𝗟𝘂𝗰𝗶𝗲𝗻.
Passei tão mal que não voltei para a reunião, ela teria que continuar com ou sem mim. Voltei para casa desligando tudo ao meu redor e só queria o amparo da minha vó. A sábia senhora tão amorosa.
— Filho o quê aconteceu para você ficar pálido assim? Parece que viu o próprio diabo. — Pergunta dona Eulália preocupada. Mal sabe que foi praticamente isto.
Recebo carinho na cabeça deitado sob seus joelhos velhinhos.
Me sinto uma criança de novo. Só no colo dela encontro o conforto necessário.
— Vó... Eu fiz uma coisa muito errada. — Me condeno internamente por tal erro.
Eulália resmunga para que eu prossiga.
— Querido, todos cometemos erros. — Afirma tentando me fazer ficar melhor.
As palavras de Raquel agredindo minha mente e a lembrança do momento em que os vi conversando me atormenta.
— Não foi qualquer erro vó. — Quero conter as lágrimas solitárias que buscam liberdade.
Eulália permanece em silêncio.
— O quê você fez Lucien. — Quer saber a doce senhora conselheira a quem sempre poderei confessar tudo e não serei julgado.
Seu colo se torna o conforto que nunca senti antes.
— Eu menti para ela. — Quase não sai som da minha voz e eu levanto do colo da minha velhinha.
Minha vó fica curiosa.
— Mentiu? — Recebo carinho na bochecha de suas mãos enrugadas.
Estou me sentindo péssimo e um traidor, quando Viole entregou tudo para mim... E eu não lhe dei a verdade sob quem come na mesma mesa que ela todos os dias. Queria protegê-la, falhei.
— Raquel... Ela fez coisas e eu não consegui dizer a Violet. — Estremeço internamente e meu corpo se movimenta num espasmo.
Eulália apenas me olha com a expressão calma.
— Diga à ela então filho, precisa ser sincero e contar... Antes que descubra por si própria ou por outra pessoa. — Se meu pai tivesse aqui ele saberia o quê eu teria que fazer. Ele diria.
Porém não está.
Seco as lágrimas que caem e tento manter os olhos abertos.
— Você ama? Ama a Violet? — Estas palavras fazem meu peito apertar.
— Sim... Eu amo e não é pouco vó. — Estou sendo sincero por mais que não tenha dito à própria Violet ainda.
Eulália pega em minha mão direita e a segura entre as suas palmas.
— Então conte a verdade, diga tudo e peça desculpas... Mentir destrói um coração apaixonado. — A sabedoria com que fala parece ser um relato de experiências próprias.
Confirmo um sim e dou um beijo na bochecha dela.
— Vou tomar um banho e ir até a casa dela. — Levanto do sofá avisando.
Sigo para o velho banheiro que sempre está impecável e deixo minha vó com a expressão carinhosa no sofá.
A água quente cai e incomoda minha pele nua, apoio as mãos na parede e busco forças. Qual será a reação que terá quando eu disser a verdade...
Será que vai pensar que eu a usei? Somente para sexo e depois...
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꧁ 𝙲𝚘𝚗𝚝𝚛𝚘𝚕 ꧂
RomanceDiante da sua situação financeira crítica e entre outros problemas sérios, ele vê uma oportunidade milagrosa diante dos seus olhos e resolve tentar a sorte, quando a maior empresária do país anuncia que precisa de um secretário particular, a chance...