39. ❛um sorriso no rosto.

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❥ oioi, como estão? eu espero que bem, hihi. aqui está mais um capítulo, bem grandinho por sinal, boa leitura!

Quase me engasgo com o tamanho susto ao ouvir o que Camila tinha proferido.

— O quê? — é a única coisa que eu falo, tentando manter a calma.

— Não consigo mais guardar isso para mim, sei que você pode não me perdoar, mas pode me encontrar em algum momento? — ela pergunta com a voz falhando e o choro a interrompendo em alguns momentos — Por favor, nem que seja de madrugada! — Camila suplica.

Olho ao meu redor tentando trazer respostas das quais não irei me arrepender depois, em seguida, eu digo:

— Quando eu estiver livre, mandarei uma mensagem para você.

Não espero que ela diga mais nada e desligo a chamada. Encaro o espelho a minha frente e não consigo segurar as lágrimas que escorrem ligeiramente pela minha bochecha.

Conto até cinco e enxugo as minhas bochechas agora molhadas, retirando qualquer pista ou resquício que indicasse choro. Me convenço a voltar até a mesa e agir normalmente. Não queria estragar aquela noite tão especial para os meus pais — e para mim, nem tanto.

Praguejo quando me questiono sobre Camila ter me contado justamente naquela noite.

Era para ser especial.

Talvez fosse a culpa consumindo-a a cada minuto que passada, penso.

— Quem era? Alguma amiga que pudesse se juntar a nós? — meu irmão pergunta curioso.

— Deixe minhas amigas de fora do seu círculo íntimo... — o ameaço, em tom de brincadeira.

Minha voz ainda falha um pouco pelo choro preso e Froyan acaba percebendo, pois franze a testa e me observa por alguns segundos. Para despistá-lo, sorrio — esperando que aquilo funcionasse.

Pelo resto do jantar, tudo ocorreu bem, pelo menos de forma aparente. Quando chego em casa, retiro o vestido e sigo até o banheiro para me livrar de toda aquela sensação de sujeira impregnada no meu corpo.

Finalizo o banho vestindo uma calça de pijama larga e uma blusa de alças finas com estampa de bolinhas em tons pastéis. Era confortável e tudo o que eu desejava naquele momento.

Meu pensamento oscila quando penso se realmente deveria mandar uma mensagem para Camila... Eu queria saber, mas não sabia se conseguiria suportar o peso da verdade, da mesma forma como ela não estava suportando o peso da culpa. No fim, eu consigo enviar um breve aviso de que já estava em casa.

No mesmo minuto, como se estivesse esperando a minha resposta, ela me avisa que estaria indo ao meu encontro.

Os minutos que passaram desde a última mensagem até a chegada de Camila fizeram meu coração quase sair pela boca. E quando ela chegou e subiu ao meu quarto, seus olhos revelavam o estrago que aconteceu com ela pelo que carregava nos ombros.

Tive a audácia de sentir um pouco de pena, porém, tudo se esvaiu quando eu me recordei do que ela havia dito.

— E então? — Eu me pronunciei, quebrando o silêncio e agindo como se não me importava com o estado dela.

— Eu não sei por onde começar...

— Pelo começo de tudo seria interessante.

Camila engole a seco e dá alguns passos até chegar à cadeira. Não fecho a porta, deixo-a um pouco aberta e movo a cabeça para que Camila se sentasse no móvel.

❪ FUCK ME, TEACHER ⁾ : ー sprousehart ❜.Onde histórias criam vida. Descubra agora