𝑳𝒖𝒄𝒊𝒆𝒏.

Violet realmente cumpriu o que prometeu, meu pai e minha avó receberam gás e uma despesa inteira, paga por ela. Violet é do tipo de pessoa que chutaria um idoso na rua, mas mesmo assim fez algo bom.

Acharam esquisito, mas não perguntaram muito sobre quem deu, apenas sobre como tudo aquilo foi pago. Disse que era benefício da empresa e desconversei.

Tenho medo de sonhar, em que eu não puder ver meu pai mais... Ele tem estado bem mal.

Recebi o suficiente para pagar o apartamento e o síndico devolveu meu computador e as outras coisas que confiscou. Não penso que ele podia fazer isto, mas não questionei.

Meu celular barato vibra no bolso e eu o atendo, quase ficando surdo com o grito de satisfação irônica da minha patroa por eu ter lhe atendido.

— Lucien? — Ouço a voz da Kate me tirar da onda pensativa.

Seus dedos pálidos acariciam minha bochecha. Estamos sentados num banco do pequeno parque que viemos passear após almoçar no restaurante próximo.

Os olhos escuros de uma onça me analisam devagar.

— Você é tão quietinho. — Sorri de jeito lindo, fico tímido diante dos seus toques.

— Sabe se tinha alguém que morava com os Maldonado antes do acidente? — Ela deve saber, está a tanto tempo naquela empresa com Violet.

Kate suspira e fecha o sorriso, os ombros ficam tensos sob a madeira do banco

— Não estive na empresa esta época... Mas tinha alguém, a qual nunca citavam, sempre foram muito discretos com a família e Violet raramente aparecia com eles na empresa. Só sei que era uma mulher, talvez uma prima dela... Não sei ao certo. — Parece refletir sobre os acontecimentos do passado, o olhar distante sendo iluminado pelo sol.

Kate se vira novamente para mim, tirando o foco da rua movimentada pouca a frente da ciclofaixa que está de frente para a faixa de pedestres.

— Mas, não vamos falar mais da Violet e toda tragédia da família dela... Podemos ocupar o tempo de outro jeito. — Um olhar malicioso toma suas pérolas pretas brilhantes feito uma joia reluzindo.

Aproximo-me ainda mais e coloco a mão no seu maxilar, os dedos separados e sua orelha entre eles, a pele tão delicada e sedosa.

Kate permite que meus lábios toquem os seus, logo iniciamos uma sincronia calma, logo começam os movimentos mais intensos onde a língua entra em ação, deixo a sua atingir o céu da minha boca, enquanto eu uso a minha na parte debaixo da sua boca.

Mergulho na sensação anestesiante de estar conectado à sua imensidão misteriosa.

O calor do seu toque, a intensidade que nos beijamos e na vontade que tenho de não parar.

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No outro dia.

Estou atrasado demais, preciso correr se não quiser ouvir um belo esculacho sobre pontualidade da loira, estou pedindo aos céus que ela não tenha chegado ainda e não saiba do meu atraso.

Meu celular barato vibra no bolso e eu o atendo, quase ficando surdo com o grito de satisfação irônica da minha patroa por eu ter lhe atendido.

Ligação:

— Onde diabos você se meteu? Está atrasado! Quero você imediatamente aqui, entendeu bem? — Berra a Abelha rainha, extremamente furiosa.

— Não fale comigo neste tom Violet, eu não sou seu poodle adestrado e irei daqui a pouco miss-stress. — Respondo tranquilamente, se ela está pensando que vai mandar em mim desse jeito e eu vou obedecer os caprichos dela, está muito equivocada!

꧁ 𝙲𝚘𝚗𝚝𝚛𝚘𝚕 ꧂Onde histórias criam vida. Descubra agora