- Max, acorda! nove anos hoje! - Amanda saltita sobre a cama de molas.
- Humm... - Max gemia de sono puxando o travesseiro para esconder o rosto.
- Vai preguiçoso... Logo... Acorda... - Amanda mexia o seu corpo, sacudindo.
- Humm... Amanda você dormiu? - Sua voz saía travada.
- Sim, perfeitamente. Amor olha. - Fala ela se aproximando e encostando o seu corpo quente no dele e falando bem baixinho no ouvido. - Hoje tem!... mais tarde chamaremos o pessoal.
- Sim... - Boceja. - Chamar todo mundo? Não quero suruba, é algo só... Deixa quieto. Amanda eu vou fazer uma coisinha, está bem? Um projeto: uma logomarca para ser mais exato. Vou cuidar, tenho que entregar isso hoje.
- Está bem meu gostoso... - Amanda arranhava de leve as suas costas. - E eu vou sair também. Vou aqui no shopping dá uma olhada nas promoções...
Era quase dez e quarenta e cinco da manhã quando Amanda o beija e sai. Às quinze horas, ela chega em casa com duas sacolas de compras. Max debruçado no sofá descansa; de boca aberta e babando, enquanto o notebook permanecia ligado só que com a tela em descanso.
- Max meu filho, acorde. - Cutucava-o com o pé, pois as mãos estavam ocupadas.
- Hm? Oi. O que foi? Meu pai do céu, adormeci. Preciso enviar, que horas são?
- Vai dá... Hm... quinze e doze da tarde, por quê? - Organizava as compras do mercado sobre o balcão de granito, e algumas compras que fez no shopping deixava sobre a mesa.
- Vige, tenho que enviar agora. Na verdade, deveria ter enviado antes. Eu não posso dormir... Todas as vezes que eu vou fazer alguma logomarca, alguma coisa que exija atenção e concentração, eu adormeço. Vamos lá... hum, recortar... Pronto! EUREKA!
- Oxe Max. - Amanda rir o quão foi engraçado e espontâneo ouvir aquilo.
- Que foi amor!? Consegui! - Diz ele feliz da vida abrindo seus braços apoiando no sofá.
- Ei, esse teu "EUREKA" foi engraçado.
- Precisa ter intensidade, senão não presta - Dava breves risos.
- Amor, olha que chato. - Seu olhar tristonho via as mensagens no celular e dava as notícias.
- O que aconteceu? - Vira-se para ela como se o assunto o interessasse.
- Sabe a nossa "boda" de nove anos? - Sua voz saía entristecida.
- Hm, o que tem? - Seu tom de voz emana curiosidade.
- Não vai ter. Assim, vai acontecer, só que com outras pessoas. - Sua feição entristece.
- Quantos, mais ou menos? - Se aproxima mais dela.
- Digamos que umas cinco pessoas, ou duas... - Era notável a insatisfação de Amanda.
- Ah, teus pais e minha mãe... não é isso? Adoro essa margem de gráfico. - Sorria próximo a ela.
- Sim, ou nós dois. Eu sinto que será só nó dois. - Fecha a tela do celular, guardando no bolso do short jeans.
- Eu também. Eu já previa. Quando for dezoito horas, começamos.
Pulando algumas horas que ninguém é bobo...
- Amanda, oh! Vou trazer à mesa até a sala, estou pensando em coloca-la no centro, digamos: um jantar romântico para uma situação especial... Além do meu TOC adorar, claro.
- Gostei. Entendi. - Sua angustia dava espaço a felicidade excessiva que sentia.
- Depois, sexo a vontade... - Dava risada silábica e com muito deboche com garrafas de vinho em suas mãos.
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Amor de papel
RomanceOlá. Sejam bem-vindos a essa loucura que lera já, já. Chamo de loucura, pois os personagens não se comportam diante o que é "convencional". A trama perpassa por um passado duvidoso entre os protagonistas, e que na medida que for lendo, coisas serã...