𝑳𝒖𝒄𝒊𝒆𝒏.
Cobra, víbora.
Foi assim que Kate apelidou Violet nos últimos cinco minutos. Além de falar sobre seu abuso de poder.
— Eu fico horas a mais aqui, faço coisas que não são do meu ofício, e ela me trata assim... Abusando do seu poder. — As mãos se movimentam nervosas a frente do rosto indignado e confuso por não saber como reagir a tamanha raiva.
Não posso discordar.
Provavelmente Kate se sente oprimida aqui, nunca a vi sequer tomando um copo de água nesta empresa.
Melhor eu ficar em silêncio, não posso dizer nada para amenizar a situação agora.
— Eu mal bebo água Lucien! Não tenho descanso, não paro um minuto e saio daqui extremamente exausta! — Explica eufórica andando deu um lado para o outro.
— Sabe o que ela me mandou fazer dias atrás? Passear com seus cachorros, eu não tenho esta obrigação... Não fui contratada para isto. — Apenas vou escutando em silêncio.
Toc Toc Toc.
Seus saltos agulha fazem barulho sob o piso.
— Violet tem cachorros? — Pergunto porquê no dia em fui até sua casa não notei este detalhe.
— A questão não. É. esta — pronuncia, dando ênfase nas palavras, abaixando as mãos e suspirando fundo.
Acabei piorando sua irritação.
— Eu vou processá-la. — Foi bem convicto, mas isto não será bom...
— Kate, espera. — Seguro seu braço delicadamente antes que saia pela porta da sua sala.
A fazendo parar do meu lado e sentindo seu perfume adocicado invadir meus sentidos.
— Não faça isto, Violet não tem nada a perder... Você sim, e uma pessoa como ela compra todo mundo facilmente. Pense bem. — Não quero que ela se prejudique.
Kate assente com a cabeça e sai com o queixo erguida e a postura confiante de sempre, não irá se rebaixar ou se intimidar nunca pelo visto.
Fico sozinho com meus pensamentos, até que sou retirado da onda mental que me engole.
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Termino de almoçar e a Cinderela está me encarando fixamente como antes, mas agora parece brava. Incomodada por algo.
Talvez esperando uma resposta.
A questão é: que resposta?
— O que foi? — indago, sem entender o porquê deste flerte longo.
Mal me importo com os outros olhares dirigidos a mim no refeitório. Não por ser charmoso, mas sim por estar ao lado dela.
Se inclinando um pouco, ela apoia as mãos entrelaçadas sob a mesa branca.
Tão misteriosa quanto um gato.
Nem mesmo um ser Sobrenatural poderia ler sua mente ardilosa e complexa.
— Preciso que me leve à fisioterapia hoje. — Foi pedido, não ordem.
Pediu, não ordenou.
Será que ela se sente bem? Febre?
Aquele olhar de sempre se dissipou feito uma onda se quebrando no mar.
Agora é doce, gentil.
— Que horas? — Preciso saber, pois é meu dever e tenho responsabilidade.
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꧁ 𝙲𝚘𝚗𝚝𝚛𝚘𝚕 ꧂
RomanceDiante da sua situação financeira crítica e entre outros problemas sérios, ele vê uma oportunidade milagrosa diante dos seus olhos e resolve tentar a sorte, quando a maior empresária do país anuncia que precisa de um secretário particular, a chance...