os sintomas do amor

24

Encarei o garoto ao meu lado que tinha um curto sorriso enquanto observava a paisagem, e eu acabei fazendo o mesmo. Estávamos em um campo aberto sentados em um, tipo de morro. Era cedo da manhã o que causava o nascer do sol. A vista era única. E estava fazendo frio também.

Sorte que eu ainda estava de pijama então, estava quentinha.

Anthony me acordou à 04hrs da madrugada jogando pedrinhas na minha janela, resultado: ele me puxou para uma estrada quase deserta até esse campo e falou que eu precisava ver isto. E aqui estou eu, observando o sol que estava nascendo, mesmo estando sol, está um frio imenso.

- realmente, ter me acordado de 04hrs da madrugada valeu a pena. - comentei e ouço sua risada

- para aquele lado tem uns campos dr girassóis. - comentou apontando para o outro lado o que me fez seguir seu dedo

- oh...- murmurei assentindo e me levantei limpando a roupa enquanto Anthony me encarava confuso

Dei alguns passos saindo dali, mas notei que Anthony não mecheu nenhum músculo. O que me fez me virar para ele e colocar as mãos na cintura

- não vai vim? - perguntei

- pra onde? - perguntou se levantando

- ué, ir no campo dos girassóis. - falei como se fosse óbvio - já estamos aqui mesmo. - dei de ombro puxando sua mão

Já estávamos aqui, deixar essa oportunidade passar, seria desperdício.

Eu não entendia muito de flores, e rosas. Mas, eu achava muito linda todas elas, gostava de admira-las. Acabei ouvindo uma risada de Anthony o que me fez empurra-lo levemente com o ombro enquanto andávamos e logo ele fez o mesmo me fazendo cambaleia. Acho que, fomos o caminho todo assim. Ou, ele cantarolando alguma música que, eu não conhecia.

E nesse momento, eu sentir algo inexplicável, como se fosse uma paz e calmaria, uma sensação leve. Que me fez, sorri suspirando aproveitando esse momento.

Assim que chegamos no campo, acabei abrindo mais o sorriso vendo todos aqueles girassóis, grandes e fortes. Ali, em um campo aberto e livre. Anthony sorriu também e começou a correr entre os girassóis, por alguns segundos, eu não entendi, mas ele se virou pra mim e fez um sinal para eu o seguir.

- vem! Está contigo! - falou me fazendo rir

- não está velhor demais para brincar de pega-pega? - comentei rindo enquanto corria atrás dele

- nunca estamos velhos para se divertir. - falou enquanto corria e ru acabei sorrindo com a resposta - aliás, eu sou adolescente. Não sou adulto, ainda. - deu de ombro enquanto corria

Aumentei meus passos chegando perto dele mas quando fui toca-lo, pois a brincadeira é assim. Ele desviou me fazendo tropessar e acabar puxando ele junto. E eu arregalei os olhos encarando Anthony que estava embaixo de mim.

Arregalei mais os olhos e o vi sorrir de lado, ficamos ali, nos encarando alguns segundos.

[...]

- Oi?? - perguntou Mamãe me encarando assim que entrei na cozinha - onde estava? Pensei que estivesse dormindo. - se virou para mim

- ah...- murmurei

Como eu digo com cautela que fui raptada de madrugada por um doido que queria ver o nasceu do sol, e me levou junto? Encarei a minha mãe por alguns segundos e sorri torto, o sorriso foi tão torto que minha avó que estava do lado dela franziu a testa

- nossa, achei que estivesse dormindo também. - comentei sem graça e a vejo revirar os olhos negando com a cabeça

- Shophia, onde estava? - perguntou colocando as mão na cintura

- com o Anthony. - desembuchei e a vejo relaxar os ombros e soltar um: oh.. e a minha avó sorrir de orelha a orelha, neguei com a cabeça dando meia volta mas eu me arrependi amargamente

- Anthony? O vizinho? - perguntou Adam tirando seu casaco

E eu abaixei meus ombros bufando enquanto revirava os olhos, porque ele tinha que aparecer justo agora? Ou melhor, por que junto hoje?! Franzi a testa e antes que pudesse responder algo vovó que fazia alguma coisa na cozinha concordou fazendo Adam me encarar.

- acho que vou ficar de olho em vocês dois. - brincou me fazendo o encara-lo sério e ele logo tirou o sorriso brincalhão dos lábios

Eu não gosto de você, não sinto verdade em você. Repetia essa frase na minha cabeça enquanto o encarava o que fez ele ficar meio que, sem graça.

- quer dizer, não é verdade. Sabe? Eu, eu não tenho esse direito. - tentou se explicar pós ficou um clima estranho ali

- que bom que sabe disso. - falei me virando sair dali, e notei minha mãe nós encarar com uma expressão indecifrável de minha parte, Adam me encarou mas, não tinha o seu sorriso não lábios. Apenas abaixou os ombros entrando dentro do cozinha

E por um momento eu me sentir péssima, péssima por ter tirado o sorriso de alguém naquele dia. Mas, meu lado egoísta discordou de mim me fazendo dar de ombros enquanto caminhava até o meu quarto, logo meus pensamentos foram em hoje de manhã. O que me fez soltar um suspiro me jogando na cama.

Eu estava me sentindo leve, sentindo algo, que eu não sabia explicar. E pela primeira vez depois de meses, eu sentir algo diferente. Algo extraordinário!