Bem-vindos!

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Bom... aqui estamos em mais uma história escrita por um desocupado, mas que no fundo é um "sábio que sabia assoviar". Vejam a maravilhosa cidade de João Pessoa vista desta maravilhosa filmagem em 4K, nessa câmera de cinema a rolo, dentro desse veículo voador no estilo streampunk . Vejam o mar se encontrando com a praia, vejam aquele prédio circular que está praticamente dentro da areia, incrível! Esse sobrevoo está me deixando enjoado Calisto... Onde está o prédio dos personagens? Creio que seja... pássaros, pássaros... Desvia, desvia, desvia! A sacada!

- Barulho é esse? Escutei um grito fino e um estrondo... Hm! Bom... Max, cadê você?

(...)

Os dois brincam dentro do apartamento, ele escondido e ela a sua procura.

- Psiu! - Sua atenção era chamada por ele.

- Max? Ah! Achei!

- ...não amor - Amanda o derruba sobre o tapete da sala. Max cai primeiro, enquanto ela cai por cima, apoiando todo o seu corpo sobre o dele.

- Max? - Expressa com a cabeça sobre o seu peito cansada pela brincadeira.

- Oi... - Ofegava com a testa cheia de gotículas de suor.

-...é tão legal - Expressa seu sentimento com lentidão.

- O quê? - Pergunta ele apertando os olhos com as mãos.

- Isso. Esse momento. Não quero que acabe... - Suspirava de olhos fixos na parede.

- Nem eu quero que acabe. Nunca! Você é a pessoa que eu sempre quis. Lembra do dia em que nos conhecemos? Foi tão... tão lindo. Eu sofrendo para você me ver, me notar. Claro! Foi a primeira vez que te vi. Eu fazia questão de ir todos os dias, queria te ver. Você estava no segundo ano do ensino médio, enquanto eu, já havia terminado. Naquele dia, a minha ilustre aparição foi mais pelo professor de português Elder.

- Sim. Agora eu me recordo. - Saía sobre o corpo dele, sentando no piso, apoiando a mão sobre o queixo e a outra por debaixo do cotovelo.

Max a acaricia, enquanto ela voltava com a cabeça para o seu peito.

- Lembro sim. Foi tão esquisito, você com aquela roupa de professor substituto: de calça e de blusa xadrez... Achei mesmo que você fosse "algum" professor de Filosofia ou de História, ou o próprio Sherlock Holmes. Exagerei. O Sherlock é mais bonito. Porém, você me contou que escrevia e desenhava... Algo assim. Eu te juro que fiquei boba. Não sei, parecia ser diferente, ou algo supostamente comum.

- Sério? - Hesita com surpresa e remorso por ser rebaixado pelo personagem Sherlock.

- Sim. Mas... eu só pensei. Eu te achei atraente, só não queria demonstrar. Eu era uma menina tímida naquele momento. Jamais, jamais iria me expressar. Deixei a situação me levar. Achei tão rápido. Você sorria e isso me instigava a sorrir também. Parecia mais que éramos irmãos ou melhores amigos, parecia que eu já te conhecia, estranho, não é?

- Sim, eu acho. - Responde com incerteza ainda pensando no Sherlock.

- Como assim? - Morde o dedo como se algo a incomodasse.

- Realmente parecíamos. - Responde no avulso e com o olhar distante. - Em um único momento viramos de estranhos a conhecidos. Daí surgiu uma amizade que eu não entendia muito bem. Talvez fosse uma mistura de contradição, dúvida e paixão, tudo em uma única tigela. - Hesita.

- Foi. Sei lá Max, achei que eu fosse "a apaixonada" sabe? A apaixonada. - Sua voz fica sombria dando ênfase com os dedos em aspas.

- Sim, eu também. Por sua vez, eu era o apaixonado do momento. - Expressa o seu egocentrismo sentimental, dando vez ao discurso dela.

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