Livro 1 Água - Capítulo 16: O Treinamento Começa

25 3 0
                                    

- Não... não vai dar - Fala Shiro.

- Por que não? - Pergunta Fuu.

- Porque.... - Fala Shury.

- Porque ela foi presa. - Eu falo para Fuu com uma cara séria.

- Ela foi presa? Mas por qual motivo?

- Minha mãe não conseguiu superar a morte do meu pai e quando o Avatar chegou ela tentou confronta-lo junto com outras pessoas, mas ele as venceu facilmente e ela pediu para a gente fugir, pois o Avatar iria atrás da gente investigar, mas eu não sabia de nada desse plano, mas nada garante que ele não fosse me pender mesmo assim pois sou dominadora e represento ameaça para ele, pois seu filha de um dos criminosos.

- E eu não poderia deixar o amor da minha vida fugir sozinha, principalmente fugindo do Avatar - Eu seguro a mão da Shury.

- Não sei o porque da Won não querer vocês casados. Você parece ser uma ótima pessoa Shiro. Só me tira uma dúvida, como você é um nômade de ar sendo que você é moreno e não é careca?

- Eu sai do templo antes de terminar o meu treinamento e minha avó por parte de mãe é da Tribo da Água do Norte.

E essa parte da minha Avó por parte de mãe é verdade, penso.

- Hum... Entendi - Fala Fuu, com uma cara suspeita.

- Só uma pergunta, Fuu, como meu pai te deu a luva dele no meio da guerra? - Pergunta Shury.

- Foi quando eu e a tropa do Avatar estava próxima demais e ele disse que não era forte o suficiente e deu para mim, eu fui o mentor dele e pediu para devolver para sua família.

- Nossa Amor, seu pai foi um grande homem e soldado!

- Verdade, o pai dela foi mesmo.

Nós terminamos de comer e fui lavar a louça enquanto a Shury me ajudava secando. Fuu foi separar algumas roupas para nos dar, pois ficamos um bom tempo com elas.

- Você acha que ele caiu na mentira? - Pergunta Shury.

- Acho que sim, mas ele fez uma cara suspeita quando respondi a pergunta dele. Meu irmão é um nômade de ar, então eu sei muita coisa.

- Espero que ele acredite nessa mentira.

- Espero também, mas ele não vai bater em mim pois você está comigo.

- Como assim?

- Ele conhece o seu pai e parece que ele o treinou também, então ele não vai bater em você pois tem um laço afetivo com o seu pai.

- Então você está me usando para não virar u saco de pancada? É isso?

- Claro, faz parte, amor.

Ela joga água em mim e damos boas risadas.

Terminando de lavar a louca do café, Fuu nos chama para fora.

- Vamos começar o treinamento, eu avaliei seu jeito de lutar e ele é bom, mas possui várias brechas. A técnica está imperfeita.

- Como assim imperfeita? Quem ensinou essa técnica foi meu pai e ele foi o seu discípulo - Shury se ofende.

- Shu... Shury, pega leve.... – Digo.

- Calado Shiro, se ele vai começar a falar mal do meu pai, ele também tem que escutar. - Fala Shury, me cortando e parecendo muito irritada.

- Você pode se ofender o quanto quiser, mas é a verdade. Você não é nem a metade do que seu pai foi quando começou a treinar comigo - Fala Fuu.

- O que você disse seu velho? - Shury fala gritando.

Ela começa a dobrar a água e lança seus chicotes de água contra Fuu, ela está ardendo de raiva por ter ouvido ofensas a seu pai.

Fuu desvia facilmente dos ataques da Shury e dobra um chicote de água também e acaba acertando a barriga dela, onde a dobra de Shury se desfaz e ele prende a dobra no pé dela e puxa, a derrubando.

- Primeiro, em um combate, nunca deixe o emocional tomar conta de suas ações. Segundo, nunca subestime seu mestre e terceiro você tem várias falhas, fora que seu chicote não tem tanta força no impacto e se usa dois chicotes, um para se defender e outro para atacar, você só ataca com os dois quando tiver certeza que irá ganhar ou quando souber o ponto fraco do seu inimigo.

Shury está no chão com dor, nem consegue se levantar ou falar direito.

- Não acha que pegou um pouco pesado com ela?

- Eu sei que vocês são um casal, mas ela tem que ter disciplina, e não agir de forma imprudente. Você também é bom de briga, mas você não sabe lutar manuseando uma lança, quando você lutou contra mim, veio para cima com tudo, lança é distância e controle sobre o seu oponente, mas você é bom de mira, isso é muito bom, para um não dominador, você até que lutou bem contra mim. Mas como eu disse, tem falhas.

- Entendi. - Eu falo isso levantando a Shury do chão.

- Vou deixar a Shury se recompor e retornamos ao treinamento.

Eu levo ela para a cozinha, a coloco em uma cadeira e faço um chá. Coloco um pano molhado com água gelada sobre sua barriga, enquanto ela bebe o chá quente.

- Você viu como aquele maldito me atacou? Ele deve ser o pior mestre de todos!

- Shury, você provocou ele e tentou atacá-lo, você não foi uma boa aluna e deixou a raiva tomar conta.

- Você está do lado dele agora?

- Não estou do lado de ninguém, mas você que começou isso. E não fale tanto, descanse.

Eu saio da cozinha a deixando refletir sobre o que fez. Vou para a quarto, deito e pego um brinco, mas eu uso como um colar, por debaixo da roupa, com um símbolo estranho, fico pensativo e parece que ele é apagado.

A cena é cortada para o Jean pensativo e procurando algum vestigio dos crimnosos.

- Senhor Jean, achamos algo.

Ele vai até o local.

- Vejo vários galhos reunidos debaixo da neve, parece que foram queimados, eles acamparam aqui. - Pensa Jean – Chamem o Avatar, ele precisa ver isso, achamos uma pista! - Fala Jean para um guarda que sai correndo.

- Sim Senhor. - Fala o guarda.

- Essa pista ajuda em muita coisa. - Fala Jean bem baixo.

Avatar e Lenda Nunca Contada - Livro 1 ÁguaOnde histórias criam vida. Descubra agora