— Oii! Nossa que saudades! — acenei sorrindo para a tela do computador— Oii! Também estou morrendo de saudades! — sorriu acenando de novo — e então? Como está sendo aí? — perguntou
— normal. — dei de ombro — como estão por aí? — observei atrás dela e vi que ela não estava no seu quarto, eu conhecia bem o quarto de Lívia e esse não era o seu — mudou a decoração do quarto?
— o que? Ah! Não. — riu negando com a cabeça — estou na casa da Sofia, na verdade, estamos em uma casa de praia. — sorriu animada e logo uma garota de cabelos claros apareceu segurando dois copos e sorriu
— ah...— murmurei — que legal — forçei um sorriso, e virei o rosto em direção da porta e logo olhei para Lívia de novo — olha, eu preciso ir agora. Depois a gente se fala. Tchau! — falei e a mesma acenou desligando a chamada
Assim que desliguei o computador, soltei um suspiro me encostando na cadeira e levei meu olhar para a janela ao meu lado, talvez eu estivesse perdendo minha única amiga também. Eu e Lívia somos amigas desde que entrei na faculdade, uns 3 anos mais o menos e até hoje, ela foi a minha única amiga. Não demorou muito e a porta foi aberta por vovó que sorriu assim que me viu.
— querida? O que houve? — perguntou parando na porta
— hm? — a encarei — nada, coisa minha. — dei de ombro — tudo bem? — perguntei
— ah, sua mãe chegou. — avisou sorrindo — tem uma surpresa pra você. — avisou saindo dali me fazendo levantar e atrás da mesma
Surpresa pra mim? Franzi a testa descendo as escadas e observei mamãe que sorria ao lado de Adam, franzi mais ainda a testa e acabei soltando um sorriso fraco com todo aquele suspense, parei em sua frente e levantei às subrancelhas para que ela falasse. Mas quando ela ia falar, vovó foi mais rápido e acabou falando primeiro.
— sua mãe pegou a herança do seu pai, está na garagem. — avisou com um sorriso no rosto
— sim, e, eu já te matriculei na escola nova. Você vai depois de amanhã á tarde. Bom, a herança, ele é seu, querida. — falou mamãe me entregando uma chave
Decidir não pensar na escola nova ainda, então, Acabei sorrindo com aquilo pegando as chaves da sua mão, e antes de sair dali, eu lhe dei um abraço apertado que foi retribuído por outro. Fui até a garagem, abrindo a mesma e encarei um baú, que, era bem famíliar para mim. Papai ter herança e ela ser pra mim, é algo tão surpreendedor pós ele nunca disse que tinha uma herança caso morresse, ou algo do tipo, bem pelo aocontrario. Papai sempre foi um homem muito transparente, principalmente quando se tratava de sentimentos.
Me agachei abrindo o baú á minha frente e assim que conseguir destranca-lo meus olhos se arregalaram e eu prendi a minha respiração altomaticamente, meu coração começou a bater forte e meus olhos começaram lagremejar, era os quadros, as tintas, os pincéis. Tudo ali, organizado e do mesmo jeito que estava na última vez. E agora era meu, tudo aquilo.
Estiquei a minha mão pegando aqueles objetos e tirando do baú, e Por um momento eu fiquei feliz, mas por outro, eu fiquei mal, muito mal. Porque, ele não estava mais ali para pintar comigo e ambos brincarem de se pintar, não iria ter mais competição de quem pinta mais rápido. Aquilo acabou, em um piscar de olhos.
Me sentei no chão abrindo as tintas e colocando ao meu lado, coloquei um quadro á minha frente em um tripé pequeno próprio para quadros e peguei um pincel, eu não tinha nenhuma ideia do que eu iria pintar, eu apenas pintei. Como se, nem que seja por segundos, ele estivesse ali. E que, aquele quadro fosse para ele. Logo uma sombra apareceu ao meu lado me fazendo o encara-lo. Era a mamãe. ela estava encarando os quadros.
— Oi... — soltei um pequeno sorriso fraco a encarando e a observei vim em minha direção e se sentar ao meu lado. a mesma suspirou olhando para frente e logo me encarou
— é seu agora, e, com certeza, ele esta feliz com está decisão. — ela me encarou e alisou a minha bochecha limpando as lagrimas persistente — eu sei que, estamos afastadas, e que, eu não fui uma boa mãe..— ela riu sem humor — mas, ele está em um bom lugar, e, temos que seguir em frente, ok?
— mesmo que doa?...— perguntei me encolhendo em seu abraço
— mesmo que doa. — afirmou. — mesmo que superamos ele, não significa que ele foi embora, ele sempre estará com a gente. sempre. —falou me abraçando forte
acabei soltando um sorriso fraco naquele momento, depois que o papai morreu, eu posso dizer que, me isolei de tudo e de todos, só pelo simples fato de todos, literalmente, todos que eu conhecia falava a frase cliché quando alguém morre, "meus sentimentos, ele está em um lugar bom." mesmo eu sabendo que, sim, ele está, eu não queria que ele estivesse. era como se, todos estivessem sentindo pena de mim, e que, "pela primeira vez" eu estava sendo fraca. e, eu não gosto de me sentir assim.
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Contínua...
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os sintomas do amor
Romansa⚠️CONTÉM ERROS ORTOGRÁFICOS⚠️ E se derrepente a sua vida em um piscar de olhos, Mudasse? Ir morar na casa da avó por poblemas financeiro, até sua mãe achar um emprego e sairmos dali. Com a morte do seu pai, tudo ficou difícil. Shophia é uma garota d...