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Leonardo, lele. ⚔️

Eu tava de longe olhando a Wanessa sentada na praça enquanto olhava o Hugo brincar de longe. Eu admirava demais a forma que ela fazia tudo por ele, era um bagulho lindo demais, papo reto.

Na verdade eu não só admirava ela nisso, sem achei ela uma mulher, mãe e amiga incrível pra caralho, uma sorte que poucos poderiam ter.

Eu tava no canto da praça, não tinha ninguém perto de mim e eu tava fumando, ela não conseguia me ver mas eu via ela perfeitamente. Até o Carlos chegar, ela fez uma careta e ele sentou do lado dela, fazendo ela ajeitar a postura e voltar a olhar pro Hugo.

Eles começaram a conversar e ela mal dava um sorriso, diferente dele que tava cheio de graça. Não ia muito com a cara do Carlos, apesar de trabalhar pra ele e ter que conviver o tempo todo, eu só era próximo a ele por conta da Brenda.

Sempre vivi conversando com ela e acabava que ele chegava pra falar com ela e ficava entre nós três o assunto, se não fosse isso eu seria só mais um moleque do morro que trabalha por aqui mas ele nem iria saber meu nome.

Meu lance com a Wanessa é complicado e eu sei que a gente sabe disso, se der qualquer mínimo mole, a gente tem em mente muito bem o que vai acontecer e eu não queria nem isso pra ela nem pra mim.

Depois de um tempo eu me cansei de ficar por ali e fui pra casa, minha filha tava na casa dos avós com a mãe então meu dia ficava sem graça pra caralho, sempre arrumava alguma coisa pra me distrair.

A semana passou naquele pique, trabalhei todo dia e acabei que todo dia falei com a Wanessa também. No sábado eu quis sair com ela então cheguei na dela bem tranquilo e perguntei se dava, ela falou que não tava afim de arriscar porém umas horas depois falou que dava pra gente sair de boa.

Fui buscar ele no shopping, que ela tinha ido com o filho e a Brenda, ela tava gatinha como sempre e parou do meu lado me olhando.

Lele: E aí? Quer ir pra onde? - Falei entregando o capacete pra ela.

Wanessa: A gente pode chegar numa praia né? - Falou animada e eu concordei, vendo ela subir na garupa. 

Fui bem tranquilin pra praia, assim que a gente chegou ela comprou algodão doce que nem criança e a gente foi andando lado a lado, até se senta e eu coloquei as pernas dela por cima das minhas e ela continuou comendo.

Lele: Tava marolando esses dias, a gente não pode levar esse lance muito pra frente não.- Ela me olhou atenta.- Sou emocionado, papo reto! Me apego fácil pra caralho.- Ela riu me olhando.

Wanessa: Eu passei muito tempo prendida a algo e agora que você é a primeira pessoa que eu tô me envolvendo acabo sentindo tudo muito rápido também.- Falou comendo.- Porém, é exatamente isso. Com o Carlos não tem conversa, não tem essa de ser honesto que ganha prêmio, se ele sonhar que eu tô com alguém, você e eu vamos morrer fácil e eu nem tô falando em hipótese, ele com toda certeza vai matar.

Lele: Se não fosse isso, eu faria questão de levar o lance pra frente.- Olhei pro mar.- Porém eu sou pai.- Brinquei.

Wanessa: A gente tá no mesmo barco.- Falou rindo e deitou a cabeça no meu ombro.- Então hoje é a última vez que a gente sai, certo?

Lele: Primeira e última transa também? - Joguei o verde, sabia que ela não iria se ofender, pelo contrário, ela sorriu.

Wanessa: Seu dia de sorte, amigo.- Confirmou sorrindo e eu bati na coxa dela me animando.

A gente voltou a conversar sobre outros bagulhos e eu fiquei falando da minha filha, me amarrava em comentar sobre ela pra qualquer um, principalmente pra Wanessa que entendia o sentimento.

Até o céuOnde histórias criam vida. Descubra agora