Livro 1 Água - Capítulo 15 A Investigacão

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- Oi Shen, gostaria de entrar ou já quer ir para a investigação? Pois já estou pronto.
- Não, já vamos para a investigação, até agora não conseguimos nenhuma pista, mas tenho informações da mãe e da avó da garota.
- Beleza, vamos nessa!
Eles andam pela cidade, mas com poucos guardas, apenas três. Passa uma criança correndo e vai esbarrar no Avatar, mas o guarda já entra na frente com brutalidade, a criança cai no chão e ela começa a chorar muito.
- Precisava chegar assim em uma criança, o que você acha que ela iria fazer contra mim?
- Me desculpe, Avatar, não queria chegar assim, mas foi reflexo, me perdoe.
Enquanto o Avatar dá um sermão no guarda, Jean se aproxima da criança.
- Você está bem campeão?
- Não, está doendo tio.
- Me mostre onde está doendo.
A criança aponta para o calcanhar, Jean tira o sapato e a criança faz uma cara de dor, está bem inchado e dolorido.
- Isso deve ajudar, mas você tem que ser bem forte campeão.
Ele transforma neve em água com sua dobra e coloca no pé da criança, a água começa a brilhar um pouco verde e a criança para de chorar e enxuga suas lágrimas no casaco. Todos começam a olhar para Jean e a sua sub-dobra.
- Está melhor agora?
- Sim, muito obrigado tio!
- Não foi nada. Só toma mais cuidado por onde anda, pode acabar caindo no mar e virando um tritão. - Os dois começam a rir muito.
- Já briguei com esse guarda mal. - Diz o Avatar.
- Obrigado Avatar.
- Vai para casa campeão, sua mãe deve estar preocupada. - Fala Jean colocando o sapato da criança.

- Ta bom, muito obrigado mais uma vez. - Fala a criança, se levantando e se curvando para eles, ele olha para o guarda mostra a língua para ele e sai correndo.
- Vamos, amigo? - Diz Jean se levantando do chão.
- Vamos.
Os olhares para Jean logo se dispersão.
Chegando no local, Jean já começa a analisar a cena do local, ele analisa a neve.
- Para onde eles fugiram?
Jean não estava mais tão brincalhão e sorridente como antes. Eles vão olhando junto dos guardas, procurando algo dos fugitivos. Jean olha cada árvore, rastro ou local que eles poderiam ter passado, ele procura atentamente junto do Avatar.
- Você acha que eles foram muito longe? - Pergunta o Avatar.
- Seu irmão fugiu de você por um ano no mar e tem uma garota que cresceu aqui, eles devem estar longe.
- Sim, a garota além de morar por aqui, conhece o bioma, eles estão com vantagem. Fora todos esses dias que se passaram após a fuga deles.
- Pela direção que você apontou e a velocidade que estavam, principalmente o desespero, eles não iriam mudar de trajetória. Eles continuam na direção de fuga com trenó.
- Então vamos em linha reta até achar algo, o que acha?
- Sim, vamos, mas se anoitecer nós voltamos e mudamos de direção.
Eles vão em linha reta até que...
- Espera um pouco, deixa eu pegar um pouco de fôlego e já continuamos.
- Tudo bem. - Diz Jean
Jean continua dando uma olhada no local.
- Espera aí! Isso é uma árvore velha?
- Sim... Acredito que sim.
- Mas por que ela tem poucos galhos caídos ao redor dela? E olha o padrão desses galhos, era para ter muitos mais galhos no chão.
- Isso é verdade.

- Devemos procurar mais nesse local.
O Avatar chama os guardas.
- Este é Jean, o meu braço direito nessa investigação, além de ser meu amigo. Quero que obedeçam ele como se fosse eu dando as ordens.
- Sim Senhor! - Gritam os guardas.
- Quero que se espalhem e procurem por um amontoado de gravetos ou algo suspeito, ouviram?
- Sim senhor, Jean! - Gritam os guardas novamente.

A cena é cortada para a casa do Fuu.
- Shang, Shang, acorda Shang! - Sussurra Shury, me chacoalhando.
- Uaaaaaah o que foi Shury? Depois da surra de ontem eu só quero dormir.
- O Fuu vai entrar no quarto.
- E o que eu tenho a ver com isso?
- Lembra que a gente é um casal. - Fala Shury fazendo o sinal de aspas.
- Posso entrar, só quero pegar uma muda de roupas, posso?
- Claro, só um minuto. - Fala Shury – Acorda carcaça de Boi Cabra, vem para cama - Ela sussurra.
- Ta bom, Vespa Abutre. - Eu falo isso subindo na cama.
- Pode entrar! - Grita Shury.
- Bom dia pombinhos, dormiram bem. - Diz Fuu abrindo a porta.
- Dormimos sim, né, amor?
- Sim, meu bem. - Diz Shury me dando um soco na barriga embaixo da coberta.
- O café está na mesa se estiverem com fome e podem usar as roupas. - Diz Fuu fechando a porta.
- Muito Obrigado.
Eu me levanto e vou me trocar. Tiro a camisa, a Shury vê a barriga de chopp e minhas costas cheia de cicatrizes, eu coloco a camisa e o casaco.
- Vou terminar de me trocar no banheiro.

- Ta bom... - Responde Shury, chocada com a cicatrizes enquanto saio do quarto.
- Será que essas cicatrizes foram do Avatar, da sua família ou do tempo que ele era ladrão? - Pensa Shury.
Término de me trocar no banheiro e vou para a cozinha. Chegando lá está Fuu comendo uma salada de fruta.
- O que tem para comer?
- Frutas e ovos, os ovos é de um pássaro que estava fazendo ninho na minha casa e o Pingo se irritava com o cântico deles.
- Vou preparar um omelete.
- Eu não como carne.
- Entendi...
- Como vou sobreviver sem carne? – Pensa Shang.
Eu vou preparando a omelete para mim e para Shury. Eu gosto de cozinhar. A Shury chega na cozinha e eu sirvo ela com o omelete.
- Muito Obrigado, Chan.
- Chan? - Pergunta Fuu.
- Sim, é o apelido que coloquei nele. - Ela e o Fuu dão risada.
- De nada, amor.
A gente começa a comer.
- Sabe? Me identifiquei com vocês e faz muito tempo que não vou para a tribo. A gente pode ir lá e falar com a Won Lee, um casal desse não merece se separar.
- O quê?!. - Fala Shury e Shang em uníssono.

Avatar e Lenda Nunca Contada - Livro 1 ÁguaOnde histórias criam vida. Descubra agora