Capítulo Trinta e Três

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Minhas bochechas doíam de tanto que enchi bexigas para o aniversário de Ian. Resolvi parar por alguns segundos e pescar meu celular do bolso. Havia dezena de mensagens no grupo.

"Como assim a festa do seu irmão é hoje e nem fui convidada?"

"É uma festa de criança!"

"E daí? QUERO IR MESMO ASSIM"

Acabo digitando antes de continuar a ler.

"não foi culpa minha, meu irmão não gosta de vocês"

Otávio digitou depressa: "Seu irmão gosta de mim, sim"

"Isso é algum tipo de armação para vocês se verem depois da festa, seus safados?"

"CLARO QUE NÃO!"

"Porém depende"

"Gente, pelo amor de Deus, a gente devia esta falando do final de semana na casa do primo de Oti, não sobre festa de criança. P.s.: Eric, guarde um pedaço de bolo e uma coxinha"

"Não sei se vou"

"Você vai sim, quem mais vai segurar a mão de Otávio quando ele vi uma abelha?"

"Aposto que eu saberia o que ele quer mesmo segurar"

"CALA A BOCA"

"Vem calar"

"Que brega"

Por um momento fico sem saber o que digitar, mas a animação borbulha dentro de mim e não posso parar agora.

"Vou falar com minha mãe, qualquer coisa aviso, mas não prometo nada"

"Petição para Eric chorar perto da mãe dele: André, 1"

"O.M. 2"

"Raquel Luíza 3"

"Ian/BB 4"

"Júlia-"Jin" 5"

Sorrio para tela como um idiota. Meu reflexo não deixa que eu diga o contrário.

Quando penso que acabou uma enxurrada de novasmensagens acontece. Não posso fazer nada além de continuar a falar com eles.

Nos Vemos à Meia-noite (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora