capitulo 21: suja falando do mal lavado

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pov's s/n - Segunda-Feira - 7:47hrs
aposto que Julie se decepcionou com minha última fala, ela realmente esperava que eu iria dizer uma frase motivacional, incentivando Finn á participar do clube de teatro. do mesmo jeito que costumamos escrever essas frases nos bilhetes do cinema.

mas dessa vez, eu não tinha nenhuma frase motivacional pronta. pra ser totalmente sincera, eu acho que Finn não entraria para o clube a de teatro. a não ser que algo o interesse. esse 'algo' precisa se chamar Millie.

ele só faz hóquei porque seus treinos são na quadra de gelo, uma hora depois do ensaio da patinação artística. e Millie participa da patinação por muitos anos, e é por isso que ele faz alguma coisa diferente sem ser: jogar vídeo game a madrugada toda com o James.

-julie: é decepcionante esperar uma resposta e receber outra? -ela pergunta confusa.

-s/n: eu estava brincando, mas não totalmente. eu realmente vou precisar que finn atue.

-finn: eu sou ótimo com improvisos -ele comentou convencido.

-julie: e é justamente por isso que você se sairia muito bem no teatro! s/n me ajuda a convencer ele... -ela completou colocando sua mão levemente em meu braço.

-s/n: não tô afim de participar dessa "missão impossível". -eu comentei sarcástica e julie revirou os olhos- finn... participa do clube de teatro... posso tentar convencer millie.

-finn: convencer quem? pra quê? -ele pergunta com os olhos arregalados.

-julie: convencer sua paixão a entrar no clube de teatro. -ela disse sorrindo e se encostando no armário- pra assim, você participar do teatro também! -ela completou e finn revirou os olhos enquanto sorria levemente sem mostrar os dentes.

-s/n: você tem que tomar uma atitude finn -eu comentei destrancando e abrindo meu armário- guardar esse sentimento pra sempre não faz bem...

-julie: a suja falando do mal lavado! -ela exclamou observando suas unhas pintadas de branco, enquanto finn franzia a testa.

-s/n: mas vocês dois ein! estão com tudo... -eu completei observando o meu armário e idealizando que não tinha olhado meu horário ainda e não poderia separar os cadernos que iria usar- gente... por acaso vocês viram os horários?

-julie: eu entrei no site da escola hoje cedo, e estavam fixados na página principal -ela falou pegando seu celular que estava no bolso largo de seu jeans- olha aqui... -ela completou apontando para a tela, especificadamente para o horário correspondente ao meu número da chamada.

-s/n: hm... filosofia. sala 5B? -eu perguntei me aproximando da tela, para enxergar melhor essas letras miúdas- isso. 8:10hrs.

-finn: pra minha felicidade eu não faço filosofia na sala 5B esse ano, o professor Gabriel é muito sério... chega a ser chato. -ele comentou apontando para o celular de julie.

-julie: eu gosto dele. mas minha primeira aula é história da arte, na sala 6A, do lado da sua s/n... -ela comentou abaixando o celular.

-finn: minha primeira aula é de sociologia, na sala 11A... -ele disse desanimado- ou seja vou ter que caminhar até o ginásio.

-julie: ainda não sei como você joga hóquei sendo preguiçoso desse jeito. -ela disse mexendo em um cachinho solto de sua franja.

-finn: pra ser sincero, nem eu. -ele completou causando um sorriso em nossos rostos.

-s/n: bicho preguiça, eu escrevi a carta e agora cabe a você entregar para o aidan... -eu falei abrindo minha mochila e pegando a carta, um pouco amassada.

-finn: e nem precisa terminar de falar, eu vou atuar!

-julie: se ele perguntar qualquer coisa se faça de sonso... como você faz sempre! -ela exclamou sarcástica enquanto finn a encarava sério, e eu entregava minha carta para ele.

-s/n: agora faça o que você faz de melhor...

-finn: que seria... ser o melhor amigo desse mundo? -ele pergunta convencido.

-julie: acho que ela quis dizer encher o saco. -ela comentou e eu sorri.

-s/n: exatamente! e também comece a falar exageradamente até o aidan confundir o próprio nome...

-finn: eu nem falo tanto assim... -ele mesmo se interrompeu e sorriu- tá bom... me desejem sorte! -ele completou caminhando saltitante e sumindo no vasto corredor, com minha carta na mão.

sem tempo para arrependimentos ou voltar atrás. a não ser que você tenha uma máquina no tempo... se tiver, entre em contato comigo.

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