Max e Amanda após pensarem e discutirem, apesar dos pesares Amanda não queria passar um mês na cidade (no máximo uma semana) eles decidem ir com o grupo de vinte pessoas que agora são vinte e dois. Todos já estavam aguardando do lado de fora do hotel os dois restantes, que agora é um só, e restavam poucos minutos para que iniciasse o percurso turístico e Amanda nervosa com a impaciência de todos colocava a mão no rosto em sinal de que: Max será espancado.
Max vinha tranquilo pelo corredor até a saída, isso com um minuto de atraso, e de cara ele nota no semblante de todos a fúria de um minuto de atraso. Max se aproxima de Amanda pegando em seu braço recuado diante tantos olhares acusadores. O responsável pela excursão tinha uma lista dos participantes que iriam e seus respectivos assentos dado por números. Como é cultural a fila, fez-se uma fila indiana e de acordo com o nome a pessoa subia e ficava no seu lugar quieto. Após todos estarem bem acomodados o ônibus segue seu primeiro destino que seria nada mais nada menos que a Torre Eiffel – sim, irei desconsiderar as pessoas andando para lá e para cá, e o trânsito da capital francesa – meio clichê, mas era o que a programação seguia.
Várias fotos na torre, alguns em grupo no térreo, outros tirados pelos chineses no nível superior, algumas por Amanda de forma clichê, que é de escorar no objeto fazendo o efeito miniatura, que na verdade não existe o ato de toca-lo e sim de insinuar. Em seguida foram visitar o Hôtel des Invalides, prédio de suma arquitetura e muita história, incluindo a tumba de Napoleão Bonaparte, isso mesmo, o pequeno grande homem. Em seguida foram visitar o Musée Rodin, e logo depois o Museu do Louvre, onde o belo define bem a minha concepção de narrativa.
Após o museu, e a crítica do Max por não conseguir tirar uma foto sequer com a pop star Monalisa ou Monê, apelido carinhoso dado por ele, seguem para o próximo destino. O próximo destino em suma é conhecido por todos os leitores, sim, a consagrada catedral situada em uma ilha cercada pelo rio Sena, sim, a Île de la Cité. Do ônibus, repleto de curiosos, via-se a magnificência do poder de anos de construção ferrenha, a Catedral de Notre-Dame. A catedral em si não era a única da grande Paris e da maravilhosa França, mas era a obra mais conhecida do mundo diante a sua luta de estar de pé em pleno século XXI.
Após apreciarem a catedral por dentro e por fora graças a uma maquete exposta do lado de fora, isso devido a reforma e o risco, poderiam ver alguns traços das chamas e o rasgo da destruição, que por vias, podiam registrar as pontes que ligava a ilha aos paredões que separava o rio Sena das pessoas. E na mesma ilha, a pé, visitaram uma catedral um pouco menor, a Sainte-Chapelle. O passeio de fato estava sendo muito gratificante, muitos monumentos, muitos prédios públicos, cafés, até que alguém do grupo sugeriu que fossem as catacumbas de Paris. Max ao ouvir a sugestão, franze a testa em sinal de que aquela ideia não iria dá muito certo.
Após tirarem fotos rápidas, todos adentram o ônibus e seguem passando pelo belíssimo prédio todo feito no estilo neoclássico: o Panteão. Ao invés de descerem e adentrarem a construção, o instrutor salientou que a visitação à catacumba tinha um horário estipulado, e devido a isto seria irrelevante pararem e logo depois seguirem para o seu destino final. Todos do ônibus concordavam com a decisão do guia, até porque, quem iria afrontar a decisão? O Max, certíssimo! Mas ele foi calado a força pelas mãos da Amanda e teve um recado breve em sussurro emitido pela mesma, que se ele não calasse a boca, seu lindo corpinho seria arremessado do ônibus em movimento. Como é lindo a física e ao mesmo tempo o amor.
Chegando ao último destino do tour a saudade do Max já vinha pelas pessoas. Ele em sinal de gozação fazia gestos de choramingo dizendo que esse passeio foi tão empolgante quanto. Que a sua saudade vai marcar o seu coração juvenil e que os momentos de felicidade mutua que tiveram, até o certo momento que recebeu o dedo do meio por inferir que a vovozinha fosse de fato uma vovozinha, ele iria guardar aquele momento para sempre. Amanda ao ouvir tudo aquilo, olha diretamente para ele e rir. Sua risada trazia tons de sarcasmo por entender que ele não ligava para aquelas pessoas do passeio e a ofensa enrugada que veio devido a um contratempo. As pessoas do tour já se acomodam na fila que dava para uma casa. Max ao ver a fila batia o pé com muita impaciência, insatisfazendo a sua vontade de forma não verbal. Amanda logo percebe que o namorado não estava nada feliz por estar em uma fila, sabendo que ele as odeia.
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Amor de papel
RomanceOlá. Sejam bem-vindos a essa loucura que lera já, já. Chamo de loucura, pois os personagens não se comportam diante o que é "convencional". A trama perpassa por um passado duvidoso entre os protagonistas, e que na medida que for lendo, coisas serã...