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Boston, Massachusetts 07:35 da noite

— Chegamos. — disse um amigo da minha mãe

Particularmente, eu sei que são bem mais do que amigos.

Abro a porta do carro saindo e logo em seguida puxo minha mochila, logo minha mãe sai também, abriu o porta malas e pegou as duas malas, com uma certa dificuldade por causa do peso, seu amigo desce do carro para ajuda-la, não me ousei a lhe ajudar, estava observando a casa a minha frente. A mesma coloca as malas no lado e seguiu junto com o seu "amigo" até o carro se despedindo com um abraço e um beijo na bochecha, logo ele entra dando partida no carro e ela caminha até mim me abraçando de lado enquanto sorria fraco, era nítido o seu cansaço.

— Tudo bem? — pergunta

Não, não estava bem.

— Sim. — digo sorrindo fraco

Logo a porta da casa foi aberta saindo uma idosa, não muito velha nem muito jovem, media. Minha vó. Tanto tempo que não a vejo, posso se dizer, que anos. Ela vem em nossa direção e minha mãe caminha em sua direção também.

Depois dos abraços, entramos para dentro de casa, enquanto minha mãe e minha vó foram para a cozinha, observei a sala. Aconchegante. Apareci na porta da cozinha vendo as duas conversarem assim que minha vó percebe minha presença ela sorrir.

— Vá da uma olhada no seu quarto. Seu avó quando estava vivo, fez questão de faze-lo — ela sorrir

Sem dizer uma palavra alguma, subi as escadas vendo o corredor, andei até observa uma porta aberta, alias, era a única porta aberta do corredor. Sorri ao perceber que era o meu quarto, nunca vim visitar minha vó então, nunca entrei nesse quarto. Coloquei minha mala de lado e caminhei até uma escrivaninha ao lado da cama, tinha um retrato meu quando era menor e ao lado, um ursinho. Suspirei me sentando na cama.

— Um novo lar. — murmurei

Não estou com raiva ao nível extremo ao ponto de surta e colocar a culpa toda na minha mãe, afinal, ela não tem culpa de nada, desde que o meu pai morreu, não sobrou muito dinheiro e minha mãe está louca pra achar um emprego. E minha vó passou mal, então, aproveitamos para cuidar dela e ficarmos aqui ate mamãe arrumar emprego. Desde que papai morreu, as coisas ficaram meio apertadas pra nós...

Observo o meu novo quarto, ele era aconchegante. Tinha uma janela que dava para o céu que já estava anoitecendo, conseguia observar os telhado das casas também e quem sabe, até a rua. Ao lado tinha uma escrivaninha vazia e uma cadeira, passei o olhar para o lado e vi um guarda roupa, ao lado, um grande espelho. O quarto não era grande, bom, posso dizer que ficou um bom espaço nele. Encaro minhas malas perto da porta e suspiro me jogando na cama de barriga para cima. Logo escuto uma pequena batida na porta o que me fez levantar o olhar e ver minha avó

— Oi querida. — ela sorrir fraco

—Oi. — digo me sentando na cama — tudo bem? — a encaro

— Eu que te pergunto, você esta bem? Com isso tudo? Sinto muito. — ela se senta ao meu lado

— Há, sim. Estou bem, obrigada.

—Tudo certo então, qualquer coisa, pode contar comigo viu? — ela sorrir se levantando, mas antes, deposita um beijo na minha testa e logo sai do quarto me deixando sozinha novamente

Me levanto puxando a minha mochila tirando algumas coisas, meu fone de ouvido, computador e por fim, um porta retrato com uma foto minha e do meu pai, estávamos pintando enquanto mamãe tirava a nossa foto, lembro que depois da foto, papai jogou tinta na mamãe fazendo melar a câmera e o seu vestido favorito, e depois, começou uma guerra de tinta, gargalho fraco enquanto segurava o retrato, logo coloco em cima da escrivaninha ao lado. deixo as coisas de lado e caminho ate o corredor indo em direção as escadas, mas, vejo mamãe arrumando a cama em um dos quartos, chego mais perto se encostando na porta e logo ela me encara, logo sorrir.

— oi querida. — sorrir

— oi mãe — cantarolo baixinho rindo fraco — indo dormir? — encaro a cama arrumada

— daqui a pouco, estou apenas arrumando. ah, sua vó está fazendo algo que voce gosta. — disse procurando algo na bolça

— deixa eu adivinhar? comida? — digo cruzando os braços — quando formos embora, vou sair gorda. — ironizo e vejo me encarar com um olhar estranho — o que? não vamos ficar por muito tempo. é só até voce achar uma casinha. — digo e a mesma para de procurar algo na bolça e me encara, quanto a sua expressão quanto o seu olhar, era indecifrável. — eu vou vê o que ela está aprontando...

Saio dali descendo as escadas, chegando lá observo a sala, sem muitos enfeites. olho para o meu lado esquerdo onde é a cozinha, vejo vovó, ela estava cozinhando.

—oi! adivinha o que estou fazendo? — ela abre um sorriso enquanto misturava algo, encaro a panela e os ingredientes, e logo um sorriso se formou no meu rosto também.

— torta de cereja! — digo e ela rir assentindo

— não quer descansar? a viagem deve ter sido cansativa. — ela para de mexer a panela me encarando — não se preucupe, irá sobrar torta para amanhã. — ela rir e eu gargalho assentindo

— certo, até amanha então. — sorri e logo subo as escadas novamente

Passo pelo quarto onde mamãe estava, a porta estava levemente encostada, pensei em falar algo, mas, preferir apenas ir para o meu quarto. Caminhei até o quarto e logo fechei a porta atrás de mim, peguei o celular e mandei mensagem para Lívia, a minha melhor amiga. Avisando que cheguei e que estava me arrumando para ir dormir.

Peguei uma peça de roupa de frio e caminhei até o corredor novamente indo para o banheiro, tomei um rápido banho e logo voltei para o quarto. Me deitei e não demorou muito para o sono chegar e eu não lembrar de nada...

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Contínua...

Oii amores!! Bom, começando mais um livro novo!! :) Peço desculpas por algum erro ortografico ou algo do tipo, espero que gostem.

os sintomas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora