Era pouco mais de... de... gente, que horas são essas, por favor. Perdi o meu relógio. Que droga! Não, espera aí, verei no celular. Ui, ui ... Mensagem da Daniela... "Oi Daniela" notificação de amizade, Instagram ... ops! Fui ver a hora, e acabei entrando nas redes sociais. Desculpem-me. Hum, me deixa ver, são quatorze e vinte e duas .. Daqui a pouco irei fazer uma boquinha. Difícil essa vida de voz narrativa.
O trajeto realizado na linha vermelha não era considerado a mais veloz e a mais rápida, pois isso variava muito os horários onde a demanda era maior. Como ainda estava cedo, e o horário de pico só começava mesmo às dezessete e meia, dezoito horas, o trajeto estava teoricamente tranquilo e rápido. E isso basicamente fez com que seu tempo precioso fosse abraçado pela circunstância, fazendo com que o coração de Amanda batesse com menos euforia. Ou seja, o seu transtorno de cumprir com a meta no estilo britânico.
Enfim! Depois de muita dor de cabeça, conseguiam chegar ainda com alguns minutos de folga do horário devido. O trem seguia até a sua parada na plataforma aos arredores do aeroporto, tendo a sua parada próximo dali. O casal descia, é claro, na plataforma aos arredores do aeroporto e o acesso até o complexo dava-se por uma passarela, levando uma escada rolante que conectava uma área externa coberta até o hall.
- Nunca vi isso. Na verdade eu já o vi, mas não com toda essa mudança e pompa.
- Assim como você, eu também, nunca vi. Só vi o de Guarulhos, porque, é claro, morei em São Paulo um período, e o de Recife devido a escala, e também pelo fato de não ser assim na época a qual vim em João Pessoa. Progrediu e muito.
- Sendo bem sincero com você Amanda, por ser a capital da Paraíba, e por ser a terceira cidade mais antiga do Brasil, já era para termos mudanças aparentes. Mas eu não reclamo, pois hoje podemos gozar da benevolência que ela está se tornando. Sem mentira, já reclamei muito da única linha de trem que temos, a qual pegava apenas os quatro municípios, hoje a linha está entendendo e não está mais fria.
Max empolgava-se ao conta-la de que como suas aventuras em sair de casa era realmente um teste de paciência, no entanto, era teoricamente seguro. O aeroporto tinha um plano de projeto paisagístico que impressionava a quem o via, e uma passarela envolta por vidro levando os passageiros até a entrada principal.
A fronte da grandiosa estrutura de aço e concreto protendido saltava para frente criando um grandioso sombreiro, visando a todos o seu esqueleto estrutural e seus pilares. A frente do aeroporto era enorme e quase tudo era preenchido por vidro. Ao entrarem no aeroporto seus olhos se encantam com uma fonte e um jardim vertical próximo ao atendimento prévio. Mais à frente haviam guichês; uma livraria; farmácias; lojas de câmbio; embarque doméstico...
- Nossa como o pé direito deste prédio é alto. – Max usa uma linguagem técnica usada muito na arquitetura.
- Verdade! Aqui é muito grande. Engraçado, até a fila é grande. – Visava o guichê.
- Não... fila?! Detesto fila... a humanidade podia ter criado algo menos insuportável...
- Max, deixe de ser fresco.
Que fila é essa? Parece ser... Pensa batendo o pé.
- Max! - Seu chamado era baixo, porém, poderoso.
- Já vou! É... Fazer o quê. – Max vai todo desmotivado seguindo os demais na fila indiana, e diante a fila ele franzia a testa e as sobrancelhas como se quisesse falar.
- O quê? Vai me dizer que a gente esqueceu alguma coisa em casa!?
- Não. Amanda, raciocina comigo: essas passagens foram compradas pela internet, certo? Então não é preciso que estejamos em fila.

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Amor de papel
RomanceOlá. Sejam bem-vindos a essa loucura que lera já, já. Chamo de loucura, pois os personagens não se comportam diante o que é "convencional". A trama perpassa por um passado duvidoso entre os protagonistas, e que na medida que for lendo, coisas serã...