Quarta-feira

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Chega o tão sonhado dia da semana. Parece que quando tem algum compromisso esperado ele faz questão de demorar, e quando não convém, chega rápido.

E foi assim que na manhã de quarta-feira começava: tudo funcionava de acordo com o bom humor de cada um. Amanda acordava disposta, feliz e ansiosa. O Max... Bom, acordava com muita preguiça, como sempre.

Amanda ainda permanecia deitada, só que feliz, disposta e ansiosa. Amanda empurra com o joelho o Max para saber se ele estava ou não acordado, ou fingia está. A cada joelhada ele acordava e dormia, isso a cada cinco minutos. Ele não queria acordar cedo e nem preparar o café da manhã, porque a cama não estava deixando sair.

E enquanto ele lutava para acordar, o bom humor de Amanda diminuía conforme os empurrões não davam jeito junto com a ladainha. Amanda estava vendo a sua paciência ir para o buraco, e logo aquela alegria virou uma nuvem de chuva e raios. As investidas em acordá-lo dando cutucadas nas costelas, mexendo em seu corpo não dava retorno.

- Max ... - Falava entredente.

Amanda como estava controlando a sua calma, resolve aprontar com ele, e de um jeito que o faria saltar da cama. Percebendo que as suas investidas de chamar e cutucar não tinha efeito sobre o sono pesado da criatura, e por seus hormônios estarem a flor da pele, sai da cama vagarosamente e caminha na ponta dos pés, porque, às vezes quando certos sons são comuns o cérebro no sono bloqueia, e quando há algum ruido diferente, o alerta é emitido.

Amanda estava ciente disso, e fazia o mínimo barulho, ao menos no quarto. Descendo todos os degraus em passos de gato, pensava um pouco o que usaria, e como estava frio pensou logo em geladeira. Esfregando as mãos em resposta ao que pensava, abria aquela senhora geladeira tendo o vapor gelado em seu rosto, brilhando em seus olhos a bolsa térmica.

Ao pegar, dando uma risada de vilão, caminha na ponta dos pés segurando a bolsa térmica como se fosse um envelope. Chegando até a porta do quarto, o silêncio e os leves roncos eram convidativos para uma aproximação rápida e ágil.

E assim ela fez: pela fresta da porta, o que ela mais queria que ele fizesse é atendido mentalmente: ele virava de frente deixando livre aquilo que seria congelado. Amanda não parava de emitir a risada abafada ao se aproximar da sua pélvis. Cuidadosamente, suas unhas seguram a aba do short cru. Pois é, o Max dormia sem cueca. E ao puxar com as unhas, tendo um espaço considerável, ela insere a bolsa térmica. Na mesma hora seus olhos arregala, fazendo seu corpo ter um forte espasmo pelo susto o levando ao chão com lençol e tudo.

- Hm! Agora não levante!? - Seu tom era debochado. - Eu tenho uma lista.

- É o quê!? Ai, gelou tudo. Socorro, algo quente, logo! - Corria para o banheiro, abrindo o chuveiro já em água quente. - Você enlouqueceu? Quero ver essa lista!

- Está na gaveta, segunda gaveta... machucou muito? - Amanda no fundo ria do sadismo.

- Ah, desculpe... - Max saia do banheiro com toalha de banho em seu companheiro.

- Aqui: Cinco maneiras de acordar o meu namorado da maneira que ele menos espera.

- Amanda, isso é suicídio. Isso é ato de psicopatia, e eu ainda acho que você tem traços. Olha só para isso! Parece que foi escrito por alguém que queria vingança, e olha: os castigos estão em vermelho .... Depois diz que eu que sou maníaco.

- Fala todas que estão listadas. Gosto de ouvir os castigos, ou como queira chamar "cinco maneiras de acordar o meu namorado da maneira que ele menos espera". Manda brasa.

- Hum. Acho melhor me sentar. Segurar o caderno e o... não dará certo. Não olha para a minha bunda.

- Você está de costas para mim, Max. Impossível não olhar o seu traseiro gostoso e não desejar pegar. Sente-se.

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