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Wanessa 🦋

O dia amanheceu e estava até mais bonito, disse a emocionada.

Fiz minha rotina de todos os dias e tudo aconteceu normalmente, até chegar a noite. Não vou mentir, estava ansiosa, nervosa e quase surtando, fazia muito tempo, nove anos certamente que eu não saia com ninguém, então eu estava a ponto de ir dormir e ignorar tudo

Chamei minha empregada Brendinha pra ela ficar com o Hugo e disse que era pra ela ir treinando pro dela e ela ficou me abusando para eu contar para onde eu  ia, porém dei baile nela e saí de fininho.

Desci o morro na paz e fui percebendo se tinha alguém atrás, nem iria ser muito trabalho descobrir porque os moleques do morro dão tudo na cara, assim como foi. Tinha um menino bem novinho me seguindo e eu consegui dar perdido fácil, caminhei até a rua morrendo de medo e o Lele tava lá bem tranquilo. Subi na moto e a gente saiu indo até uma lanchonete na zona leste, o cheiro das comidas era ótimo e eu decidi explorar ele, assim digamos.

Lele: Tá nervosa é cara? Sou um estranho agora é? - Brincou batendo na minha cabeça, estávamos sentados lado a lado.

Wanessa: Meu deus, amigo. Nove anos sem sair com ninguém, tô me sentindo  uma criança.- Falei rindo.

Lele: Pô, mas eu te entendo, sair com um mano gato que nem eu deve ser foda mesmo.- Neguei com a cabeça vendo ele brincar e a gente pediu comida.

De forma fácil, ele conseguiu me deixar confortável até demais, a gente ficou conversando por um longo tempo, conheci mais sobre ele e contei poucas coisas que ele não sabia sobre mim, foi muito bom poder conversar com ele porque eu me senti muito bem.

Lele: Quer ir pra casa agora? - Falou me encarando e se esticou, colocando o braço por trás do meu pescoço apoiado na cadeira.

Wanessa: Pode ser, amanhã trabalho e sabe como é né, além de tudo carregar o peso de ser uma grande gostosa cansa pra caralho.- Dei os ombros e ele concordou. 

Lele: Aí eu vou ter que concordar até demais.- Falou me encarando.

Sustentei o olhar e senti ele se aproximar, sorri nervosa e ele riu de lado colocando a mão no meu cabelo e eu subi a mão no seu queixo, Lele tomou a iniciativa de me beijar e fez tudo de maneira calma, confesso que era como meu primeiro beijo.

De primeira não encaixou, eu me afastei olhando pra ele e beijei novamente sentindo que dessa vez deu bom. A gente se beijava sem pressa pra nada, sua mão saiu do meu cabelo indo pra minha nuca e me fazendo carinho, eu por outro lado segurava meu rosto com uma mão só enquanto a outra tava apoiada em sua perna.

Ele puxou meu lábio inferior se afastando e me olhando, tentei segurar o sorrisinho mas foi por água abaixo, sorri fraco e ele até que me acompanhou beijando meu rosto com maior carinho. O que só foi espaço pra outro beijo e aí, eu tive que infelizmente parar porque sabia que a gente passaria fácilmente a noite toda ali.

Até o céuOnde histórias criam vida. Descubra agora