Wanessa 🦋
Já se passavam de duas da manhã e eu só tinha bebido e nem foi muito, tava sentada que nem velha enquanto a Brenda se divertia super e eu ficava só olhando e sorrindo pra ela. Mas tava afim de ir embora fazia muito tempo, então. aproveitei a liberdade que eu tinha e decidi que queria ir andando, mas no mesmo momento que eu fui tentar sair, uma mão segurou meu braço e eu olhei pra trás.
Wanessa: Porra, tu é chato pra caralho ein. Num falou que não queria mais nem olhar na minha cara? - Carlos me encarava feio.- Olha tua mina aí, me deixa em paz.
Carlos: Tu só sai daqui com a Brenda, tu não veio com ela? Só volta com ela!
Wanessa: Mas é muita falta do que fazer mesmo viu.- Tirei a mão dele de mim.- Eu quero ir pra casa, me deixa em paz.
Carlos: Eu te levo então.- Eu ri.
Wanessa: Tu só quer uma mão pra poder puxar o braço né? - Ele me encarava com deboche.- Tu tá com uma novinha linda do teu lado, vai ficar com ela cara. Sou só a mãe do teu filho, nada mais que isso, tu só deveria falar comigo quando fosse algo sobre o nosso filho, pronto.
Carlos: A casa tá vazia sem vocês, papo reto.- Falou se aproximando.- Posso encher de gente, colocar quantas negas for por lá, mas o bagulho num tá maneiro sem vocês por lá.
Wanessa: Podem se passar anos Carlos, mas eu nunca vou te perdoar por nada, nunca vou querer voltar pra lá e viver como se nada tivesse acontecido. Eu tô tão cansada de entrar no mesmo papo contigo toda vez, esquece, se a gente não tinha nada, imagina agora?
Carlos: Eu só quero uma chance de recomeçar, papo reto.- Falou olhando nos meus olhos.- Eu faço o que tu quiser, subo lá em cima, me declaro pra tu, falo o que tu quiser...
Wanessa: Eu não quero nada.- Gritei irritada sabendo que muita gente ouviu, minha respiração estava ofegante, logo senti uma mão na minha barriga.
Brenda: Clima pesou, não posso te deixar sozinha? - Falou me abraçando de lado.- Vamo pra casa.
Olhei pra ela respirando fundo e o Carlos balançou a cabeça se afastando, segurei a mão da Brenda e a gente saiu dali quase correndo, quando chegamos na minha casa ela ficou comigo no sofá e eu deitei em suas pernas e só consegui chorar. Eu estava tão irritada e cansada dessa história, disso tudo e principalmente dele.
Nada iria mudar, nunca ia sair da mina mente. Eu sentia repúdio, nojo e nem que me pagassem conseguiria me imaginar com ele feliz, não era assim, não tinha como um dia a gente ser feliz e isso era coisa que eu menos queria. Não queria estar com ele, viver com ele ou simplesmente estar próxima, eu quero distância, sem nem precisar falar seu nome.
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Até o céu
Teen FictionJuntos fomos do céu ao inferno, acreditar que a vida de quem se envolve com traficante é o paraíso, é o maior erro que a maioria comente. Confiar, se entregar, amar, mas no final, viver uma montanha russa, de dor, poucos momentos de alegria, literal...