Damas Imperfeitas

Vinte e Nove

Autora.

— Antes de darmos prosseguimento aos seus outros crimes, nos diga, qual foi o método usado para assassinar os marqueses? – Kakashi manteve-se equilibrado como de costume e direcionou-se rapidamente a Yamato. — Busque todos os arquivos possíveis sobre a família Uzumaki. Ligue para quem for necessário. – O agente concordou e disparou em direção ao escritório da delegacia.

— Da única maneira que não haveria provas ou suspeitas.

— Queimados... – Sasuke sugeriu chamando a atenção dos demais presentes. Baixou seus olhos sentindo a pressão sobre ele como se agora fosse ele a ser julgado. — Foi apenas uma sugestão... – Explicou-se.

— Uma sugestão certeira. – Orochimaru prosseguiu ajeitando-se na beira do leito. — Eles planejavam esconder-se em outro país, mas com alguns contatos a senhora Mebuki descobriu onde e quando. Eu os aguardei na estrada durante a madrugada... Os rendi com uma arma de fogo para que parassem o veículo... Os amarrei fora do carro e iria atirar, mas... – Dizia pausadamente mantendo seus olhos focados no concreto da cela como se pudesse vislumbrar perfeitamente suas memórias. O sorriso no canto de seus lábios tornou-se desprezível para todos. — Já sentiram tanta adrenalina percorrendo seu corpo, que não sabe mais como se controlar? A emoção de ter poder sobre alguém... Domínio... Aquilo me tomou naquele momento, então eu não atirei.

— O que foi que fez com eles? – Neji rangeu os dentes contra Orochimaru.

— Levei os dois para fora da pista, os deixei ajoelhados em meio à floresta enquanto retirava seu carro da estrada. Lá dentro havia um pequeno menininho, eu o desmaiei o atingindo com a arma e o deixei na estrada. A empregada que cuidava do garotinho eu matei com um tiro. O marquês eu afoguei na beira do lago que faz ligação com o mar, que estava próximo a nós. A marquesa? Essa sim foi meu auge. Foi com ela que descobri meu verdadeiro talento...

— Desgraçado! – Sasuke deu um passo à frente.

— Filho da puta! – Neji seguiu seu gesto.

— Peço aos cavalheiros que se controlem, por favor. – Gai interveio. Orochimaru gargalhou.

— Eu carregava uma faca em meu tornozelo, apenas para o caso de precisar... Mas resolvi que seria divertido tentar. Ela estava desesperada... Gritou o tempo inteiro enquanto eu afogava seu marido... Chorava sem parar pela morte dele e não parava de olhar para onde eu havia deixado seu filho... – Havia prazer em seu modo de pronunciar seus feitos como se estivesse gabando-se de um troféu mundialmente desejado. — Decidi que seria mais interessante se eu a deixasse falar, então destampei seus lábios. Ela mal conseguia pronunciar uma frase completa sem soluços... Eu me lembro de cada detalhe como se fosse ontem... Ou hoje com aquela outra mulher! – Riu deslizando sua língua por seus lábios como se saboreasse cada recordação. — "Po-po-por favor! Meu bebê não! Não o bebê!" – Afinou sua voz e gaguejou a imitando. — Foi tudo o que ela conseguiu pronunciar antes de eu a pedir silencio. Ah como ela era obediente. Lutou com todas as suas forças para ficar quieta e controlar seu choro. Ela era uma mulher linda senhor detetive, mas o senhor já viu como uma mulher se torna graciosa quando implora por uma vida com seus olhos cheios de lagrimas e seu rosto todo vermelhinho de tanto chorar? Aquilo sim é beleza!

— Você a violou sexualmente? – Kakashi precisava de todos os detalhes sobre aquela família e aquele momento, mesmo não tendo sinais de violência sexual nas outras vitimas do hotel.

— Oh sim... – Sorriu discretamente com o canto de seus lábios. — Achei que aquilo me daria muito mais prazer. Eu a fiz a promessa de que se ela me obedecesse quieta e sem relutações, eu deixaria seu menino em paz, e quem sabe também a deixaria seguir em segredo. Ela foi uma perfeita submissa... Ficou quietinha de olhos bem fechados enquanto eu a aproveitava, mas diferente das sensações que experimentei antes, aquilo não me dava tamanho prazer. Foi então que decidi sacar aquela faca curta e afiada e rasgar a pele de seu pescoço.