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Era o dia seguinte e eu por algum motivo, acordei feliz. Como todo dia de manhã eu iria sair para conhecer a cidade, eu estava me arrumando. por algum motivo, eu estava gostando dessa minha "nova rotina" pensei que a minha vida séria chata e sem graça aqui na casa da vovó, mas, está sendo boa.

Logo ouvir a campainha tocar e me apressei, assim que amarrei meu tênis puxei minha mochila saindo dali descendo as escadas correndo, e assim que cheguei no último degrau vovó apareceu abrindo a porta e eu sorri descabelada, Anthony e Zoe entrou sorrindo e vovó os comprimentou enquanto eu tentava recuperar o fôlego.

Já disse que eu sou sedentária?

— ah! Querida. Como está sua mãe? — perguntou vovó para a garota — e o seu pai? Está melhor? — perguntou fazendo Zoe desmarchar o sorriso

— um pouco, mas, sempre estamos mandando remédio para ele. — avisou tocando seu ombro meio que, reconfortando vovó

— ah, sim. Sim. — vovó assentiu — bom, mande melhoras para ele.

Encarei Anthony confusa e ele deu de ombro abrindo novamente a porta, e, uma curiosidade imensa me antigiu. Zoe terminou de falar com a minha avó e logo se virou para mim e assim saímos dali fechando a porta atrás de gente, me virei vendo três bicicletas no chão. E, acabei sorrindo.

— Anthony me contou, sobre você não saber andar de bicicleta. — comentou Zoe fazendo eu me encolher um pouco enquanto mordia meu lábio — não se preucupe, não vamos te zuar. Afinal, ninguém aqui sabia. Aprendemos aos poucos. — Zoe sorriu tocando meu ombro

Eu já fui muito zoada por não saber andar de bicicleta, ou algo do tipo, por serem coisas que todos sabem quando criança, ou, quando tem uma "infância normal" e, acho que eu nunca tive essa "infância normal" quando eu era bem pequena eu já morei no interior, mas cresci na cidade grande, nova York. Ruas agitadas, pessoas mal humoradas. Foi assim que eu cresci.

Acabei sorrindo e Zoe abriu mais seu sorriso junto com Anthony que foi em direção as bikes e levantou uma delas ficando em cima, logo eu e Zoe fizemos a mesma coisa. A rua não era movimenta igual Nova York. Quase não passava carro.

— quando sentir que vai cair, pedale. Apenas pedale e tente andar reto. — explicou Anthony — lembre-se: se cair, você irá se levantar de novo.

— É! Se cair do chão você não passa! — gritou Zoe sorrindo enquanto mandava um legal pra mim

Acabei rindo e logo suspirei olhando para frente, coloquei um dos meus pés no pedal e balancei meus ombros na tentativa de relaxar, mas não adiantou nada. Suspirei novamente e logo pedalei saindo dali.

E por alguns segundos, por milésimos segundos eu sentir aquele vento gostoso no rosto fazendo meu cabelo balançar e eu me sentir no controle, por milésimos segundos antes da bicicleta ir para outra direção e eu arregalar os olhos tentando para-la. Ouvir alguns gritos de Zoe falando: para! Para! Faz parar!! Vai bater!  E quando ela disse a ultuma palavra, já era tarde. Eu sentir o impacto vindo com tudo e logo minha vista ficar preta.

[...]

— eu morrir?...— perguntei tocando na minha testa fechando forte os olhos

— não. — respondeu Anthony

Abrir os olhos e o encarei, o mesmo estava agachado na minha frente enquanto mexia em uma caixinha olhei ao redor e vi que não estávamos na rua, e nem as bicicletas estavam ali. Franzi rapidamente a testa observando o local e Anthony se virou pra mim segurando um algodão.

— bateu a cabeça forte, talvez fique cicatriz. — comentou — vai doer. — avisou antes de colocar o algodão no ferimento e eu gemer de dor

— aii! — rapidamente recuei para trás fazendo ele abaixar a mão — doeu! — reclamei — onde eu tô? — perguntei olhando ao redor

— minha casa. — sorriu. — pra ser mais específico, meu quarto.

E foi onde notei que realmente estava no seu quarto, nas paredes tinham alguns pôsteres, uma guitarra pendurada na parede, e uns desenhos coloridos pelas paredes. Ao lado tinha uma mesa com notebook e algums livros, ao lado do seu quarda roupa tinha uma instante cheia de livros, tipo, cheia mesmo. E do lado da cama, uma janela. Que dava para a sacada. A famosa sacada.

— ha...— murmurei assentindo

— Zoe foi pegar água, remédio e lanche. — ele sorriu — vem, tenho que cuidar do seu machucado. — avisou me puxando para mais perto dele

Não ousei responder ou me mover, apenas fiquei o encarando enquanto ele limpava meu machucado.

os sintomas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora