Até o céu

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Wanessa 🦋

Minha vida após o Hugo nascer nunca foi sobre nenhum homem, existem vários tipos de pessoas após a maternidade e eu era aquela que me sentia completa com o que eu já tinha, ou seja, meu filho.

É engraçado ver que as pessoas acham que pra uma mulher estar bem, ela tem que estar em um relacionamento com um homem. Sério, é surreal observar coisas do tipo, passou por um relacionamento abusivo por anos? Ah, é só arrumar um homem melhor que você vai tá feliz!!

É como se as mulheres não pudessem serem felizes sozinhas, apenas elas e fim, sem precisar de ninguém. Não é só porque eu nunca tive um relacionamento bom e saudável, que após sair do relacionamento ruim, eu vou querer conhecer alguém que me faz bem e pronto.

"Ah, fica um tempo sozinha, depois você arruma alguém que te faça feliz." E se por algum acaso eu não quiser estar com ninguém?

Eu quero sair daqui, ir morar com meu filho, sem homem além dele, sem ninguém. Quero construir tudo aquilo que eu sempre sonhei bem antes de viver essa loucura e somente isso.

Eu acordei bem cedo com o Hugo se mexendo, mas ele ainda dormia e eu acabei me levantando de vez, assim que sai do quarto vi o Carlos entrando no quarto, murmurei um xingamento porque queria tomar banho mas não ia entrar ali por agora.

Fui fazer um café bem tranquila, peguei as coisas que meu filho gosta de comer e coloquei em uma bandeja, quando estava levando o Carlos saiu do quarto e abriu a boca, me fazendo prestar atenção.

Carlos: Depois do almoço os meninos vem levar vocês pra outra casa. Quero trocar uma ideia contigo agora sobre o meu filho e como vai ser.- Falou se sentando no sofá.

Balancei a cabeça entrando mesmo assim no quarto do Hugo e coloquei a comida na bancada, enchi ele de beijos e ele acordou sorrindo, sussurrando um mamãe e me olhou animado.

Wanessa: Quero você comendo tudo, viu? - Ele se sentou e eu coloquei a bandeja na cama.- Bom dia, amor.

Hugo: Bom dia, mãe.- Beijei sua testa saindo do seu quarto e voltei pra sala, me sentei no sofá ao seu lado porém afastada.

Carlos: A partir de hoje, tudo que o Hugo precisar tu vai chegar pra mim e pedir. Eu compro e mando alguém deixar lá, tu não vai ser mais bancada por mim, se quiser atrás de dinheiro, vá atrás do seu. Água, luz, feira e esses bagulhos é a mesma coisa, eu vou bancar, mas tu não vai sair daqui com nada que tá ali dentro, porque tudo aqui é meu, tudo fui eu quem te dei.- Apontou pra mim e eu sorri.

Era um simples momento e o Carlos já voltava a ser como antes, bobo quem compre o papo de querer voltar, recomeçar e ser diferente.

Wanessa: Tá, jae! - Respondi calma.- Porém você sabe que também muitas coisas ali eu trouxe da minha casa, então irei levar.

Carlos: Outra coisa, eu busco ele a hora que eu quiser e levo no mesmo esquema, quando eu tiver afim! - Encarei ele.

Wanessa: Ótimo, acho justo você não se afastar dele novamente, Carlos. A única coisa que eu te peço é pra que você nunca deixe ele com estranho, com qualquer menina que você fica ou algo parecido, por favor! - Ele me olhou, me medindo.- A gente nunca sabe da maldade por trás das pessoas.

Carlos: Eu sei, é o meu filho.- Balançou a cabeça.

Ele se levantou indo em direção ao quarto do Hugo e eu sorri animada indo pro quarto. Organizei uma mala só com as minhas coisas realmente e como eu não sou otaria, coloquei o máximo de coisas que ele me deu mesmo assim, o moleque acha que tá na disney e que eu sou besta.