Oito

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Autora.

Sakura dirigiu tranquilamente até o pontal do porto, um lugar distante e na ponta do mapa de Konohagakure, onde se encontrava uma pequena e enfeitada passarela que levava direto ao mar, usada para descarregar mercadorias que chegavam pelas águas do mar. Quando não haviam movimentações dos marinheiros e trabalhadores do porto, o lugar se tornava paradisíaco, com lindas águas azuis celestes que se encontravam com a areia esbranquiçada da pequena praia que havia ali. Sakura parou o carro debaixo de uma arvore no início da praia, e desceu em direção a passarela de madeira, onde ela viu Sasuke parado observando o oceano com as mãos no bolso da calça.

Sakura.

Fiquei observando Sasuke por um tempo antes de subir na passarela, pensando em como ele parecia tranquilo e em paz naquele momento, e como isso o tornava tão atraente. Sasuke tinha um corpo que me deixava louca, com ombros largos e fortes assim como seus braços e pernas, me deixando apenas imaginando o que estaria debaixo de sua camisa e sua calça. Seu corpo era completamente proporcional, não deixando nada a desejar, mas me deixando desejando tudo ao olhar para ele, pois mesmo seu terno não era capaz de esconder os músculos delineados de seu corpo. Finalmente resolvi subir na passarela e me aproximar imaginando o que ele teria descoberto para me chamar para aquele lugar ao invés de conversarmos nos quartos.

— Oi senhor Uchiha! – o chamei parando ao seu lado observando a paisagem linda do sol começando a baixar.

— Que bom que veio, Sakura! – ele beijou minha testa repentinamente me deixando sem jeito. — Nossa, Sakura! Jamais achei que me sentiria atraído por alguém que usa calças! – ele riu me olhando de cima a baixo, e eu o interpretei como mais uma de suas provocações sarcásticas.

— Pois você não me atrairia nem que estivesse sem as suas calças!

Respondi fazendo bico e cruzando os braços. Para minha surpresa Sasuke gargalhou com sinceridade, me deixando escutar o som de sua risada verdadeira pela primeira vez.

— Essa foi boa, Haruno!

Ele disse parando de gargalhar, mas ainda sorrindo pra mim de um jeito que ele jamais havia sorrido.

— E então, Sasuke, o que está acontecendo? – perguntei baixinho voltando a olhar para frente, tentando disfarçar meu rosto corado.

— Eu sei sobre o bilhete, e aquela noite no corredor você me disse saber sobre minha discussão com Shizune também. – Ele escorou seu corpo no corrimão da passarela, ficando de frente para mim. — Pensa que fui eu, não é?

— Na verdade ainda estou investigando... Desculpa pelo bilhete, Sasuke!

Falei me virando para ele, me sentando no corrimão da passarela, apoiando meu corpo com ambas as mãos.

— Mas você me chamou aqui justo neste horário pois sabia que eu iria até lá, não é?

— Sim Sakura. Não quero que se arrisque. – Ele olhava para o mar — Escute, há uma carta em jogo, sobre sua família, e Shizune nos ameaçava dizendo estar em sua posse. No dia do jantar ela veio até mim exigindo um pagando em dinheiro antes que ela entrasse no salão e contasse a todos o que sabia. Eu disse a ela que entrasse e contasse, já que ninguém acreditaria em uma empregada louca. Quando eu disse isso ela se alterou e disse que machucaria você caso o dinheiro não fosse entregue, então eu a empurrei e ela bateu em meu rosto. Foi isso o que viu? – ele voltou a me olhar.

— Foi sim... – admiti pensando em suas palavras.

— Eu não a matei, Sakura... eu não seria capaz de tal atrocidade...

Damas ImperfeitasOnde histórias criam vida. Descubra agora