Wanessa 🦋
Não fiz nada, também não fiz caveira do Carlos pra Hugo em nenhum momento porque eu já sabia que ele já estava muito sentido, então apenas tratei ele normalmente e quando pai dele chegou, eu estava jantando com o Hugo, assim que os olhos se bateram meu filho parou de comer e sua mão logo foi pra cima da minha.
Carlos: Posso falar contigo, menor? - Falou tentando se aproximar e o Hugo logo se levantou da sua cadeira, abraçando meu corpo e virando o rosto pro lado contrário do pai, Carlos me olhou com ódio, eu senti. Sorri abertamente pra ele e segurei o rosto do meu filho, fazendo ele me olhar com medo.
Wanessa: Vai lá no quarto, eu quero conversar com ele.- Hugo negou.
Hugo: Ele vai machucar você de novo.- Falou negando com a cabeça.
Wanessa: Não vai amor, eu prometo.- Estendi meu dedinho e ele me olhou, entrelaçando nossos dedos.
Hugo saiu correndo sem nem olhar pro pai e eu subi o olhar pro Carlos, ele me encarava sem tremer, puro ódio.
Wanessa: Tá vendo só? E olha, eu não precisei fazer nada.- Me levantei.- Mas eu posso conversar com ele, porém, você gosta de ter o controle de tudo né? Tá nas tuas mãos.
Carlos: Eu te dou a casa, mas dentro do morro.- Neguei.
Wanessa: Não, ele vem te ver todo final de semana, passa o final de semana com você. Mas a gente mora fora do morro!
Carlos: Eu tenho inimigo, Wanessa. Para de ser burra, caralho.- Olhei feio ele.- Quer sair daqui? Vai sair porra, mas não vai colocar o Hugo em risco.
Quando olhei pra ele, minha visão baixou e eu senti minha perna fraca, tentei encontrar algo pra me apoiar mas não deu, quando fui cair no chão senti os braços do Carlos na minha cintura me arrastando pro sofá e eu fechei os olhos, só escutando passos.
Hugo: Mãe.- Gritou correndo e eu tentei abrir os olhos, mas tava fraquinha.- Você machucou ela de novo.
Wanessa: O papai tá me ajudando, calma.- Respirei fundo.- Pega água pra mim.
Senti minha mão suar e a dificuldade por ar, mas bebi água aos poucos, fiquei por longos minutos deitada ali. Até conseguir me sentir melhor e fui colocar o Hugo pra dormir, conversei com ele em relação ao pai e falei que amanhã conversaríamos nós três. Após isso, mesmo me sentindo um pouco mal fui pro quarto e Carlos perguntou sobre o que eu tinha, acabei que sentei pra explicar e querendo ou não, pedi pra ele me ajudar, porque custava dinheiro e isso só ele podia me ajudar, infelizmente.
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Até o céu
Teen FictionJuntos fomos do céu ao inferno, acreditar que a vida de quem se envolve com traficante é o paraíso, é o maior erro que a maioria comente. Confiar, se entregar, amar, mas no final, viver uma montanha russa, de dor, poucos momentos de alegria, literal...