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Me enrolei no lençol enquanto caminhava lentamente até a janela abrindo a mesma e colocando minha cabeça pra fora sentindo o vento frio no meu rosto, encarei o garoto que estava sorrindo sínico pra mim e quis mata-lo ali mesmo. Encarei o relógio em cima da minha mesinha e vi que eram 04:12 da manhã.

Era só que o que me faltava.

Suspirei voltando a encarar o garoto que tinha seus cabelos bagunçados e bocejei ainda sentindo o sono que ainda abitava em mim, meu corpo pedia cama e se eu fechasse os olhos aqui mesmo, eu dormir em pé. Pisquei lentamente ainda processando o que estava acontecendo e ouvir Anthony me chamar depois de um silêncio se instalar.

— Sofi!! — me chamou — desce aí. — falou fazendo gestos com a mão

— você viu que horas são? Anthony,  temos aula de tarde! — sussurei me inclinando para frente vendo o garoto jogar a cabeça para trás suspirando

— por favor, Sofi! — implorou — dessa vez você pode sair pela porta. — sugeriu sorrindo torto o que me fez rir negando com a cabeça

— tá! — concordei me dando por vencida

Mesmo eu não gostando da ideia de madrugada para sair, ou melhor, fugir. Eu gostava da companhia e da calmaria e dos lugares que Anthony me levava para conhecer, se for parar pra pensar que, podemos ir fazer piquenique, ou seja lá para onde ele vai me levar hoje. Podemos fazer isso a qualquer hora do dia, mas, por outro lado, qual seria a graça?

Sai da janela jogando meu lençol na cama e coloquei o meu tênis no pé e logo voltei para a janela onde o garoto de olhos castanhos claro olhava para a minha janela e assim que eu apareço ele solta um sorriso aliviado nos lábios e eu acabei rindo me sentando na janela.

— achou que eu não iria vim? — perguntei sussurando e o vejo balançar a cabeça

— sim. — riu. — eu achei, pensei que iria me abandonar aqui. — falou vindo em minha direção enquanto eu descia a pequena escada

eu nunca vou te abandonar. — falei como se fosse óbvio enquanto esfregava minha mão uma na outra por conta do frio, e apenas aí, eu notei o que falei.

Eu não estava mentindo, eu não iria abandona-lo, mas, não era algo que eu pretendia falar em voz alta. Olhei para Anthony um pouco sem graça do que acabei de falar e vejo ele me encarar por alguns segundos e sorri assentindo, e logo desviei o olhar para atrás dele onde vi a mesma moto daquele dia.

— você roubou mesmo essa moto? — perguntei indo na direção da mesma e logo Anthony me segue rindo baixo

— é do meu pai. — revelou me fazendo assentir — vamos? Preciso te amostrar um lugar. — sorriu latino ligando a moto e logo subiu nela

Acabei sorrindo e subi na moto passando meus braços ao redor de sua barriga e logo Anthony acelerou e eu sentir o vento frio bater no meu rosto fazendo meus cabelos balançarem, e ouvir o garoto falar: me desculpa, acabei esquecendo do capacete. E eu acabei rindo concordando, nenhum de nós dois estávamos de capacete. Apertei mais a sua barriga deitando minha cabeça em seu ombro e sentir Anthony se aconchegar um pouco, que me fez sorri.

[...]

Logo ouvir o som das ondas e o cheirinho de mar e soltei um sorriso latino observando o local, e rapidamente vi Anthony me olhando pelo retrovisor com um sorriso. Não tinha como não sorrir.

Anthony desacelerou a moto parando aos poucos e logo observei a praia á nossa frente, a praia estava calma e o céu estava simplesmente lindo pós o sol estava nascendo. O garoto ao meu lado desligou a moto ficando ao meu lado e acenou com a cabeça para começarmos a andar e assim fizermos, tiramos nossos tênis e logo sentir a areia tocando nos meus pés e não hesitei em sorrir.

Nós sentamos em um lugar qualquer dali mas perto da água, e em um ato altomatico, deitei minha cabeça no ombro de Anthony que me abraçou. E eu acabei sorrindo de lado com seu gesto surpreendente. Acho que posso dizer que Anthony e eu somos amigos, acho que, melhores amigos. Desde que cheguei aqui ele foi super gentil comigo e me tratou de um jeito único.

— obrigada, de novo. — sussurei levantando meu olhar para ele sem tirar minha cabeça de seu ombro

os sintomas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora