Minhas bochechas doíam de tanto que enchi bexigas para o aniversário de Ian. Resolvi parar por alguns segundos e pescar meu celular do bolso. Havia dezena de mensagens no grupo.
"Como assim a festa do seu irmão é hoje e nem fui convidada?"
"É uma festa de criança!"
"E daí? QUERO IR MESMO ASSIM"
Acabo digitando antes de continuar a ler.
"não foi culpa minha, meu irmão não gosta de vocês"
Otávio digitou depressa: "Seu irmão gosta de mim, sim"
"Isso é algum tipo de armação para vocês se verem depois da festa, seus safados?"
"CLARO QUE NÃO!"
"Porém depende"
"Gente, pelo amor de Deus, a gente devia esta falando do final de semana na casa do primo de Oti, não sobre festa de criança. P.s.: Eric, guarde um pedaço de bolo e uma coxinha"
"Não sei se vou"
"Você vai sim, quem mais vai segurar a mão de Otávio quando ele vi uma abelha?"
"Aposto que eu saberia o que ele quer mesmo segurar"
"CALA A BOCA"
"Vem calar"
"Que brega"
Por um momento fico sem saber o que digitar, mas a animação borbulha dentro de mim e não posso parar agora.
"Vou falar com minha mãe, qualquer coisa aviso, mas não prometo nada"
"Petição para Eric chorar perto da mãe dele: André, 1"
"O.M. 2"
"Raquel Luíza 3"
"Ian/BB 4"
"Júlia-"Jin" 5"
Sorrio para tela como um idiota. Meu reflexo não deixa que eu diga o contrário.
Quando penso que acabou uma enxurrada de novasmensagens acontece. Não posso fazer nada além de continuar a falar com eles.
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Nos Vemos à Meia-noite (Romance Gay)
RomansaEra uma vez um livro rabiscado que mexeu comigo. As iniciais não queriam dizer nada, eu estava no escuro. Até que fui encontrado e minha vida inteira mudou.