Paris... sim, Paris. Lugar onde tudo cria forma, abstração, pintura e arte. Lugar onde a arte vira obra e a obra se solidifica e carrega consigo a história: os atritos e os conflitos, dos mais ferozes aos mais sangrentos. Lugar onde o planejamento urbano não pereceu e sim virou exemplo de uso de cópia. Lugar onde abriga museus ilustre, túmulos, grandes monumentos, grandiosas avenidas rasgando as entranhas da capital, onde abriga a obra mais incrível que está presa dentro em uma proteção de vidro a prova de balas, e cercada de teoria da conspiração, além da magnifica torre Eiffel. Lugar onde a moda reina, as artes plásticas e a arquitetura translúcida, lugar onde o belo é dito com todas as palavrinhas. Lugar amado e odiado, charmoso e erótico, caótico e esguio, assaz e barulhento, mal-educado e abraçado, difícil e alegre, rustico e moderno, misterioso e escancarado, sensual por suas curvas, grotesco pelas duras formas... O lugar onde pessoas inspiram-se e outros buscam paz, lugar de refúgio... Essa é a deusa Paris.
- Bienvenue à la gare de Lyon. Prochain voyage Garde du Nord. – A voz dos interfones da estação rasgava toda a plataforma avisando a próxima partida do trem. - O que diabos ela falou? Não ativei a função de tradução na hora.
- Ela deu boas-vindas aos passageiros e disse que a próxima parada será em Garde du Nord, outra estação bem próxima daqui se considerarmos o TGV como deslocador.
- Ah, entendi. Eu não sabia que sabia francês. – Andam até a saída da estação.
- Muito menos eu sabia que sabia. Eu aprendi por um aplicativo. Não estou afiado no francês, mas dá para se virar. Principalmente aqui que o inglês não funciona muito bem. Sabe sinal de internet que não pega nem se você esmurrar o roteador? – Max indaga.
- Oh Max, quem esmurra o roteador quando ele não quer pegar?
- Não olhe para mim, eu só fiz uma vez e saí no prejuízo.
- Max as escadas. Sim, sim... quem saiu no prejuízo foi você mesmo. O roteador continuou intacto enquanto os teus dois dedos, quebradinhos...
- Ah, obrigado. Sou muito desastrado. Não quebraram, apenas... foi bem pouquinho. Amanda, temos pressa de ir a Londres? – Perguntava-lhe indo a um ponto de ônibus próximo.
- Pressa? Sim.
- Quer se hospedar, não? Daí ficamos uma semana na cidade e partimos no amanhecer. Queria muito conhecer a cidade. Pena que o dinheiro está acabando.
- Onde você viu que o dinheiro está acabando? Não se preocupe com isso...
- Como eu não devo me... ah é verdade. – Max parava e pensava por alguns minutos antes de chegar no ponto de ônibus e alojar bem as malas no piso.
- Ficou calado do nada Max... – Falava com os olhos na tela do celular.
- Hum. Vou pesquisar um bom hotel para que passemos essa semana. Hoje é?
- Hoje é domingo. - Sua concentração continua fixa ao celular.
- Nem parece ser domingo. Bom... Cortana: Plim! A seu dispor. Faça uma varredura dos melhores hotéis de Paris.
- Por que pediu a ajuda dela? – Amanda tirava os olhos da tela do celular e virava com o seu olhar mortal. Na verdade, seu olhar estava frio e sem muita cor, tudo por causa dos dias e noites mal dormidas.
- Porque... recorri a ela, ela deve saber. Ela é uma assistente virtual e pode nos... Leitura completa. Veja abaixo as que eu selecionei com tudo incluso.
- Caramba! Ela fez tudo isso... impressionada! Desde quando ela tem esse poder de inteligência autônoma de longo alcance? É como se ela soubesse o seu principal objetivo...

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Amor de papel
RomansaOlá. Sejam bem-vindos a essa loucura que lera já, já. Chamo de loucura, pois os personagens não se comportam diante o que é "convencional". A trama perpassa por um passado duvidoso entre os protagonistas, e que na medida que for lendo, coisas serã...