- Amanda Cavalcante Pessoa?
- Sim, sou eu. – Da cama ela respondia consciente.
- Você está de alta. Não se preocupe, seu bebê está bem. – Afirma a enfermeira simpática.
- Aleluia! Ai, que ótima notícia – Fala ela aliviada e entusiasmada. – Muito obrigada!
- Disponha. Cuidado com vocês. – Reponde a enfermeira com os óculos baixo de grau.
Amanda desce no elevador junto com algumas outras pessoas e ao chegar no térreo cutuca dentro da bolsa a procura do seu celular no hall do hospital. Amanda mexia até achar alguns objetos que para ela tinha sumido. Sabe como é bolsa de mulher, cheio de coisa, nunca aparentando está cheio. Depois de mexer nas coisas, enfim, acha o celular – curioso – e a primeira coisa a fazer é ligar para o seu namorado, Dom Petreche, Ops! Errei de história, hm, deixei-me ver... Max.
Amanda ligava para o celular do Max que estava do outro lado da cidade. O celular vibra e toca mostrando os dois juntos no papel de parede da ligação. A ligação não vingou e Amanda mais uma vez torna a ligar tendo sucesso:
- Alô... – Do outro lado dá linha ouve-se uma voz encorpada.
- Amor, onde é que você está? – Amanda por vias não reconhecia logo de cara a voz.
- Desculpa. Amanda? – Parecia conhecer e ser íntimo.
- Sim, é ela. Como sabe o meu nome? Com quem eu estou falando? Que eu saiba esse número é do meu namorado. Não estou enlouquecendo, não que eu saiba.
- Esse número é dele. Desculpe a minha indecência. Meu nome é Octavio e sou do hospital. Tive que atender a sua ligação mesmo sabendo que não devia fazer.
- O que tem? Max está bem? – Pergunta sem prestar atenção na falta de educação.
- Max? Deixe-me ver no sistema... hum, Max, Max... Ele está aqui.
- Qual é o hospital? – Pergunta já com o bloco de notas em mãos.
- Um bem próximo à praça central da cidade.
- São várias. – Amanda rastreia o local. – Ah, sei qual é. Vou aí.
- Amanda, você não pode vim. – Falava como se já fossem amigos de escola.
- Por que não? – Amanda investia e saía de cena não entendendo a razão.
- Calma. Você deu sorte, estamos em horário de visitação. – Confirma aliviado.
- Então eu vou. – Falava com um tom grosso.
- Tudo bem, até mais. – Desligava o telefone do Max com medo dela.
Amanda pegava a Linha 03 do monotrilho, tudo para poupar andar alguns quarteirões, onde a sua irritação partiria pela quantidade de semáforos e faixas de pedestres que teriam no percurso. Andar àquela hora a deixaria aflita, pois o caso do assalto ainda a deixava sensível por causa do barulho da assombrosa motocicleta. Após cruzar a cidade no monotrilho, poupando tempo, enfim, avista o hospital da janela. Após parar na estação, anda poucos minutos até conseguir entrar na zona hospitalar.
- Olá. Oi? Aqui moço... – Estala os dedos para chamar a atenção do recepcionista distraído.
- Olá, o que deseja? – Ao levantar a cabeça ela o encara e ele finge que não é com ele.
- Desejo ver meu namorado. – Amanda apoiava seu antebraço no balcão como se estivesse em um bar.
- Qual é o nome dele? – O atendente reconhece a voz de Amanda e disfarça.

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Amor de papel
RomantikaOlá. Sejam bem-vindos a essa loucura que lera já, já. Chamo de loucura, pois os personagens não se comportam diante o que é "convencional". A trama perpassa por um passado duvidoso entre os protagonistas, e que na medida que for lendo, coisas serã...