Fase da comilança

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Para ela tudo estava saboroso, de lamber os dedos e pedir mais.

- Filho, queria tanto comer amora com chocolate derretido, acompanhado com fatias de abacaxi untado na batata frita e batida no liquidificador.

- Senhor, ilumina a cabeça dessa mulher. Começou os cardápios loucos que eu vou ter que criar para saciar essa fome de leão.

- Max, eu estou afim de comer isso. Espera... hum, quero mais não. Sabe, estou afim de comer abacate com mel de abelha, com doce de leite reduzido.

- Como é a história? Amor, eu não fui ao Master Chef, não... De que jeito eu faço isso?

- Corra homem! Estou com fome!

- Amor, a essa hora não dá. Está tudo fechado. Onde é que eu vou conseguir esses produtos? Primeiro: a feira mais próxima fica a quinze quadras daqui. Segundo: mel puro só tem dentro da mata ou no mercado, aliás, e nem todos tem. Terceiro: doce de leite... eu acho que tem no armário.

- Ah, então eu quero. – Pedia mordendo o dedo indicador.

- Você acabou de... – Sua cara de bobo não acompanhava o raciocínio dela.

- Então, me dê​​​! Fácil assim. – Amanda aguarda ansiosa na mesa do jantar.

Max balançava a cabeça negando o que acabava de ouvir, e logo a sua frente estica seu antebraço para alcançar o doce de leite na prateleira. Enquanto Max afastava os potes que estava próximo ao doce de leite, Amanda surtava bebendo direto da garrafa o café.

- Menina, o que é isso? Olha aqui o doce de leite... o que é isso, por Freud!

- Me dá, me dá, me dá! – Tagarela com os olhos dilatados no doce de leite.

- Calma amor, amigo, amigo... – Max a parou pela testa, erguendo o frasco bem alto.

- Me dê isso menino! Logo! Agora! Vai... Max, não brinque com uma mulher grávida.

- Vige! Aqui, pode pegar... Nossa... Essa vontade é realmente assustadora. Amanda você quer... não, se eu oferecer o lenço é capaz dela comer. Pensa.

- Quero o quê? Repete, não ouvi.

- Não, não, nada não... nada. – Sua reação não escondia o "quase dito".

Saciada pela voraz fome do capeta, Amanda levanta da cadeira e vai para sala sem emitir um som. Max cético do que viu, acabava de ver travando de medo.

- Eu não sabia que mulher grávida (sem generalizar) agia assim. Meu filho, se você comer feito a sua mãe, que devorou além do doce, oito pães, isso incluindo o queijo, presunto, café com leite dentro do balde, do balde não, exagerei, dentro de uma caneca... Vou falir. Que mulher bagunceira... Olha isso... A mesa está um caos. Gente, analise bem antes de casar, por isso que eu ainda estou em analise avançada, patenteada pela universidade de Massachusetts. Eita gota serena, cheio de louça... outra hora eu lavo. – Max olhava indignado para aquela mesa e pia repleta de pratos e copos. E como toda dona de casa, Ops! Dono de casa, ele deixou de fazer suas obrigações para ir ver Tv.

Na televisão passava um ótimo programa, e com o pano de prato no ombro esquerdo e sem camisa, chegava como se não quisesse nada, perguntando o que ela estava assistindo. Amanda muito culta o respondia com a voz branda

- Assistindo o Cris Angel... – Amanda adorava gente estranha.

- Ah, conheço. Ele faz altas mágicas. – Max dava a volta no sofá e sentava longe dela.

- Senta aqui. Olha... vige! Ele está preso na gaiola... – Surpreende-se com o que vê.

- Calma Amanda é só... Mentira! Você viu? Pelo amor de Jeová! A gaiola foi espetada, ajuda aqui produção. – Max entra em desespero se abanando com o pano de prato.

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