A TV

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No dia seguinte, naquela manhã de Sol tímido rasgando o céu da capital, Max já estava de pé devido as dores nas mãos. O amanhecer em João Pessoa sempre começa às 5:45 da manhã, e para eles que moram praticamente a beira-mar, o convite dos raios chega primeiro do que todos na cidade. Claro e evidente que o rapaz não acordara igual ao nascer, mas às 6:50 da manhã. Amanda ainda dormia depois de acordar três vezes durante a noite para urinar. 

Nessa fase da gravidez as mulheres não seguram mais a urina em suas bexigas por muito tempo, e isso é normal, no entanto, se as idas tornarem frequentes e com dor é de fato uma infecção urinária, e isso de fato pode trazer riscos ao bebê. As mãos de Max estavam em um estado avançado de cicatrização, por outro lado, ainda sentia pontadas em suas palmas fazendo-o ficar estressado. 

Max vai no banheiro para molhar as mãos para que de alguma forma retarde aquele incomodo, não obtendo resultado no que esperava. Muito incomodado com aquilo tudo, àquela hora da manhã, ele descia as escadas ainda sonolento para pegar encima da geladeira... Pois é. Mesmo vivendo em uma situação confortável não deixava de lado os seus costumes de pobre. ...o caixote de plástico a qual guardava todos os medicamentos, a tão conhecida: farmáci. E como ele não é provido de muita altura, usa de apoio a cadeira para alcançar. Ao efetuar a ação, quase desequilibrando, desce e coloca a caixa de plástico sobre a mesa para ter mais comodidade.

Cuidadosamente, sem que aquilo desse a antender que fosse uma briga de gatos na cozinha, mexia em tudo devagar, para achar a pomada que amenizasse um pouco aqueka dor. Mexendo em algumas caixas ele finalmente achava a qual ajudava no seu problema, porém, esquecendo da pomada. Como todo mundo sabe, não se alto medique sem prescrição médica e não esqueça de sempre ler a bula. 

Como acordava naquele instante em tese, não queria saber em ler nada, retirando da caixa a cartela, tirando um só comprimido, ingerindo com água gelada e parando por alguns minutos em pensamento. Como ele não conseguia voltar a dormir, e tentava trazer na memória qual foi o seu principal objetivo em abrir aquela caixa de medicamntos, decide ligar a Tv e acompanhar as notícias enquanto fazia o café ainda forçando o cérebro a lembrar. Como forma de praticidade, usa a cafeteira elétrica para não demorar muito no preparo da bebida quente, apesar das mãos não colaborarem muito para a tal ação ser feita.

Às oito horas em ponto Amanda desperta dando um grito de urso estrondoso. Após ouvi-la já em susto, vira e se pôe em alerta, desorientado pelo medicamnto e pelas dores. Seu cérebro, por sua vez, não juntava as ideias de que: não seria um urso e não daria para o próprio urso subir todos os andares e decidir visita-lo. Amanda geme ecoando um "oi" extenso, aliviando o coração do Max diante aquela situação.

- Misericórdia... Pareceu assombração. – Sopra, aliviando aquela tensão que criava. 

No assoalho acima da sua cabeça, ouvia passos, e pelo pisar era Amanda que havia levantado e ido ao banheiro. A sua surpresa era ouvi-la urinar mesmo estando no andar inferior e se alto perguntando como conseguiu. Mesmo ouvindo ela urinando, ouvia o celular tocando pela quinta vez descontrolado. O som daquele aparelho o irritava, mas ela não podia fazer nada sentada na privada. Amanda fecha os ouvidos e rangia os dentes de irritação.

- Amor... vem aqui! – O chamado era feito e aquela voz feminina ao longe fazia-o subir como um raio e atende-la sem responder. Amanda torna-o chamar assustando-se com a voz grave. 

- Já estou aqui, o que foi dessa vez? 

- Que susto Max! Avisa... Quiser a minha morte, diga. Agora, sentada no vaso... Não meu amigo. 

- Desculpa... esqueci da sua sensibilidade está elevada ao quadrado. Você peidou? 

- Não interessa... Quase que o bebê descia... Amor... não quer descer o xixi. Desliga esse alarme!

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