuveiro na água fria e coloco-a debaixo.
-Eu posso tomar banho sozinha!- Quase cai no box do banheiro.
-Parece que não. – Já estava estressada.
Não é a primeira vez que algum dos meus amigos fica bêbado e tenho que cuidar já que sou a sóbria do rolê.
Tiro ela do chuveiro, enrolando uma toalha à sua volta. Saímos do banheiro e a levo para a cama, a visto e logo ela está dormindo.
*Como está aí?!*-Envio uma mensagem ao meu irmão.
*Bem, e aí?*
*A Cami está bêbada e eu tive que cuidar dela*
*Haha*
*Não ria, é sério. Vou dormir, falo com você amanhã*- Minto, só achei que ele estivesse com sono, pois está muito tarde.
*Okay, tchau*
Desligo o telefone e vou até o banheiro. Olhando para o reflexo no espelho tenho a ideia de criar objetos feitos de gelo- é mais difícil do que imaginei-. O primeiro foi um espelho, que ao estar pronto não passou do tamanho da minha mão e em seguida fiz uma escova, um copo e etc...
Enfim tomo banho e arrumo o colchão onde dormirei, não quero dormir com a Camila hoje. Meu celular toca, é o Nathan.
- Oi, Marina. - Fala assim que atendo.
- Oi, está tudo bem?
-Sim, eu não consegui dormir e pensei em ligar, te acordei? Desculpe. –Ele diz rápido.
-Ah, não. Eu também não consegui dormir, estou pensando em várias coisas.
-No torneio?
-Também.
Ficou em silêncio na linha.
-Marina, hã... Minha mãe sempre faz um baile para comemorar o fim de ano, mesmo faltando meses para isso e... Você quer ir comigo?
Silêncio novamente.
-Está tudo bem se não...
-Eu quero, irei com você!
~16~
Pela manhã a Camila acorda reclamando da dor de cabeça.
-Dá para fazer silêncio? Estou tentando dormir aqui!- Me viro no colchão e cubro ainda mais meu corpo com o cobertor.
-Preciso de um remédio.
Cami fica mexendo em vários lugares do quarto, abrindo portas, puxando gavetas e conversando sozinha.
-Você realmente não vai fazer silêncio não é?- Abro meus olhos e tem três camilas andando de um lado para outro. –Já parou para pensar que não tem remédio no quarto?
Ela concorda e sai do quarto.
Fui conhecer a cidade, não é uma cidade grande, óbvio que não é como uma metrópole, mas para uma cidade do interiorana é bem grande.
Fomos a uma feira pela manhã com sua mãe. Depois, no fim da tarde, fomos a algumas lojas e à noite no cinema. Assistimos a uma comédia romântica. E até conheci alguns amigos da Camila, e são bem legais.
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DEZESSEIS (Livro 1)
TeenfikceUm universo em quem muitos adolescentes vêm suas vidas mudarem totalmente por nascerem com habilidades especiais. Os irmãos gêmeos, Marina uma garota popular que sempre pensa nas pessoas a sua volta e Martin um garoto super inteligente e bem tímido...