Diante desse final, onde a realidade do trágico convive conosco dia a dia, entretanto, não pensamos muito que as coisas um dia se vão, porque nunca queremos que isso aconteça conosco. Agradeço a leitura de todos os que cederam o seu precioso tempo em folhear, ou em passar com o dedo na tela do celular, tablet, ou ler pelo computador, ou assistir... essa incrível obra a qual pude trabalhar por muitos anos. Digo isso com propriedade, pois o escritor sofria de bloqueios na sua criatividade, muitas das vezes, lembro-me, ele procrastinou. Algumas vezes não acreditou no seu potencial em seguir adiante na obra, e o restante dos atrasos partia dos estudos que fazia, e dos empecilhos da vida real que todos nós passamos. Cansei de jogar no computador do escritório, e eu esperei, esperei muito, e hoje posso me orgulhar dele pelo seu esforço e desempenho, apesar da carne ser fraca. Aprendemos na obra que rir e chorar faz muito parte do cotidiano do brasileiro, e que todos estamos engajados como participantes e coadjuvantes na sua grande maioria, onde porventura, a dor é o aprendizado do aluno teimoso, e as dádivas, as conquistas das dores do aprendizado. Há aqueles que perecem na dor e mais à frente caem em si e se auto avaliam diante os próprios julgamentos. Há outros que revertem com humor tudo que venha desestruturar o seu íntimo, e que diante isso, é também um ser que sofre. Por vias, o sofrimento e a felicidade estarão independentes do que todos fizer: lado a lado. Por sua vez, o sorriso e o gargalhar sincero sempre deixará tudo mais colorido. E perante aos trilhos novos e tortos dessa estrada de ferro, sendo ela enferrujada e esquecida, até do que foi um dia, o grande trem que leva sonhos e traz sonhos, perece ou continua a levar seus sonhadores, ou seja: o amor entre dois seres ou mais remete a esta metáfora. Entre outras palavras: o amor nada mais é que hormônios que são lançados no cérebro acarretando uma cadeia de fatores a qual faz do outro um parceiro(a) a se ter como companhia para a vida ou parte dela. A partir desse processo, é firmado os trilhos sólidos, onde são construídos entre o par criado, a mutualidade emotiva e carnal que pode levar a todo o sempre... e após a falta da manutenção dos trilhos onde consequentemente entorta pelo peso das consequências, brigas, e entre outros, o trem deixa de transitar entre a ponte, matando um dos dois, jogando na vala uma história, e levando tudo para o covil do esquecimento. Enquanto que o outro fragmento, o papel, é frágil, ao ponto de ser devorado por traças do fornecedor.
E agora, diante esse monólogo e a metáfora auto descritiva, pegarei o meu chapéu, o meu terno, e me disperso de todos, indo para onde a próxima jornada me chamar. Então amigos, até breve e que "a força esteja com vocês".
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Amor de papel
RomanceOlá. Sejam bem-vindos a essa loucura que lera já, já. Chamo de loucura, pois os personagens não se comportam diante o que é "convencional". A trama perpassa por um passado duvidoso entre os protagonistas, e que na medida que for lendo, coisas serã...