Até o céu

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Wanessa 🦋

Eu tinha terminado de me arrumar, estava só esperando a Brenda pra gente sair. Fazia muito tempo que eu não ia para o baile, nem sabia o que iria rolar agora, só estava ansiosa pra curtir pelo menos dez minutos antes de cansar e querer vim pra casa.

Quando ela chegou, a gente desceu na mesma hora, chegando no baile muita gente me olhava de canto de olho, virava pra lado pra falar com alguém após me olhar, uns me secavam e outras me olhavam com um certo nojo.

Brenda: Vai querer subir? - Olhei pro camarote.

Wanessa: Aproveitar que o outro não tá por aqui, não gosto de ficar aqui embaixo.- Ela concordou, pegou um balde de bebida e a gente subiu fácil.- Tá maluca que vai beber?

Brenda: Qual foi? Tô morta não.- Eu neguei.

Wanessa: Tu tá grávida, não pode.- Ela me olhou de cara feia.-Pois é gatona, ter que passar uns meses sem beber e sem fumar.

Brenda: É de fuder mesmo.- Murmurou sentando e eu encostei na barra olhando pro baile ali na minha frente.

Quando eu vi a muvuca no início, gente abrindo caminho eu sabia que era o Carlos, revirei os olhos vendo ele todo arrumadinho andando e olhei atrás dele onde vinha uma loira com a mão na cintura dele, quando ele subiu que me viu veio na minha direção se soltando da menina e eu olhei pra ele, calada.

Carlos: Quem te deixou vim? Tá ficando maluca? - Segurou meu braço.- Deixou o menino dormir na casa do moleque pra ficar de vagabunda aqui?

Wanessa: Melhor do que ficar vagabunda em casa sozinha.- Carlos segurou meu rosto e a Brenda empurrou ele.

Brenda: Vai começar essa porra de novo? - Cruzou os braços e eu olhei pra menina loira.

Era nova, nova até demais. Ela me encarava com desdém e eu ri olhando pra ela, infelizmente tão nova e tão perdida, eu diria. Observei ela dos pés a cabeça e fiquei olhando pro rosto, não demorou muito pra ela se intimidar e tentar agarrar o Carlos, mas ele empurrou ela e pegou uma bebida, se encostando na parede e ficou me encarando na cara dura mermo.