30.❛atendo o seu pedido.

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❥ vocês devem estar estranhando, apesar de que eu avisei no meu mural ontem, mas eu decidi fazer uma mini maratona durante essa semana que estou em provas. então, de hoje até sexta (e talvez eu possa aumentar para domingo, mas não tenho certeza absoluta disso), teremos capítulos novos todas as noites! boa leitura e obrigada pelos 83k <333

Enxáguo a última louça e desligo a torneira, finalizando tudo o que tinha para fazer hoje. Por mais que eu estivesse me enchido de tarefas para tomar o meu tempo, o meu cérebro ainda rodeava apenas uma coisa: eu e a Lili.

A descoberta por parte do Froyan abalou as minhas estruturas. Eu não posso sequer dizer que não sabia que isso aconteceria, pois seria uma bela mentira. Eu sabia sim, é claro. O problema, porém, é que eu me arrisquei a pagar por isso.

E agora, eu tinha que lidar com essas consequências de modo responsável. Mas como fazer isso sem que nenhuma das partes envolvidas saiam prejudicadas?

Eu não queria ferir os sentimentos da Lili. Eu a amava e ainda amo, porém como explicar isso para quem está de fora da relação?

O Froyan me odiava desde a descoberta e eu até entendo um lado disso, ninguém quer ver seu amigo do ensino médio, que a propósito era um canalha, se envolver com sua irmã. Contudo, como explicá-lo que eu já não era mais assim? Ele sequer me dava espaço para isso.

Além de que, por causa do meu emprego, eu tinha uma ética a seguir. E sim, eu não tinha seguido ela após ter me deixado se envolver com Lili.

A possibilidade de me demitir passa pela minha cabeça. Trabalhar no colégio tinha sido a minha única opção nesses últimos meses e eu nunca tinha parado para pensar em outra coisa além de me livrar de todo o vínculo familiar e empresarial.

Com esse caos todo, quem contraria um professor que se relacionou com uma aluna?

Eram milhões de perguntas que rodeavam a minha mente neste momento e todas elas chegavam a me fazer questionar das minhas próprias soluções. Eu estava me afundando cada vez mais nessa areia movediça e não havia ninguém para me salvar.

Checo o calendário e me dou conta de que faltavam menos de um mês para que o fim das aulas chegasse. Ergo a mão em direção ao balcão e alcanço o meu celular, desbloqueando-o e entrando no e-mail. Abro um rascunho e me ponho a digitar. Apago. Digito novamente. Apago mais uma vez. Bloqueio o celular.

Suspiro fundo e passo a mão pelos cabelos, tentando conter meu nervosismo. Decido tomar um banho para esfriar a cabeça e concluo que se eu sair do banheiro com essa mesma ideia, faria sem hesitar.

E assim o faço.

Entro no banheiro e no box, respectivamente. Abro o chuveiro após mudar a temperatura para quente. Estava precisando disso. Precisava dos meus músculos relaxarem após o contato com a água quente para que, mesmo momentaneamente, o peso que estava sobre as minhas costas diminuísse um pouco.

Eu sempre tive que aguentar as minhas emoções e problemas sozinho. A falta de um apoio familiar consolidado e as grandes comparações com o meu irmão me fizeram ser mais introspectivo e por isso, meus problemas passaram a ser apenas meus e eu tinha aprendido a lidar com isso.

Porém, chega um momento que isso tudo começa a pesar demais e aguentar sozinho já não basta.

Ao contrário do que eu esperava, quando eu saio do banho, ainda estou com a mesma ideia na cabeça. Visto uma roupa fresca e me dirijo até a sala com o objetivo de antes: solicitar minha carta de demissão. Faço as mesmas ações de antes: desbloqueio o celular e abro o e-mail.

Começo a digitar e explico o motivo da minha demissão. Ainda não tenho certeza se é o certo a se fazer, mas faço mesmo assim. Era melhor que soubesse de mim do que fosse espalhado por aí e sim, talvez eu fosse processado por isso, mas seria um escândalo menor — quero acreditar nisso.

Antes de realmente enviar, eu encaro a mensagem. Conto tudo, exceto os detalhes sórdidos porque isso ele não precisava saber. Peço desculpas no fim, apesar de saber que isso não resolveria o problema em si.

Assim que clico e envio para o diretor da escola, minha campainha toca. Estranho pelo fato de que eu não havia combinado com ninguém para virem à minha casa e meus amigos raramente vinham aqui. Deixo o celular no balcão e vou atender.

Abro a porta e vejo Lili aos prantos, chorando com um copo de café nas mãos. Não a pergunto sobre nada, apenas a puxo para dentro de casa e aconchego-a em um abraço.

Eu esperava que nada de ruim tenha acontecido e muito menos que o Froyan esteja envolvido nisso — afinal, ele era o nosso problema maior até então; mas isso não evitava que outros problemas pudessem surgir.

Quando Lili já se sente melhor e o choro cessa, ela me encara nos olhos. Sinto o meu corpo amolecer ao vê-la vulnerável daquele jeito e me sinto impotente em não conseguir fazer muita coisa por nós. Eu deveria protegê-la, mas não conseguia sequer fazer o mínimo; talvez esse fosse um dos motivos para eu dar-lhe a oportunidade de conhecer alguém melhor do que eu.

Eu não me sentia o suficiente para ela. Mesmo que eu tivesse uma maior experiência, será que isso realmente daria certo?

Eu não queria me sabotar, mas fazia isso automaticamente.

— O que aconteceu? — pergunto, alisando os seus fios dourados e olhando-a nos olhos.

Lili não me responde e isso me aflige ainda mais. Sem dizer nenhuma palavra, ela se ergue e me beija, encaixando os braços no meu pescoço. Retribuo o beijo. Nossos lábios se envolvem e eu tenho permissão automaticamente para que aprofundemos ainda mais o beijo. Finalizo com três selares consecutivos e pergunto mais uma vez:

— Tem certeza de que não quer falar sobre isso?

— Eu só preciso de você agora, Cole. Somente isso. — Lili me responde suplicante.

— Mas, Lil... — começo a questioná-la e ela me interrompe.

— Só você. Por favor.

Não respondo mais nada, apenas pego em sua mão e a levo até ao meu quarto.

Eu não sabia o que tinha acontecido, porém queria ajudá-la de uma forma ou de outra. Então, atendo o seu pedido.

❥ hmmm... pelo menos tivemos alguns mimos do casal. alguma coisa que vocês não estão a gostar? hihi, me contem e até amanhã bebês.

❪ FUCK ME, TEACHER ⁾ : ー sprousehart ❜.Onde histórias criam vida. Descubra agora