Wanessa 🦋
Os dias foram se passando tranquilamentes, na sexta a Brenda veio dormir aqui em casa porque no sábado era meu aniversário e a gente ia pra praia, tinha conseguindo uma folga pelo meu dia. Ela passou literalmente a noite fofocando sobre a vida dos outros, principalmente a do Lele.
Ela me falou que a Carol, filha do Lele, tava muito mal. Não comia, não dormia e passava o dia ao lado da mãe chorando. Disse também que a Amanda tinha outro filho que não era do Lele, que era dois anos mais velho que a Carol, se chamava Pedro.
Ele vivia com mais com o pai que não era do morro, porém sempre vivia com a Amanda, eu como não sabia muito da vida dela, não sabia de nada disso. Mas tivemos a ideia de chamar a Carol pra sair com a gente, quem amou a ideia foi o Hugo, que gostava muito dela, já que eles tinham a mesma idade.
De manhã, logo após um café da manhã feito na cama pela minha amiga e meu filho, Brenda falou com o Lele e ele disse que tentou falar com Carol pra ela vim com a gente, porém ela não quis. Então a gente foi lá de manhã, quem abriu a porta foi o Lele, ele estava com a cara de acabado e a Brenda abraçou ele que deu espaço para gente entrar, fechei a porta e Hugo foi atrás da Carol, Brenda soltou ele e eu abracei sentindo ele me apertar.
Wanessa: Alguma melhora? - Me soltei dele, vendo ele me olhar.
Lele: Ela não acordou desde manhã.- Eu e Brenda nos entreolhamos.- Eu ainda tô pensando no que fazer, o Pedrinho tá aí também e desde ontem os dois não se desgrudaram, eles sentem que aconteceu alguma coisa. Eu sei que ela já se foi, porém ainda não sei o que fazer nem como contar isso pra eles, os dois eram muito acostumados a ter ela por perto.
Wanessa: Vai doer falar, infelizmente vai machucar aos três na verdade. Mas você precisa ser mais forte que tudo, você vai ser o maior apoio que eles vão ter agora.- Ele concordou.
Lele: Só preciso de um tempo pra pensar ainda.- Falou passando a mão no rosto.
Brenda: Vou lá tentar falar com os meninos.- Falou saindo coçando a cabeça e o Lele sentou comigo no sofá.
Wanessa: Por que ela não quis se tratar? - Falei amarrando meu cabelo.
Lele: Ela falou que sabia que não tinha chances, que quando ela descobriu já estava num nível avançado.- Falou me olhando.- Ela preferiu evitar mais sofrimento, ela quis assim e eu não percebi nada antes, não pude fazer nada.
Wanessa: Não foi culpa sua, tá? - Passei a mão no cabelo dele vendo ele me encarar.- No que você precisar eu, a Brenda e até o Hugo vamos estar aqui pra ajudar.
Brenda: Conseguimos.- Brenda apareceu com as crianças e Lele se levantou sorrindo e indo até eles.
Em segundos, alguém bateu na porta e quem foi abrir foi a Brenda, quando ela abriu, todo mundo olhou e estranhou que quem estava ali era o Carlos. Fiquei imóvel no sofá e ele olhou pra todo mundo, falando algo pra Brenda e ela balançou a cabeça, saindo pra fora com ele e encostando a porta, Lele me olhou com uma cara de preocupação e eu passei a mão no cabelo tentando entender.
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Até o céu
Ficção AdolescenteJuntos fomos do céu ao inferno, acreditar que a vida de quem se envolve com traficante é o paraíso, é o maior erro que a maioria comente. Confiar, se entregar, amar, mas no final, viver uma montanha russa, de dor, poucos momentos de alegria, literal...