Onze

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Sakura.

Acordei antes da luz do sol clarear o quarto, levantando devagar para não acordar minha irmã. Me ajeitei com cuidado para não fazer barulho e desci até a recepção para tomar meu café da manhã. Eu estava ansiosa em ir até Konohagakure prestar meu depoimento e tentar convencer o senhor Madara a cooperar. O saguão e o salão de jantar estavam vazios pelo horário, exceto pela figure de Neji Hyuuga sentado em um canto próximo a porta que dava acesso a sacada do hotel.

— Bom dia... – o cumprimentei de longe, sentando-me um pouco afastada.

— Bom dia senhorita Haruno, insônia? – ele perguntou baixando o jornal que havia em suas mãos.

— Ansiedade... Irei prestar depoimento a favor de Sasuke hoje... – suspirei fundo e ele sorriu para mim.

— Eu também vou para lá! Não vejo noticias de Sasuke e o detetive não voltou desde então. – Ele também suspirou fundo, provavelmente também se sentia agoniado.

— Mesmo?! – animei-me.

— Posso me sentar contigo? – ele perguntou gentilmente e eu concordei com a cabeça. — Podemos ir juntos então! Aproveitamos o mesmo carro. – Neji sentou-se ao meu lado na mesa.

— Por mim tudo bem. Sabe Neji...

Baixei meu olhar com medo de prosseguir. Neji e eu não éramos muito próximos ainda, e eu não sabia o grau de liberdade que poderia ter com ele.

— Eu vi que você não se espantou quando Sasuke foi acusado... – o olhei na esperança de obter uma resposta.

— Eu já sabia... – ele baixou seu olhar — Poucos dias depois de assinarmos os contratos com sua mãe, eu o peguei injetando morfina no braço. Na época ameacei expor ele, não éramos muito próximos, mas ele resolveu me contar parte de sua história e desde então eu venho tentando ajuda-lo... Não é fácil Sakura, e sinceramente desde a noite em que o levaram eu tento pensar em algo para tira-lo de lá. – Ele me olhou entristecido — Ontem neste mesmo horário fui depor a seu favor juntamente a Itachi Uchiha, dissemos que Madara provavelmente implantou as provas no quarto de Sasuke para incriminá-lo, mas Kakashi não pareceu convencido.

— Com licença senhor Neji, posso lhe trazer o café da manhã? – Rock Lee chegou à mesa, já conhecendo os hábitos de seu senhor.

— Sim, por favor, Lee. E se não for incomodo, sirva a senhorita com o que ela desejar.

— Sim senhor.

— O mesmo que o Neji comer, por favor, Lee! – Lee concordou sorrindo, sorri de volta. — Obrigada aos dois.

— Disponha! – os dois disseram juntos.

Contei para Neji tudo que Ino havia proposto e todos os planos para aquela manhã no vilarejo enquanto comíamos depressa para ir em direção a Sasuke. Neji animou-se com o plano e se dispôs a ajudar. Assim que terminamos nosso café, nos dirigimos ao carro particular do Hyuuga, com Lee na direção. Não demorou muito para chegarmos ao centro do vilarejo, onde se encontrava a pequena delegacia policial.

— Com licença. – Neji disse assim que adentramos.

— Pois não senhor Hyuuga? Senhorita Haruno... – Kakashi nos cumprimentou sentado em sua mesa. — Sentem-se, por favor.

— Trouxe minha cunhada para depor a favor de Sasuke. E enquanto isso, por favor, posso ir vê-lo?

— Claro, Gai o acompanhará. Vamos começar senhorita Sakura Haruno.

Kakashi pegou uma caneta e um pequeno bloco de anotações para anotar todas as minhas palavras.

Autora.

Damas ImperfeitasOnde histórias criam vida. Descubra agora