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Wanessa 🦋

Viajamos de noite tranquilos, Hugo já estava bem mais comunicativo com o pai e eu quietinha, mas gostando ver ele assim.

Acho que só quem é mãe que entende o amor, a capacidade de passar pelo inferno sorrindo só pela alegria do seu filho. Eu nunca quis deixar o Hugo mimado, só nunca quero ter fazer ele passar por algo parecido, nem ser alguém como pai, eu quero que ele cresça, aprenda e ame.

Ame intensamente a menina mais perfeita que existir pra ele, que ele cuide dela como uma princesa, que ele respeite, seja sincero e cresça ao lado dela, tudo que eu não tive, eu quero que ele coloque em prática e não importa por onde eu tivesse que passar pra ele poder viver isso.

Óbvio que tinha vindo alguns meninos de apoio, mas pra não chamar muita atenção não tinha vindo mais que 5 meninos, eu acho. Quando chegamos, Hugo foi correndo pro quarto que ele tinha lá, era a coisa que ele mais gostava na vida, puro quarto de criança mimada. Vídeo game, mil jogos e tudo que ele pedia pra esse quarto, o pai simplesmente comprava.

Wanessa: Ei, tá com fome? - Chamei a atenção dele que negou, ligando o videogame.- Eu vou dormir, hoje você pode ficar até mais tarde aí, tá?

Hugo: Tá mãe, beijo.- Falou sem nem me olhar e gritou pelo pai, que tava lá fora conversando mas em poucos segundos entrou.

Passou por trás de mim e foi até o Hugo que perguntou se ele ia jogar, o pai do Hugo confirmou e eles ficaram escolhendo os jogos, sorri observando aquilo e fui pra um quarto me deitar, tranquei a porta caso o Carlos pagasse de doido e fui tomar banho.

Uma semana se passou e como eu previa, o Hugo estava simplesmente um grude com o Carlos, tudo era com ele, mãezona aqui adorou isso, porque tirou os dias tão esperados de ferias, porém não era muita coisa, já que eu vinha me sentindo mal, um pouco mais tonta a cada dia e bastante enjoada, porém já tava tomando os remédios indicados que melhoravam.

Hoje era domingo à noite, pedimos pizza e por milagre, Hugo foi dormir assim que comeu, tava cansado demais, acordou cedo pra ir pra piscina e depois passou o dia jogando bola, não pregou o olho. Nisso, fiquei comendo tudo que podia ainda e o Carlos tava bebendo seu velho whisky na mesa do meu outro lado.

Carlos: Será que o moleque cansa amanhã? Foi dormir falando que queria ir pra piscina assim que acordar, eu tô mortão.- Falou olhando pro copo dele e eu ri.

Wanessa: Bem vindo a rotina de pais.- Dei os ombros.- Ele vai perder a energia jaja, só tá querendo recuperar o tempo.

Carlos: Tá sendo foda pra mim, uma sensação do caralho ver ele bem assim, só vejo ele assim poucas vezes e é quando tá fazendo alguma coisa contigo.- Olhou pra mim.

Wanessa; Ele se acostumou, joga comigo quase morrendo, sou péssima no futebol.- Fiz cara feia.

Carlos: O ar condicionado do meu quarto quebrou, faz maior tempão que não usava.- Eu olhei pra ele.

Wanessa: Dorme na sala, ou pega o ventilador que tem na dispensa, sempre tem um lá.- Falei me levantando e quando eu fui passar por ele, ele segurou meu braço, me fazendo olhar pra ele.- Não cogite a ideia de que entre a gente vai acontecer alguma coisa.

Ele ficou me encarando torto e eu fui pro quarto, tranquei como de belo costume e tomei um banho, me sentei na cama e comecei a ler meu livro, bem tranquila e calma.

Até o céuOnde histórias criam vida. Descubra agora