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— chegamos. — avisou parando a moto e eu tirei o capacete sorrindo e logo desçi da moto observando o restaurante

O restaurante pelo menos por fora, é bem simples mas foi o suficiente para eu me apaixonar por ele. ele era meio vintage com uma cor bem neutra no lado de fora tem duas mesas e tinha um vidro enorme onde amostrava algumas pessoas rindo e conversando no lado de dentro, encarei Anthony sorrindo e o puxei para entrarmos.

— Sofi...— sussurou — aqui não é um lugar muito....chique, aliás,  é bem simples. Então...— me virei o interrompendo

— eu adorei, Anthony! — sorri amostrando os dentes — aqui é lindo! — sorri me virando novamente e o garçom veio até nós

— boa noite, queiram me seguir por favor. — sorriu e nos levou até uma mesa que ficava ao lado de uma janela  — os cardápios. — entregou o cardápio assim que a gente se sentou — sejam bem-vindos. — fez um gesto com a cabeça e logo saiu dali

Encarei Anthony sorrindo e observei a vista da janela, a rua estava deserta e á frente tinha várias lojinhas que por conta do horário, já estavam fechadas. Voltei a encarar o restaurante ao nosso redor, e soltei um sorriso observando tudo. As mesas redondas espalhadas pelo pequeno salão, algumas velas iluminavam ali e o grande lustre pendurado do teto que tinha algumas flores nele. Fora a decoração que era bem vintage e tinha algumas plantas e flores que dava um aroma muito gostosinho.

Algumas pessoas conversavam e gargalhavam, outras apenas encaravam os músicos que estava em cima do pequeno palco. Voltei a olhar Anthony que me observava com um curto sorriso e disse:

— espero que tenha gostado daqui.

— se eu gostei? Anthony eu adorei. — abri um sorriso — adorei o lugar. — falei me ajeitando no banco e ele sorriu

Não demorou muito e o garçom voltou e perguntou se já havíamos escolhido o nosso pedido e eu acabei sorrindo para Anthony, pós não havíamos escolhido nada ainda. Nem abrir o cardápio a gente abriu.

— err....— murmurou Anthony abrindo o cardápio e eu fiz o mesmo

Passei meu olhar pelo cardápio á minha frente e mordi o interno da minha bochecha enquanto pensava em escolher algo rápido para pedir pós o garçom estava nos encarando esperando uma resposta, notei Anthony levantar a cabeça para o homem ao nosso lado e logo fechei o cardápio olhando para Anthony.

— pode ser essa torta de abóbora? — perguntou Anthony olhando para mim e eu concordei com a cabeça e logo o garçom sorriu e concordou com a cabeça saindo dali — tem certeza? se quiser eu peço para troca — me encarou e eu rir negando

— não, eu adorei. tudo bem. — sorri e bebi um gole da agua que o garçom tinha trazido e voltei a observa a rua lá fora — gosto daqui...— falei baixo olhando para o garoto á minha frente que abriu um sorriso 

— eu disse que aqui não era tão ruim assim, eu estava certo. — se gabou me fazendo rir — quem diria, aquela garota ignorante que não gostava de nada, agora esta aqui. — me olhou — comigo nesse pequeno restaurante e agora ela é gentil, fofa, e...perfeita. — ele sorriu 

acabei sorrindo enquanto encarava Anthony, ele estava certo, aqui não é tão ruim assim como eu imaginava é muito melhor. confesso que, não gostava da ideia de vim morar aqui por conta que eu iria ficar longe das pessoas que conhecia, mas, com o tempo, descobrir que, ficar longe daquelas pessoas foi uma das melhores coisas que eu fiz. descobrir o quanto uma delas são toxicas. e, fico feliz ao saber que me livrei dela.

fiquei tão triste ao saber quem era ela de verdade e que, eu estava sendo abandonada por mais uma pessoa isso doía muito, mas, acabei encontrando duas melhores amigas incríveis e, conheci um garoto fantástico. 

tirei os pensamentos ruins da cabeça e sorri de novo para Anthony que me observava, hoje é um dia incrível, não seria meus pensamentos que vão estraga tudo. 

— obrigada. — falei depois de alguns segundos em silencio — voce me fez enxergar o mundo diferente, em tão pouco tempo. — revelei fazendo ele abrir um sorriso 

— eu que te agradeço, Shophia. — ele sorriu 

logo o garçom voltou com o nosso pedido e saiu dali, jantamos e ficamos ali conversando mais um pouco até Anthony fazer questão de pagar a conta e depois saímos dali. não sabemos que horas são, e nem eu, e nem ele ousamos pegar o celular para ver a hora. era incrível como esses dias, nem pegar no celular eu peguei. mas, como diz o ditado:

" os melhores roles, são aqueles que fazem a gente esquecer o celular."

— podemos ficar mais um pouco? — perguntei assim que saímos do restaurante — poderíamos ficar andando enquanto conversamos mais, se voce quiser, claro. — falei dando de ombros enquanto o encarava 

— claro, fiquei com medo de perguntar e voce negar. — ele riu ficando ao meu lado e levantou um pouco a mão — senhorita. — ele faz uma curta reverencia me fazendo rir e logo estiquei minha mão fazendo ele beijar as costas da minha mão e ficar ao meu lado colocando seu braço ao redor do meu e começamos a andar 

ficamos conversando, rindo, e as vezes apenas aproveitando a companhia do outro. as lojas estavam fechadas e apenas as luzes do poste iluminavam a rua, o céu tinha algumas estrelas mas nada á mais. a rua estava calma e não tinha ninguém ao redor. estava um tremendo deserto. não demorou muito e sentir uma pequena gota cair no meu braço me fazendo olhar para ele e ver a gotinha depois foram, duas, tres, quatro...

— vai chover. — falei baixo fazendo Anthony me olhar

não demorou muito, algo de segundos a chuva forte começou fazendo Anthony correr me puxando delicadamente pela mão para debaixo de uma pequena tenda de uma loja fechada. me encolhi abraçando meus próprios braços e Anthony suspirou passando a mão em seus cabelos, mordi o meu lábio inferior observando a chuva forte, como vamos para casa agora? perguntei para mim mesma enquanto observava a chuva que, não iria parar nem tão cedo.

— ah... me desculpa. acho que estraguei o nosso encontro. — se desculpou Anthony sorrindo fraco

encontro? estamos realmente em um encontro!! 

encarei Anthony sem palavras e logo ele notou o que tinha falado e desviou o olhar rindo sem graça, acabei sorrindo e desviando o olhar para o lado oposto e mordi o lábio inferior novamente enquanto pensava.

por que não, dançar na chuva?  pensei. me virei para o garoto ao meu lado sorrindo amostrando os dentes e corri para debaixo da chuva fazendo Anthony me encarar confuso, e eu acabei rindo alto enquanto abria os braços. logo o garoto entendeu e correu até mim fazendo a mesma coisa.

os sintomas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora