Até o céu

17

Wanessa 🦋

Os dias se passaram na maior lentidão, o que foi bom pro Hugo que amou tudo isso, o Carlos até tentou se aproximar mais do que deveria porém eu cortei a ondinha. Não sei o porquê, mas acho que em algum momento ele pensou que com a relação dele com Hugo boa, a nossa também seria.

Mas eu sei por onde eu passei, pelas palavras usadas a mim, xingamentos, espancamentos, raiva de mim por algo que eu não fiz, eu sei decorado tudo isso e não vou esquecer. Era nossa última noite aqui, Hugo tava jogando de bola na piscina com o horrível e eu estava tomando sol bem tranquila na minha, escutando só as risadas dos dois.

Quando o Lele entrou na casa, o olhar do Carlos veio diretamente aonde eu estava, o Lele por si só nem me olhou evitando confusão e tendo respeito, mas o Carlos como sempre pra pagar de fodão foi botando os peitos na frente e puxando ele pra fora dali.

Eu aproveitei pra chamar o Hugo e a gente se jogou na piscina, fiquei brincando com ele por maior tempão até a fome bater, a gente saiu e fomos comer só nós dois já que o pai dele tava conversando ainda, comemos nossas besteiras e quando a gente tava conversando, o pai do Hugo chegou.

Carlos: Termina de comer pra arrumar as coisas, a gente tem que meter o pé agora.- Falou olhando pra gente.- O mais rápido, polícia tá ligada que eu tô em angra, pra eles descobrirem o endereço exato é dois pulos.

Wanessa: Vai juntar seus brinquedos.- Falei pro Hugo e me levantei, indo pro quarto dele e o Carlos veio atrás.

Carlos: Leva tudo que puder, quando polícia bater no endereço vai apreender os bagulhos do menor todo.- Olhei feio pra ele.

Wanessa: Vai pegar uma sacola grande pra colocar as coisas, eu hein. Tá achando que tem empregada é? Adianta louco.- Ele riu fraco saindo do quarto.

Hugo logo veio pegando suas coisinhas e os meninos foram levando tudo pro carro, a gente organizou tudo direitinho e na hora de ir embora, Carlos puxou a gente.

Carlos: Vou de moto, qualquer coisa a fuga fica mais fácil.- Olhei bem pra ele.- Se acontecer algum bagulho, tu já sabe.

Wanessa: Me livrar de você por meses? Não vi problema, só vantagem pra todos.- Sorri, vendo o Hugo entrar no carro.

Ele me encarou com uma cara feia e eu entrei no carro, Lele que ia dirigindo e eu ajeitei hugo, que logo se encostou em mim pra dormir. Fomos o caminho todo calado porque o Hugo dormia, no meio da volta tinha carro de polícia por toda via, parando de carro em carro como se procurasse algo, ou melhor dizendo, se procurasse alguém.